11 de agosto Dia do Estudante

O CRA-PR parabeniza a todos os Estudantes pelo seu dia !
Como está a vida dos estudante em meio à pandemia?

Nesse cenário cheio de incertezas, discentes do curso de Administração compartilham suas experiências e falam das expectativas e das angústias com as aulas virtuais e a possível retomada das atividades presenciais Desde o final de fevereiro, quando o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no Brasil, a vida no país já não é a mesma. Isolamento e distanciamento social, suspensão de atividades presenciais não essenciais, mudanças de hábitos, entre outros, passaram a fazer parte do dia a dia do brasileiro. Um dos segmentos mais impactados com a pandemia é o da educação. No ensino superior, professores e alunos de faculdades públicas e privadas tentam buscar alternativas para contornar a crise sem prejudicar demasiadamente a aprendizagem em um cenário ainda cheio de incertezas. Walisson está no último semestre do curso de Administração. O estudante do último semestre do curso de Administração da Faculdade Anhanguera de Ciências e Tecnologia de Brasília (Faciteb), Walisson Santos Soares, conta que desde o início da quarentena as aulas presenciais passaram a ser on-line. A Instituição onde ele estuda já conta com um sistema que possibilita o ensino remoto e, muito antes da pandemia, ele já tinha cursado algumas disciplinas a distância. Mesmo com um notebook que, segundo ele, “não está 100%, mas atende as minhas necessidades”, e uma internet que não é a mais veloz, a adaptação para o ensino 100% digital foi tranquila para ele. “Consegui focar bem nos estudos. Tudo é questão de disciplina”, orienta o estudante. Para dar conta da demanda da faculdade e do estágio – que também passou a ser remoto -, Walisson separou sua rotina de estudos por turnos. “Estudo em média 1h30 pela manhã e 2h30 a tarde. A noite, são mais duas horas de estudos. Já nos finais de semana, gasto cerca de três a cinco horas, dependendo do decorrer do dia”, disse. Retorno ao presencial As faculdades privadas, em Brasília, estavam se preparando para retomar as atividades presenciais, mas um imbróglio jurídico trouxe ainda mais incertezas para professores e estudantes. Walisson teme uma volta sem planejamento. “Fico com um pouco de medo, pois não acho que estamos prontos para o retorno total. Não são todas as pessoas que têm consciência e cuidado”, alerta o estudante. Apesar da preocupação com relação ao trabalho e ao cenário de incertezas, Walisson faz planos para o futuro. Atualmente, ele tem uma corretora de seguros e busca, no marketing, reforçar as vendas on-line. Além disso, Walisson tem um projeto de dança para pessoas com deficiência motora, visual e auditiva e quer colocar a ideia em ação para melhorar a vida desse público. Segundo ele, a vida de estudante de Administração vai muito bem. “Separo bem meus estudos e, principalmente, o meu tempo para poder ter uma melhor performance em tudo. É preciso aproveitar cada minuto, aprendendo coisas novas e criando novos hobbies”, conta. Enquanto isso, nas universidades públicas… Maria Clara estuda na UnB e fala da expectativa das aulas remotas que vão começar no dia 17 de agosto. Boa parte dos estudantes das universidades estaduais e federais do país ainda não migraram para o ensino a distância. Em junho, em entrevista para o Correio Braziliense, a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, afirmou que não há possibilidade de retorno físico em 2020. Após ouvir a comunidade acadêmica, a UnB constatou que cerca de 6% dos estudantes não têm computador ou tablet. O acesso à internet para 30% dos alunos também não é de boa qualidade. Para garantir que a volta às aulas seja possível a todos, a UnB, com suporte do Ministério da Educação, resolverá essas lacunas e, no próximo dia 17, a instituição retomará as atividades de forma remota. A estudante do quarto semestre do curso de Administração, Maria Clara Amaral de Morais, ficou o primeiro semestre de 2020 inteiro sem aulas. Ela aproveitou o tempo livre para fazer um curso on-line, mas acha complicado concentrar-se nos estudos estando em casa. Antes da pandemia, ela contava apenas com um smartphone. “Com o início do isolamento social e a necessidade de ficar em casa, acabei comprando um notebook, que está me auxiliando tanto no trabalho como nos estudos”, explica. Com relação à nova plataforma adotada pela UnB, ela tem ressalvas. “Estamos tendo bastante dificuldade em explorá-la, já que é extremamente diferente da anterior e as orientações não estão claras, dificultando o uso da plataforma”, alertou a estudante. Com relação ao retorno da aulas remotas, Maria Clara está um pouco receosa. “Mas espero poder me dedicar ao máximo para fazer deste período uma oportunidade de grande aprendizado. Acho que o semestre poderá ser recuperado caso a plataforma escolhida pela UnB seja, de fato, eficaz. Como será uma nova experiência tanto para professores como para os alunos, espero que haja uma cooperação entre todos para concluirmos essa missão com êxito”, diz. O pulo do gato Enquanto a pandemia não acaba e as instituições de ensino superior públicas e privadas definem suas estratégias para a retomada das atividades, é bom definir uma rotina para estudar em casa. Walisson aposta na disciplina, enquanto Maria Clara tenta se adaptar à nova realidade. Quer saber mais? Confira as dicas que o CFA já deu para os estudantes que precisam estabelecer novas rotinas de estudos em tempos de pandemia. Clique aqui e confira. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Apesar da pandemia, contrata-se!

Como estará o mercado de trabalho dos profissionais de Administração depois da pandemia? Essa é a pergunta considerada a de “um milhão de reais”. Apesar da indefinição do cenário, o administrador e criador do perfil no Instagram @JovemAdm, Diego Andreasi, conversou com o CFA na semana passada. Diego atua no setor de Tecnologia (startup e inovação) e é gerente de Incubadora de Empresas; professor de MBAs; e autor do livro “O Manifesto de um Jovem Administrador”. Durante a pandemia, ele lançou um e-commerce que interliga arte e tecnologia. Ele usou esse exemplo para explicar que, independente da área, se o profissional não entender, minimamente, de tecnologia será muito difícil se realocar no mercado. “Se você não se adaptar à tecnologia é um caminho bastante incerto”, reiterou. Entre as vagas futuras, incluindo as de cargos estratégicos, estarão interligadas com as habilidades tecnológicas. De acordo com Andreasi, desde o início da pandemia de Covid-19, muitas lojas aderiram à venda on-line de seus produtos e, com isso, cresceu também a adesão ao marketplace. O modelo é entendido por espaços virtuais que podem ser usados por outras empresas, geralmente menores, para disponibilizar seus produtos e serviços e, assim, realizar vendas. A Amazon e, mais recentemente, o Magazine Luiza são exemplos de marketplaces promissores. Para quem está se formando agora e busca informações do mercado, o administrador trouxe atualizações do setor de Recursos Humanos que podem ser determinantes no momento da contratação. Assista à live completa no Instagram. Elisa Ventura Assessoria de Comunicação CFA
Oportunidades para o Administrador com a LGPD

Autor: Adm. Julio Cesar Segantini – Administrador de Empresas, Especialização em Marketing e MBA em Negócios Digitais A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709/2018, é um grande passo no regulamento das atividades de tratamento de dados pessoais. Ainda em trâmite no Congresso Nacional, a sua data de entrada em vigor, prevista inicialmente para agosto deste ano, poderá ser alterada para maio de 2021. O objetivo da LGPD é criar um cenário de segurança jurídica para garantir à proteção dos dados pessoais de todos os cidadãos que estejam no Brasil de forma igualitária, transparente e garantindo os direitos fundamentais. Vale ressaltar que dados pessoais são todas as informações que podem identificar uma pessoa, sejam números de documentos, características pessoais, qualificação pessoal ou profissional, dados biométricos, genéticos e, inclusive, informações sobre convicção religiosa, opinião política e filiação a sindicatos. Umas das maiores conquistas dessa lei será a padronização de normas e práticas para proteção dos dados, tanto em território nacional, como internacional. Na prática isso significa que, as pessoas físicas, que são as titulares dos dados, terão os seus direitos ampliados no que tange ao seu consentimento sobre os seus dados e terão esse direito garantido de forma acessível e eficaz. Dentre os direitos que serão concedidos aos titulares estão o acesso a esses dados com a possiblidade de atualização da informação e, inclusive, sua eliminação de bancos de dados e revogação do seu consentimento prévio para o tratamento desses dados. A anonimização, bloqueio ou eliminação de dados pessoais desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade com a LGPD. A portabilidade de dados pessoais a outro fornecedor do produto ou serviço, inclusive, admitindo que isso seja feito entre empresas concorrentes. A partir do momento que essa lei entrar em vigor, todas as empresas, públicas ou privadas, pequenas, médias ou grandes corporações, serão impactadas por ela. Afinal, até mesmo os dados dos empregados destas empresas precisarão estar em conformidade com a lei. Assim, tendo em vista do alcance da LGPD e, também, sabendo que o seu não cumprimento poderá trazer consequências econômicas para as empresas, como sanções e multas que vão de 2% do faturamento anual até R$50 milhões, abre-se uma grande oportunidade de atuação para os Administradores. O primeiro deles será a atuação como Encarregado de Dados ou DPO (Data Protection Officer), que será o responsável pelo tratamento dos dados pessoais nas empresas, fazendo a ponte entre o controlador de dados, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o titular dos dados. Ademais, vejo muitas oportunidades para os administradores atuarem no âmbito corporativo com compliance, fazendo o diagnóstico organizacional de normas e procedimentos formais e informais existentes, fornecendo parâmetros e orientações para criação de regras de negócio, também criando e implementando essas regras e corrigindo ou adequando os procedimentos organizacionais. Também, há grande oportunidade de atuar junto ao setor de TI contribuindo para a análise sistêmica dos dados da organização e critérios de armazenamento das informações. Por último, há de se considerar que a implementação da LGPD nas organizações é algo novo e, portanto, pode desencadear outras atividades que ainda não podem ser mapeadas, dadas as circunstâncias e evoluções naturais das responsabilidades empresariais. Desta forma, uma grande oportunidade se abre para que os Administradores aproveitem esta área que será de vital importância para todas as organizações que serão impactadas pela LGPD. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”