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AS LIÇÕES DE UMA PANDEMIA

Anderson Luiz Michelin

Mestre em Gestão estratégica das organizações, coordenador de curso da Faculdade Mater Dei, professor    do IFPR de Palmas – PR, consultor de empresas. Delegado do CRA – seccional Pato Branco – Pr

AS LIÇÕES DE UMA PANDEMIA.

No dia 23 de janeiro de 2020, foi decretada quarentena na cidade de Wuhan, no entanto, a doença não ficou restrita àquela localidade e espalhou-se, primeiramente, pela China, em seguida, Ásia e, assim, para outros países.

Por incrível que pareça, Taiwan um pais   encostado na China, o epicentro da doença, ficou quase imune ao alastramento da doença com meros 50 casos confirmados. O que se pode observar é que as autoridades desse pais   foram rápidas em tomar as medidas necessárias. Primeiramente aprenderam com um surto que aconteceu em 2002/2003 da Síndrome respiratória aguda grave (SARS), Severe Acute Respiratory Syndrome, quando criaram um centro onde unificaram todas as informações relevantes e que ajudaram nas tomadas de decisões. Com isso conseguiram agir precocemente, sobre os efeitos nefastos da COVID-19, que estamos vendo na maioria dos países. Dessas informações, podemos tirar algumas lições que podem ajudar nossas empresas e também a nossa nação.

Na ciência da Administração gerir qualquer atividade e/ou organização significa orquestrar as etapas que compõem o processo administrativo: PODC – Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Para isso deve-se ter uma visão   de planejamento adequada, um processo de informação que tenha uma amplitude e profundidade que municie o gestor com informações relevantes para a tomada de decisão e principalmente o controle dessas decisões que podem levar ao sucesso ou não do que foi planejado. Taiwan mostrou que tem gestores que com planejamento e ações rápidas, não só minimizaram o problema, mas principalmente salvaram vidas…

Em contraponto   observamos que os países que demoraram para tomar atitudes preventivas básicas tiveram um acréscimo rápido de pessoas infectadas. Isso forçou alguns governos a decretarem lockdown (confinamento). Nessa crise do COVID-19 o termo tem designado o bloqueio total de um perímetro urbano, para que não haja entrada e saída de pessoas. Normalmente, ele é acompanhado de medidas mais extremas também de restrição da circulação interna, com a penalização de pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem decretos do governo.

Essa restrição de circulação acaba afetando o comércio, os empregos e a economia como um todo e logicamente o próprio governo, isso mostra que nos países que demoraram a tomar atitudes de prevenção não houve um planejamento adequado para tratar dessas situações.

Ao fazermos um paralelo com as empresas, isso serve de lição para que as mesmas comecem realmente a ter uma gestão mais profissionalizada, com planejamento adequado e com o uso de ferramentas   de informação que   possibilitem a mesma ter acesso a dados relevantes para seu negócio, bem como um maior controle dos processos operacionais do negócio e de preferência possuir uma reserva financeira para momentos de crise.

As empresas devem possuir uma capacidade de adaptação às mudanças, quem não conseguiu usar de alguma forma as tecnologias de informação para continuar a comercializar seus negócios, ou adequar seus produtos para suprirem as necessidades dos seus clientes, mesmo diferente daquelas que a empresa estava habituada a fornecer, devem estar enfrentando grandes dificuldades.

Portanto precisamos aprender a administrar nossas organizações de forma profissional, usando as ferramentas gerenciais adequadas, tanto de planejamento como de informação e acima de tudo ter a capacidade de inovar e nos adaptar rapidamente. A percepção que o mundo está em constante mudança e que essas mudanças serão cada vez mais rápidas e nem sempre para melhor… a capacidade de estar agindo de forma proativa e profissional, faz do Administrador um agente de mudanças e preparado para enfrentar os desafios que irão surgir em um mundo cada vez mais complexo e desafiador.

“O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”