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Reforma tributária em todas as esferas pode mudar o Brasil

Todo empresário sonha com uma reforma tributária que realmente venha simplificar a vida da classe produtiva. Uma reforma não só que reduza o montante pago em impostos pela sociedade, mas que simplifique a vida, tanto de quem recolhe os tributos, como de quem recebe e fiscaliza. Uma reforma que acabe com injustiças, ineficiência, com a guerra fiscal entre estados e com a judicialização. O sonho precisa se tornar uma realidade, visto que o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking das economias mais complexas do mundo, segundo o Índice de Complexidade Financeira divulgado pela TMF Group, ou seja, é o segundo mais difícil de cumprir as obrigações contábeis e fiscais no mundo. Enquanto 168 países adotam apenas um tributo para o consumo, o Brasil adota cinco: o PIS, o Cofins, o IPI, o ICMS e o ISS. Isso significa dizer que, quanto mais complexa a cadeia produtiva, mais impostos são agregados para encarecer o produto final. A atual legislação tributária tem mais de 5,4 milhões de normas, surgindo 800 novas por dia, e provocando uma imensa insegurança jurídica, daí a expressão “manicômio tributário”. Num momento de crise econômica mundial, com anos seguidos de desaceleração da economia, devemos acreditar que a reforma tributária é urgente e precisa ser ampla, não apenas no âmbito federal. Várias entidades técnicas vêm manifestando apoio ao governo federal para a necessidade da simplificação e aqui destaco a ABRASF, Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais, que realizou um diagnóstico da realidade fiscal e financeira dos Fiscos de todas as esferas da Federação e dos contribuintes de distintos setores econômicos. A partir deste levantamento, elaborou uma proposta ampla baseada em três premissas: simplificar as obrigações fiscais dos contribuintes e dos fiscos; não destruir as bases de financiamento, da autonomia fiscal e capacidade financeira de Municípios, Estados e União; não aumentar a carga tributária e apoiar a desoneração substancial da folha de salários. “Simplifica Já”, como tem sido chamada a proposta, sugere a uniformização das regras fiscais do ISSQN e do ICMS, com uma única inscrição fiscal para contribuintes. Uma única nota fiscal para serviços e produtos e criando um comitê nacional com representantes dos estados e municípios para gerenciar, em tempo real, as obrigações fiscais. Sugere, ainda, o avanço da não-cumulatividade do ICMS, por meio de crédito financeiro e do compartilhamento do produto da arrecadação do ISSQN no destino. Tudo isso sem ultrapassar a alíquota de 5%. Ao meu ver, são soluções que contribuem para a estabilidade fiscal do país, permitindo a competitividade do Brasil no cenário mundial e reascendendo o desenvolvimento econômico da nossa pátria. Caso queira saber mais sobre o Simplifica Já, visite o site: simplificaja.org.br. Rogério Ramos é secretário de finanças de Palmas-TO, presidente do SEBRAE/TO e vice-presidente do Conselho Federal de Administração (CFA).
Estratégia para superar adversidades começa já na graduação

Recém-graduados, eles enfrentaram os dilemas do mercado e viraram o jogo A empregabilidade é uma preocupação constante de todo profissional, sobretudo, para aqueles que se graduaram há pouco tempo. Em época de pandemia e crise econômica, a tarefa tornou-se ainda mais desafiadora; porém há diferentes maneiras de contornar tais situações. Com foco e criatividade, a bacharel em Administração Caroline Fortes, de 25 anos, graduada em 2018, conseguiu driblar a falta de experiência profissional ao atuar como voluntária em pequenos negócios de Porto Alegre-RS, onde mora. Ela conta que não havia feito estágios, durante a faculdade, mas viu no voluntariado um modo de adquirir bagagem e construir seu networking. Carolina revela que participou de cursos, palestras e workshops para aumentar seus conhecimentos técnicos e sobre o mercado de trabalho. “Aplicar tudo que aprendi no dia a dia, nas iniciativas onde atuei naquela época, contribuiu para aumentar minha segurança e me manter em movimento no mercado”, esclarece. Mão à obra Tomar iniciativa rumo ao mercado também foi a estratégia de Eduardo Bortoli, 27 anos, graduado em administração em 2019. Ainda na faculdade, ele foi um dos criadores do “Laboratório de Inovação Criativa”, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS), programa cujo objetivo era aplicar a teoria aprendida em sala às necessidades do mercado. Bortoli relata que o projeto viabilizou relacionamento entre estudantes e empresas, bem como o desenvolvimento de experiências profissionais. Os jovens apresentavam soluções que eram depois escolhidas e aplicadas na própria organização participante. “Esse projeto ajudou tanto na solução de problemas das empresas, como na inserção desses alunos no mercado de trabalho. Nesse sentido, tive uma experiência muito significativa durante boa parte da minha graduação, que me ajuda até hoje”, revela. Para a administradora e diretora de Formação Profissional do CFA, Claudia Stadtlober, o estudante deve ter em mente um projeto de vida, desde os primeiros meses de faculdade. Segundo ela, nesse instante começa a caminhada profissional, tanto nos estudos quanto ao realizar os primeiros networkings com os professores e colegas de classe. Visão no mercado Durante o curso, o aluno ainda precisa compreender como funciona, na prática, a teoria ensinada em sala de aula e, acima de tudo, não estagnar no que é abordado na faculdade. “O principal erro é achar que, no mercado, você vai ficar só naquelas atividades teórico-práticas, e que isso vai ser suficiente — assim como achar que tem estágio que não está lhe desenvolvendo tanto, quando todos eles contribuem”, avalia a diretora. Assim como no exemplo de Caroline, que buscou compensar a falta de experiência profissional com o voluntariado, Stadtlober esclarece que todo lugar é um espaço de crescimento profissional e pessoal. “Se não for pela via do ensino profissional, é possível adquirir as chamadas Soft Skills — competências comportamentais e emocionais que são até mais valorizadas hoje pelo mercado, do que as competências técnicas em si”, destacou. Para o administrador e especialista em Gestão de Pessoas, Rodrigo Fortunato, o maior erro do estudante-universitário é preocupar-se mais com notas e aprovação nas disciplinas do que com a sua educação profissional. Ele enfatiza que a prioridade deve ser adquirir conhecimento, experiência e envolver-se com a profissão. “Uma das formas que possibilitam o estudante ir além do que é tratado em sala, é participar de congressos e programas de desenvolvimento, existentes nas faculdades e universidades. Outra alternativa seria comparecer em eventos, tais como dos Conselhos Regionais de Administração (CRAs), em que alunos e jovens profissionais podem criar conexões decisivas em suas futuras contratações”, recomendou. Empreendedorismo Outra modalidade que pode ser estratégica para os recém-graduados é o empreendedorismo, fórmula que foi escolhida pelo jovem bacharel em Gestão para Inovação e Liderança, Augusto Massena, de 22 anos. Ainda durante a graduação, ele decidiu abrir a própria empresa, junto com seu irmão e seu primo. Após estagiar em um hospital, e em uma distribuidora de bebidas, ele apostou na ideia de seu irmão mais velho e, juntos, criaram a Dobra — empresa no ramo de moda, vestuário e acessórios. Graduado em 2019, Massena dedicou todo o curso superior focado no negócio que abrira antes, em 2016. “Não somos inventores da carteira de papel, um de nossos produtos, pois inovamos não no produto, inicialmente, mas, sim, no modelo de gestão e de negócio. Temos uma empresa de gestão aberta e descentralizada, que busca causar impacto positivo na sociedade”, explicou a receita do sucesso de sua empresa, com raízes na inovação. Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA
Consumo ou consumismo, eis a questão…

Quando ele deixa de ser hábito particular de compra para se tornar problema Enclausurados em casa, por causa da Covid-19, e impossibilitados de comprar presencialmente diferentes itens, os brasileiros migraram para as compras on-line. De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 61% dos clientes entrevistados aumentaram seu volume de compras pela internet durante o isolamento social. Pesquisa semelhante do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 37% dos consumidores entrevistados admitiram ter comprado algo que não precisavam, nos últimos 30 dias, e que o consumo em excesso vem crescendo com a pandemia. Somente a venda de batons registrou aumento de 200%, mesmo com o uso obrigatório de máscaras em todo o país, de acordo a consultoria Corebiz. Em momentos como esse, e tendo em vista o aumento do desemprego e redução do poder de compra por causa da inflação, surgem indagações sobre o que é considerado essencial ou supérfluo. Para o administrador e diretor do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), em Goiânia-GO, Francisco Capel, é possível distinguir os dois tipos de compras. Ser ou ter? Segundo Capel, a compra consciente é aquela que leva em conta aspectos de proteção ao meio ambiente, saúde humana e animal, bem como relações justas de trabalho. Nessa modalidade, o indivíduo tem consciência de que pode ser agente transformador da sociedade, no ato de consumir. Por outro lado, a compra consumista, para Capel, acontece quando há compulsão ou desejo ampliado que leva o indivíduo a comprar de forma ilimitada, sem haver necessidade de bens, mercadorias ou serviços. “O consumista se deixa influenciar demasiadamente pela mídia, quando os apelos do capitalismo falam fundo na mente humana. Comprar é bom: quem disse que é ruim? Mas comprar de forma consciente é melhor ainda”, avalia. Capel relata que o consumismo pode ser um problema, em razão da falsa felicidade que surge em resposta a dores e frustrações existentes. Acredita que é possível chegar ao que chamou de ‘caminho do meio’, quando existe equilíbrio entre consumo, meio ambiente e economia. Nesse contexto, ele ressalta que o consumo gera emprego e renda, descentraliza a riqueza e gera impostos que podem ser devolvidos à sociedade em forma de políticas públicas. Já o consumo em excesso pode ser, na visão de Capel, uma armadilha, se não observadas particularidades. “Depende do tamanho de seu bolso, sobretudo, em compras e pagamentos a longo prazo. Os juros, por exemplo, na maioria das vezes não são calculados pelo consumidor; além disso, as aquisições de bens e serviços desnecessários, muitas vezes, oculta um desejo de ressignificar a vida na dualidade entre o ter, ao invés de ser”, destacou. Normal ou exagerado Segundo o pesquisador em Ciência do Comportamento pela Universidade de Brasília (UnB), Rafael Porto, o termo ‘consumista’ mais atrapalha do que ajuda, ao definir a compra como item essencial ou supérfluo (além do necessário). Ele diz que o consumismo faz parte do consumo em geral, e a prática de comprar o que é fruto do desejo é algo normal e previsível. “Hora ou outra, a gente compra tanto algo que necessita ou mesmo que gosta, mas não precisa daquilo. Na prática, coisas que a gente precisa são até pequenas no conjunto de itens que uma família de classe média, por exemplo, compra hoje em dia”, relata. O problema não é a quantidade de itens comprados, mas sim a possibilidade de pagar por eles sem se endividar, na visão do pesquisador. Ele ressalta que a prática de gastar além das posses tem tido grau de relevância, preocupante, em todo o Brasil. “Comprar, por comprar, é um problema que não gera muita repercussão, a não ser acúmulo de objetos em casa. Mas facilmente isso pode ser jogado fora ou doar o que não for necessário”, considera. Contexto Porto explica que para avaliar se existe algo de anormal com o consumo, é preciso analisar o contexto de compra. Ressalta que o mesmo objeto comprado por uma pessoa, em um contexto de necessidade, pode aparecer como algo por impulso ao ser praticado por uma pessoa que já tem o mesmo produto em demasia. Até mesmo produtos considerados de primeira necessidade podem ser relativizados, dependendo da maneira específica do que se deseja. “Se quero uma água, isso é aparentemente um item necessário. Mas se quero beber uma água da marca Perrier, aqui e a agora, sendo mais específico como nesse caso, estou mais próximo do desejo do que de uma real necessidade. Depende muito do contexto pelo qual se está classificando o que é necessário e o que não é”, conclui. Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA