Cases de lideranças femininas encerram o III Fórum das Mulheres ADMs

Depois de dois dias discutindo a importância da mulher na ciência e na inovação, chegou a hora de falar sobre o papel feminino na política e na indústria no III Fórum das Mulheres da Administração. Para tratar do tema, foram convidadas a líder da Cerbras, Ana Lúcia Bastos Mota, e a secretária de Relações Federativas e Internacionais, do Rio Grande do Sul e, em Brasília, Ana Amélia Lemos. O evento é uma realização da Comissão Especial ADM Mulher do Conselho Federal de Administração (CFA). A abertura foi feita pelo presidente da autarquia, Mauro Kreuz, e, em breves palavras, parabenizou a equipe organizadora do Fórum, além de destacar a importância em debater questões femininas, principalmente em tempos de pandemia. “Sinto-me absolutamente muito orgulhoso. Como presidente, estou envaidecido por poder estar aqui hoje com vocês e ter a oportunidade de cumprimentá-las por este evento que, certamente, colocará cada vez mais a sociedade brasileira em sintonia com este momento que vivemos, que é de valorização, ascensão e reconhecimento das mulheres, em especial as administradoras”, discursou. Em seguida, a vice-presidente do Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA-CE), Rita Maria Silveira da Silva, apresentou a primeira convidada da noite, Ana Lúcia Bastos. Ambas trocaram ideias sobre a mulher na indústria. Em um bate-papo descontraído, a dona da Cerbras deu um show de simpatia. Questionada se teve dificuldade em assumir a direção da empresa após a morte do marido, a empresária disse que não. Contudo, falou que teve medo no início. “Eu não acreditava que era capaz. Com ajuda de algumas pessoas e dos meus filhos – Ticiana, Felipe e Mariana – eu consegui superar isso”, afirmou. Na época, o trabalho da família foi fundamental para tirar o negócio do vermelho. Outra medida adotada foi a valorização dos colaboradores: eles eram premiados e passaram a ter participação nos lucros. Alguns funcionários também tiveram apoio para fazer curso superior. “É preciso valorizar as pessoas, desde aquela que faz a faxina até o alto escalão. Você pode ter os melhores equipamentos, mas a equipe é tudo e isso faz muita diferença”, comentou. Atualmente, a Cerbras tem muitas funcionárias na produção, inclusive operando empilhadeiras e outras funções que, tradicionalmente, eram ocupadas por homens. A empresa também tem um programa de sustentabilidade e investe na segurança das pessoas. Na sequência, a diretora de Estudos e Projetos Estratégicos do CFA, Gracita Barbosa, entrou no evento para dar boas vindas a segunda palestrante da noite: Ana Amélia Lemos. Ela é jornalista, mas sua vida foi dedicada à política e já esteve entre os dez melhores senadores pelo prêmio Congresso em Foco em 2011, 2012 e 2013. No Fórum, ela contou um pouco da sua trajetória no parlamento brasileiro. “Eu não levo desaforo para casa e, na política, o embate entre colegas, sejam homens e mulheres, é comum. Mas sempre ocorreu de forma respeitosa”, falou. Sobre fomentar a inclusão de mulheres no cenário político, Ana esclareceu que as eleições municipais mostraram grande avanço nesse sentido. “Isso se deve à maior conscientização e à mobilização das redes”, justificou. Contudo, ela criticou a falta de interesse em pleitear as vagas destinadas a candidatas femininas. “Não adianta ter essas cotas se as mulheres não estão dispostas a entrar na política”, ponderou. Outra questão tocada pela secretária foi o fato de que é cada vez maior a presença de mulheres nas carreiras de estado: poder judiciário, ministério público, forças armadas, polícias civis e militares nos estados, polícia federal, rodoviária e assim por diante. Como o acesso é por meio de concurso, elas estudam e conseguem aprovação e isso garante segurança e estabilidade, questões que, segundo Ana são valorizadas pelas profissionais. “Já na política, tem a exposição e tem que estar disposta a ter essa visibilidade. Sem contar que, para chegar lá, é preciso ganhar votos. Ainda tem um caminho longo para ampliar essa participação e é natural ser assim, não vejo como problema. Passo a passo a mulher brasileira vai galgando esses espaços. Já tivemos uma presidente, uma ministra da economia, então é uma questão de tempo mesmo”, explicou. Em seguida, ela respondeu aos questionamentos das participantes. Boa parte dos comentários eram elogios não só a ela, mas também a sua antecessora no Fórum, Ana Lúcia. Para fechar o evento, a diretora de Formação Profissional no CFA e coordenadora da Comissão ADM Mulher, Cláudia Stadtlober, fez uso da palavra. “Quero registrar a minha gratidão. Foram três dias sensacionais e hoje encerramos com chave de ouro com as nossas ‘Anas’. Estou emocionada em estar com essas colegas maravilhosas”, agradeceu a conselheira. O III Fórum das Mulheres da Administração teve como objetivo, entre outras coisas, oportunizar conhecimentos relacionados às áreas de atividade da profissional de Administração e contribuir para a ampliação da atuação dessas mulheres no mercado de trabalho. Quase duas mil pessoas visualizaram o evento. Para conferir a íntegra do terceiro e último dia do Fórum, clique aqui. As palestras dos dias anteriores também estão disponíveis no www.cfaplay.org.br. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Políticas de Gestão Pública são discutidas no Sistema CFA/CRAs

A Câmara de Gestão Pública (CGP) do Conselho Federal de Administração (CFA) realizou, na última terça-feira (24), o Seminário de Consolidação das Políticas Implantadas em Gestão Pública no Sistema CFA/CRAs. O evento on-line contou com a participação de representantes dos CRAs, conselheiros federais e colaboradores da autarquia. Segundo o diretor da CGP, Fábio Mendes Macêdo, o momento foi destinado a um intercâmbio de informações e integração entre as atividades desenvolvidas pelos regionais. “Foi um evento com o intuito de fortalecer e consolidar o que cada estado estava fazendo e fez nesses dois últimos anos. A partir da entrega de relatórios individualizados, percebemos o que cada um promoveu e agregou nesse período, tanto para as próximas gestões da autarquia, quanto no fortalecimento do campo de atuação dos profissionais brasileiros”, ressaltou. Entre os principais temas apresentados pelos regionais, estão os desafios da Administração em época de pandemia, as eleições municipais e a utilização das ferramentas do CFA na busca de informações concretas sobre o saneamento básico e a governança do país. Para a vice-diretora da CGP, Ivany Rosa de Oliveira, esse é o reflexo de um trabalho árduo da câmara e responsabilidade sobre a gestão pública do país. “Contamos com uma equipe comprometida na busca de resultados. Foram mais de 80 entregas para os gestores e administradores públicos – entre estados e municípios, como o Guia da Gestão Pública, o Guia +Brasil, a Agenda da Gestão Municipal, o Índice de Governança Municipal e, também, workshops. Tudo sob a ótica e a sensibilidade profissional”, concluiu Ivany. Paulo Melo Assessoria de Comunicação CFA
OS DESAFIOS DA GESTÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS NO PÓS PANDEMIA: DIFICULDADES X OPORTUNIDADES E MUDANÇAS

OS DESAFIOS DA GESTÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS NO PÓS PANDEMIA: DIFICULDADES X OPORTUNIDADES E MUDANÇAS A pandemia, provocada pelo vírus chinês COVID19, colocou o mundo diante de uma situação sem precedentes na era moderna. Na história recente, registros indicam alguns acontecimentos com características que se assemelham com panorama atual, como a peste espanhola na área da saúde, em 1918 e o crack da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, na área econômica. A pandemia obrigou países fecharem suas fronteiras, cancelarem voos, fecharem lojas, shoppings e praticamente paralisar todas as atividades que envolviam a circulação de pessoas. Tudo isso provocou um colapso praticamente no mundo todo, paralisando num primeiro momento a economia mundial, enquanto o sistema de saúde se preparava para a maior lotação de todos os tempos. Pelo menos no Brasil, o impacto provocado pelo isolamento total e o destaque catastrófico dado ao assunto pela grande imprensa deixou o ambiente econômico em desespero. Esse ambiente foi agravado pela politização que foi dada a um tema essencialmente técnico da área da medicina. Alguns setores da economia sofreram perdas irreparáveis com alta taxa de mortalidade, principalmente empresas cuja atividade envolviam aglomerações capazes de facilitar o contágio entre as pessoas, como é o caso da aviação, do setor de turismo, do comércio físico, entre outros. Nesse tipo de negócio as primeiras medidas foram extremamente radicais, como ocorreu na aviação e em empresas de turismo, por exemplo. Esse conjunto de fatores levou as pessoas a buscarem novas formas de atenderem suas necessidades de consumo, já que impedidas de circularem livremente para buscar os produtos e serviços que necessitavam. Essa mudança de comportamento repentina foi o grande desafio para os estudiosos da área. Porém, no âmbito dos pequenos negócios, que é uma das grandes forças motoras da economia e grande geradora de empregos formais e informais, surgiram oportunidades para os empresários e empreendedores que foram capazes de captar novas necessidades dos consumidores e grande capacidade de adaptação e maleabilidade em mudança de paradigmas, em função da mudança de modo de vida das pessoas, decorrente do regime de isolamento social. Aí é que entrou a capacidade de percepção do empreendedor apoiada nas técnicas da ciência da administração. As pequenas empresas que possuíam bons sistemas de gestão financeira e gozavam de alguma reserva, tiveram um tempo para rever seu negócio de forma mais planejada e racional. Já as empresas que estavam em situação financeira difícil, a inadimplência e a insolvência bateram de imediato à sua porta. Dezenas de exemplos de empresas que se reinventaram vem à mente nesse sentido: empresas que fabricavam roupas incluíram em sua linha de produção a fabricação de máscaras; empresas que atendiam público em lojas, restaurantes, se valeram do sistema de delivery; empresas que vendiam produtos no mercado físico passaram a vender seus produtos via eletrônica (sites próprios e os marketplaces); prestadores de serviço cujos colaboradores trabalhavam em escritório passaram a trabalhar em regime de home office e assim por diante. Com essas medidas muitas empresas e negócios conseguiram superar a paralisia da circulação de pessoas e algumas conseguiram até ganhar espaço no mercado com essas soluções. Para tanto as empresas tiveram que enfrentar muitos desafios, para os quais não tinham nenhuma base de conhecimento anterior. Em sendo os EPI ‘s o conjunto de acessórios de proteção individual específico para proteção da pessoa, composto de máscara, uso álcool gel, viseira protetora contra gotículas, roupas higienizadas. Já nas mudanças comportamentais pode se considerar a higienização das mãos, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar o contato pessoal, manter distanciamento mínimo entre pessoas, entre outros. Há de se considerar que essas medidas de prevenção sanitárias trazem consigo não só um aumento de custos, como uma redução de receitas, pelo menos no atendimento presencial, essa última em função do distanciamento e da redução do número de lugares, que infelizmente terá que ser repassado aos preços. Com o tradicional canal de comunicação físico com o cliente, num primeiro momento totalmente fechado e depois paulatinamente relaxado, com a abertura dos estabelecimentos em horários reduzidos, os empreendedores tiveram que buscar novos canais para se comunicar com seus clientes. Algumas empresas mais avançadas nesse particular já tinham nas redes sociais um bom e eficiente canal para se comunicar com seus clientes, destacando-se Instagram, Facebook e LinkedIn. Com as pessoas isoladas em casa, a comunicação via rede social se intensificou. Para esses empreendedores essa grande dificuldade, que uma boa parte dos pequenos empresários teve que correr às pressas para entrar nesses canais, já não era obstáculo, mas apenas uma intensificação e adaptação das formas de comercialização. Empresas que estavam preparadas entraram ou intensificaram o comércio eletrônico (e-commerce) ofertando produtos e serviços sem que o cliente tenha que sair de casa. O desafio é saber em qual plataforma seu cliente frequenta. Para isso existem ferramentas de marketing que possibilitam e induzem a interação empresa x cliente durante o contato com ele. No lado financeiro, o reflexo dessas medidas preventivas no transporte, fez com que aumentassem os custos dos fretes. O uso de ferramentas de Marketing digital permitiu a pequenos empreendedores superar muitas das dificuldades surgidas. Empresas que já se utilizavam das Métricas de Marketing já tinham descoberto, através de indicadores, resultados concretos, permitindo acompanhar por meio de gráficos que apontavam de forma visual o crescimento do seu negócio. Na área administrativa teve maiores chances de acompanhar as mudanças provocadas pela pandemia, empresas que já estavam acostumadas ao desenvolvimento do trabalho em equipe e se utilizavam de plataformas digitais para reuniões não presenciais através de vídeo ou áudio conferências. Empresas com esse tipo de estrutura, migraram para o trabalho em home office sem dificuldades. Acabaram por descobrir que o rendimento do trabalho em sua grande maioria dos casos aumentou significativamente, além da redução de custos para todas as partes. Nos procedimentos relativos às atividades financeiras a maioria das empresas já se utilizavam de plataformas para movimentação financeira em bancos, pagamento de contas, de forma que não tiveram grandes repercussões o distanciamento social. Na era pós pandemia
CRA-PR apoia a 26a Semana da Engenharia

Com o apoio do CRA-PR, o IEP – Instituto de Engenharia do Paraná – realizará do dia 30 de novembro ao dia 04 de dezembro a 26a Semana da Engenharia e a 3a Semana Acadêmica de Engenharia. Participe de mais essa iniciativa da parceria CRA-PR e IEP! Confira a programação completa do evento no link: Programação_IEP