abril 7, 2020

Pesquisa revela: impacto da Covid-19 é maior entre profissionais liberais e microempresários

Estudo feito pelo Conselho Federal de Administração revelou que 59,3% de quem trabalha por conta própria precisou interromper suas atividades. Além disso, a maioria afirmou que a ajuda de R$ 600 liberada pelo governo será parcialmente eficiente para minimizar os prejuízos da crise  A pandemia da Covid-19 não está afetando apenas a área da saúde: ela mudou a rotina de milhões de trabalhadores em todo o mundo, trazendo muitas mudanças no cenário econômico e social. Com o objetivo de avaliar a percepção de profissionais e estudantes sobre os impactos da crise do coronavírus na sociedade brasileira, o Conselho Federal de Administração (CFA) realizou pesquisa de opinião. O estudo revelou que a maioria está preocupada com a situação e boa parte teve suas atividades profissionais paralisadas por conta do isolamento social adotado para mitigar o avanço da doença. A pesquisa ouviu, de 28 a 31 de março, 1.353 pessoas de cinco grupos: profissionais liberais, empresários, servidores públicos, empregados privados e estudantes. A maioria – 30% – dos respondentes foi de servidores. Nesse grupo, boa parte foi liberada para fazer home office. Para 36% deles, a produtividade do trabalho em casa é a mesma e quase 72% não acreditam que a redução temporária de salário e de jornada de trabalho terá impacto positivo no combate à crise do coronavírus. Preocupação entre profissionais liberais Uma das categorias mais prejudicadas com a pandemia do coronavírus é a dos profissionais liberais. Segundo a pesquisa feita pelo CFA, 30% das pessoas desse grupo trabalham com consultoria e 27,4% recebem até dois salários mínimos. Além disso, 59,3% afirmaram que cessaram suas atividades em virtude de algum decreto, seja em nível federal, estadual ou municipal. Para minimizar os prejuízos, o Governo Federal liberou uma ajuda financeira de R$ 600 reais. Alguns estados e municípios também adotaram medidas econômicas. Contudo, para 57,7% dos profissionais liberais a ajuda será parcialmente suficiente; 33,6% acreditam que o apoio, apelidado de “coronavaucher” é completamente insuficiente e apenas 7,9% concordam com o incentivo financeiro. Empresários e empregados A maioria – 77,9% – dos empresários que respondeu a pesquisa é microempresário, grupo que ficou de fora da linha de crédito emergencial liberada pelo Governo Federal e o Banco Central. Infelizmente, mais da metade (52,1%) deles não possui qualquer metodologia de Gestão de Riscos na empresa. Para o diretor da Câmara de Gestão Pública do CFA, setor responsável pela pesquisa, Fábio Mendes Macedo, o planejamento estratégico de modo geral, aliado ao planejamento de riscos “é essencial para que as empresas passem por momentos de dificuldade e crises sem muitos prejuízos”. Diante desse cenário, boa parte cogita dispensar funcionário e, para 39% dos empresários, um dos fatores que pesará na hora da demissão será o tempo de empresa, seguido do quesito “alto salário” – 13%. Entre os empregados privados, a preocupação com o coronavírus é alta, mas a maioria está otimista. Dos 364 trabalhadores que responderam a pesquisa, 63,5% acreditam que não ficarão sem emprego nos próximos dois meses. Fábio explica que, como a maioria –  53,3% – está em home office, ou seja, continuam exercendo suas atividades, o risco do desemprego é reduzido. Estudantes A pesquisa também ouviu os estudantes. Para 51% das pessoas desse grupo, as aulas continuam por meio do ensino a distância. Entre os 211 que participaram do levantamento, 50,7% estuda em universidade pública; os demais são da rede privada. Os pais ou a família são os responsáveis pelo custeio de 37% dos alunos que responderam a pesquisa, mas a maioria informou que a renda familiar é de até dois salários mínimos. A pesquisa está disponível, na íntegra, no site do CFA. Clique aqui e confira. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Estratégias de Marketing Digital em tempos de Crise

Um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que mais de 30% das empresas de todos os setores já sentiram os impactos da pandemia de Coronavírus sobre seus negócios em março. O que fazer quando os clientes desaparecem? Como atrair a atenção de uma pessoa em meio a milhares de distrações e oportunidades que a internet oferece? Neste tempo de pandemia de Coronavirus, o Conselho Federal de Administração (CFA) quer te ajudar a encontrar novos caminhos. Conversamos com o administrador Kenneth Corrêa. Empresário, trabalha há 13 anos com Marketing Digital. Uma das primeiras orientações que ele dá é: se a empresa ainda não está presente na internet, comece agora. “Você deve se cadastrar no Google Meu Negócio, que é gratuito, para começar a aparecer no mapa das buscas do seu segmento de atuação; lançar um e-commerce de até 50 produtos na lojaintegrada.com.br, por exemplo; criar um site e um perfil em uma rede social”. Mas aqui, atenção, o especialista recomenda que você escolha uma só, nesse primeiro momento, e que o faça bem feito, com conteúdo relevante. Se a empresa já marca presença em redes sociais, mas fazia investimentos em impulsionamento muito amplo, agora é hora de fazer o específico, baseado no perfil dos seus clientes que mais compram. Faça um levantamento de quem é o seu público alvo. Um caminho pode ser o Google Forms, que possibilita pesquisas on-lines gratuitas. Se já faz essa ação, mas não dá certo, “é hora de testar, investindo pouca grana, novos públicos”, explica Corrêa. Outra alternativa é fazer uma revisão de tudo o que já foi feito anteriormente e deu certo e procura fazer novamente apenas o que você julgar que teve êxito. Mas se tudo isso parece muito difícil, a sugestão é abrir um WhatsApp corporativo para falar com seus clientes e fazer relacionamento mesmo. “Nada de tentar vender. Pergunte a eles como eles estão e, se eles te perguntarem também, diga como você está. Isso eles nunca vão esquecer e vai ajudá-los a lembrar de você”, conclui. Assessoria de Comunicação CFA