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OS DESAFIOS DA GESTÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS NO PÓS PANDEMIA: DIFICULDADES X OPORTUNIDADES E MUDANÇAS

OS DESAFIOS DA GESTÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS NO PÓS PANDEMIA: DIFICULDADES X OPORTUNIDADES E MUDANÇAS

A pandemia, provocada pelo vírus chinês COVID19, colocou o mundo diante de uma situação sem precedentes na era moderna. Na história recente, registros indicam alguns acontecimentos com características que se assemelham com panorama atual, como a peste espanhola na área da saúde, em 1918 e o crack da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, na área econômica.

A pandemia obrigou países fecharem suas fronteiras, cancelarem voos, fecharem lojas, shoppings e praticamente paralisar todas as atividades que envolviam a circulação de pessoas. Tudo isso provocou um colapso praticamente no mundo todo, paralisando num primeiro momento a economia mundial, enquanto o sistema de saúde se preparava para a maior lotação de todos os tempos.

Pelo menos no Brasil, o impacto provocado pelo isolamento total e o destaque catastrófico dado ao assunto pela grande imprensa deixou o ambiente econômico em desespero. Esse ambiente foi agravado pela politização que foi dada a um tema essencialmente técnico da área da medicina.

Alguns setores da economia sofreram perdas irreparáveis com alta taxa de mortalidade, principalmente empresas cuja atividade envolviam aglomerações capazes de facilitar o contágio entre as pessoas, como é o caso da aviação, do setor de turismo, do comércio físico, entre outros. Nesse tipo de negócio as primeiras medidas foram extremamente radicais, como ocorreu na aviação e em empresas de turismo, por exemplo.

Esse conjunto de fatores levou as pessoas a buscarem novas formas de atenderem suas necessidades de consumo, já que impedidas de circularem livremente para buscar os produtos e serviços que necessitavam. Essa mudança de comportamento repentina foi o grande desafio para os estudiosos da área.

Porém, no âmbito dos pequenos negócios, que é uma das grandes forças motoras da economia e grande geradora de empregos formais e informais, surgiram oportunidades para os empresários e empreendedores que foram capazes de captar novas necessidades dos consumidores e grande capacidade de adaptação e maleabilidade em mudança de paradigmas, em função da mudança de modo de vida das pessoas, decorrente do regime de isolamento social.

Aí é que entrou a capacidade de percepção do empreendedor apoiada nas técnicas da ciência da administração.

As pequenas empresas que possuíam bons sistemas de gestão financeira e gozavam de alguma reserva, tiveram um tempo para rever seu negócio de forma mais planejada e racional. Já as empresas que estavam em situação financeira difícil, a inadimplência e a insolvência bateram de imediato à sua porta.

Dezenas de exemplos de empresas que se reinventaram vem à mente nesse sentido: empresas que fabricavam roupas incluíram em sua linha de produção a fabricação de máscaras; empresas que atendiam público em lojas, restaurantes, se valeram do sistema de delivery; empresas que vendiam produtos no mercado físico passaram a vender seus produtos via eletrônica (sites próprios e os marketplaces); prestadores de serviço cujos colaboradores trabalhavam em escritório passaram a trabalhar em regime de home office e assim por diante.

Com essas medidas muitas empresas e negócios conseguiram superar a paralisia da circulação de pessoas e algumas conseguiram até ganhar espaço no mercado com essas soluções. Para tanto as empresas tiveram que enfrentar muitos desafios, para os quais não tinham nenhuma base de conhecimento anterior.

Em sendo os EPI ‘s o conjunto de acessórios de proteção individual específico para proteção da pessoa, composto de máscara, uso álcool gel, viseira protetora contra gotículas, roupas higienizadas. Já nas mudanças comportamentais pode se considerar a higienização das mãos, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar o contato pessoal, manter distanciamento mínimo entre pessoas, entre outros.

Há de se considerar que essas medidas de prevenção sanitárias trazem consigo não só um aumento de custos, como uma redução de receitas, pelo menos no atendimento presencial, essa última em função do distanciamento e da redução do número de lugares, que infelizmente terá que ser repassado aos preços.

Com o tradicional canal de comunicação físico com o cliente, num primeiro momento totalmente fechado e depois paulatinamente relaxado, com a abertura dos estabelecimentos em horários reduzidos, os empreendedores tiveram que buscar novos canais para se comunicar com seus clientes.

Algumas empresas mais avançadas nesse particular já tinham nas redes sociais um bom e eficiente canal para se comunicar com seus clientes, destacando-se Instagram, Facebook e LinkedIn. Com as pessoas isoladas em casa, a comunicação via rede social se intensificou. Para esses empreendedores essa grande dificuldade, que uma boa parte dos pequenos empresários teve que correr às pressas para entrar nesses canais, já não era obstáculo, mas apenas uma intensificação e adaptação das formas de comercialização.

Empresas que estavam preparadas entraram ou intensificaram o comércio eletrônico (e-commerce) ofertando produtos e serviços sem que o cliente tenha que sair de casa. O desafio é saber em qual plataforma seu cliente frequenta. Para isso existem ferramentas de marketing que possibilitam e induzem a interação empresa x cliente durante o contato com ele. No lado financeiro, o reflexo dessas medidas preventivas no transporte, fez com que aumentassem os custos dos fretes.

O uso de ferramentas de Marketing digital permitiu a pequenos empreendedores superar muitas das dificuldades surgidas.

Empresas que já se utilizavam das Métricas de Marketing já tinham descoberto, através de indicadores, resultados concretos, permitindo acompanhar por meio de gráficos que apontavam de forma visual o crescimento do seu negócio.

Na área administrativa teve maiores chances de acompanhar as mudanças provocadas pela pandemia, empresas que já estavam acostumadas ao desenvolvimento do trabalho em equipe e se utilizavam de plataformas digitais para reuniões não presenciais através de vídeo ou áudio conferências.

Empresas com esse tipo de estrutura, migraram para o trabalho em home office sem dificuldades. Acabaram por descobrir que o rendimento do trabalho em sua grande maioria dos casos aumentou significativamente, além da redução de custos para todas as partes.

Nos procedimentos relativos às atividades financeiras a maioria das empresas já se utilizavam de plataformas para movimentação financeira em bancos, pagamento de contas, de forma que não tiveram grandes repercussões o distanciamento social.

Na era pós pandemia

Na verdade, nem os maiores especialistas do mundo conseguem prever o tempo de recuperação das economias e tampouco como ela ocorrerá nos diversos países e ambientes econômicos.

Porém, o aumento de custos e redução de produtividade decorrentes de medidas sanitárias e distanciamento social, é uma realidade para todas as empresas, sejam grandes, médias, pequenas ou micro.

Essa nova realidade vai obrigar esses empreendedores a gerir seus negócios com mãos de ferro, minimizando custos e levando a saúde financeira, sempre considerando que prejuízos ou redução de resultados positivos, impactarão no futuro o seu capital de giro.

Por essa razão, levou vantagem a empresa que tinha reservas para suportar esses desencaixes, pois não precisou se endividar para cobrir esses déficits. Em pior situação ficou a empresa que teve de tomar empréstimos para cobrir esses déficits, isso porque vai ter que gerar excedentes no futuro para liquidar esses compromissos, que, ainda por cima, crescem continuamente pela remuneração ao agente emprestador.

Por essas razões, demore o quanto demorar a passar os efeitos do isolamento social, as pequenas empresas vão ter que trabalhar em regime de gasto mínimo, maximizando recursos, enfim, fazendo sacrifícios adicionais para buscar a sobrevivência.

As empresas que pretendam sobreviver no ambiente pós pandemia terão que se adaptar às novas regras de higienização, de comportamento de colaboradores e parceiros, que certamente continuarão depois de passada essa fase de isolamento, o que implicará em operar com custos mais elevados do que aqueles anteriores a esse período.

Por isso, devem as empresas se utilizarem de ferramentas de marketing para aproximá-las do seu cliente, incentivando sua interação, de forma a acompanhar suas mudanças de hábito e estilo de vida.

Esse artigo não expressa necessariamente a posição do CRA-PR