CRA-PR

O PAPEL DO GESTOR DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

Autora: Adriane Diemer Uecker, MSc Administradora, professora, coordenadora de curso de Administração e delegada adjunta do CRA-PR na Seccional de Cascavel e-mail: adri.uecker@gmail.com Quando do desenvolvimento do Planejamento Estratégico, organizações brasileiras, pelas características do país, que não apresenta histórico de catástrofes, normalmente direciona seus planos considerando as tendências do mercado e pouco dá enfoque para as descontinuidades. Pois bem, chegou 2020 e com ele o momento de engrandecer a importância do desenvolvimento completo de PE, dando a devida importância para as descontinuidades, apesar das dificuldades que temos de criar cenários negativos. Mesmo sendo anunciada em janeiro e ter seu impacto no Brasil a partir de março, o tempo foi curto para a preparação das empresas brasileiras e com as instituições de ensino superior não foi diferente. O gestor que tinha feito o dever de casa, sofreu e ainda sofrerá com os impactos causados por todas as mudanças do mercado, mas conseguiu interagir melhor com o caos instaurado com a pandemia. As instituições de ensino superior que seguiam as tendências quanto à tecnologia no setor de educação, conseguiram uma adaptação mais rápida com as drásticas mudanças impostas pelas autoridades para diminuir a propagação do Covid19, principalmente com o isolamento social e a consequente suspensão das aulas presenciais. Para aquelas que já vinham desenvolvendo atividades de metodologias ativas e detinham a tecnologia para aulas na modalidade de ensino a distância foi simplesmente mudar do presencial para o remoto e manter o calendário acadêmico. Apesar de ter que adaptar alunos e professores à nova realidade, foi possível manter o serviço e justificar a permanência da cobrança de mensalidades.  Já para instituições que mantinham a velha dinâmica de ensino, baseado na relação direta presencial entre professores e alunos em salas físicas e materiais impressos, a suspensão das aulas gerou a interrupção dos serviços e consequentes motivos para o não pagamento das mensalidades, desistências e transferências. O gestor, como normalmente acontece, teve que adequar todas as áreas, justificando ser uma organização um sistema dinâmico e todo relacionado. Na parte financeira teve que fazer adequações de custos para suportar o aumento da inadimplência, além de operar modalidades diferenciadas de pagamento para atender a necessidades de alunos que tiveram queda na renda familiar. Na parte de pessoal, teve que exercer forte liderança para manter a equipe focada no desenvolvimento das atividades, não deixando se abater diante do cenário de caos social, econômico, político e de saúde. Teve que desenvolver treinamentos em regime de urgência, dando suporte principalmente aos professores para mudar definitivamente sua forma de ministrar aulas. Teve também que treinar alunos, que ainda se adaptavam às novas modalidades, além de dar suporte aos que não tinham equipamentos e nem internet para acompanharem as aulas. Se não bastasse, teve que organizar os funcionários sem atividades presenciais, seja por férias, home office ou suspensão temporária de contratos de trabalho. Talvez o grande desafio esteve na parte mercadológica, principalmente convencendo a sociedade quanto a diferença entre Ensino a Distância e Ensino Remoto, em que este último segue o modelo presencial, porém, ministrado on line, garantindo manter todos os padrões de qualidade e eficácia do processo de ensino-aprendizagem. Já a parte de operações teve que lidar com duas situações, tanto para a modalidade de ensino remoto, quanto para a adaptação das instalações físicas e processos para a retomada das aulas presenciais. Uma boa prova de fogo para o gestor, seria considerar a descontinuidade da interrupção repentina da internet no mundo no próximo Planejamento Estratégico. Que tal? “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Senado aprova PL que visa universalizar acesso à água e ao esgoto

A pandemia da Covid-19 trouxe muitos desafios para o mundo inteiro. No Brasil, a doença causou impacto ainda maior, pois o país sofre, há décadas, com problemas de infraestrutura e isso expõe mais a população a inúmeras doenças. Por isso, o Senado Federal decidiu agilizar a votação do novo marco legal do saneamento básico. O texto do Projeto de Lei n.º 4.162/2019 foi analisado em sessão remota na última quarta-feira, 24 de junho, e aprovado por 65 votos a 13. Agora, a proposta segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro. O Conselho Federal de Administração (CFA) comemorou a vitória. Para a autarquia, os problemas que o país enfrenta na área do saneamento básico são frutos da ingerência. Há anos que o Conselho tem trabalhado para promover a gestão profissional no setor e, por meio do Sistema CFA de Governança, Planejamento e Gestão Estratégica de Serviços Municipais de Água e Esgotos (CFA-Gesae), ela oferece aos municípios uma ferramenta de governança e planejamento estratégico de serviços públicos de água e esgoto. Cidades como Palmas-TO e Porto Seguro-BA já usam o CFA-Gesae para gerir serviços de água e esgoto. Para a diretora de Estudos e Projetos Estratégicos do CFA, Gracita Barbosa, a aprovação do projeto é um grande marco para a história do país. A administradora lembrou que, por meio do CFA-Gesae, o Conselho já defendia que a saúde está ligada ao saneamento básico. “Nesse momento da pandemia, tudo isso veio à tona e teve que ser votado. Isso foi maravilhoso, pois estamos cem anos atrasados em relação a outros países e nos últimos 30 anos estamos com uma infra estrutura deficitária e inadequada”, afirmou Gracita. Ao defender o novo marco legal, o relator do PL, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), citou dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Ela estima que a universalização dos serviços de água e esgoto reduziria em R$ 1,5 bilhão os custos anuais com saúde. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, para cada R$ 1 investido em saneamento, gera-se uma economia de R$ 4 em gastos com saúde”, argumentou o parlamentar. O saneamento também está intimamente ligado a outros setores. Jereissati diz que muitos setores econômicos dependem da adequada prestação desses serviços. O turismo, por exemplo, que não se desenvolve com precária rede de água e esgoto. “A universalização do saneamento também está associada a produtividade e a escolaridade, pois áreas sem acesso à rede de distribuição de água a de coleta de esgoto apresentam maior atraso escolar”, explicou. Avanços De acordo com o CFA-Gesae, o consumo médio per capita de água, no país, é de 154 litros por dia. No Brasil, 53,15% da população tem acesso à rede tratada de esgoto. Os outros quase cem milhões de pessoas, principalmente das regiões Norte e Nordeste do país, ainda convivem com dejetos a céu aberto. Segundo Gracita, a aprovação do marco legal traz muitos pontos positivos. Um deles é a obrigatoriedade da licitação que, possibilitará, uma maior abertura para empresas privadas atuarem no setor. “Isso é muito importante para o nosso país. A inserção de recursos privados para o saneamento básico vai tirar o Brasil do atraso das três últimas décadas, gerando economicidade na área da saúde”, defendeu. Fonte: CFA-Gesae Além disso, ela conta que o novo marco legal vai gerar muitos empregos. “São aproximadamente R$ 700 bilhões destinados para fazer essas construções e obras de melhoria do setor até universalização total”, avisou a diretora do CFA. Por meio do PL, a meta é atingir cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta e tratamento de esgoto. Os contratos também deverão se comprometer com tais metas de universalização a serem cumpridas até o fim de 2033. O texto do marco legal também prorroga o prazo para o fim dos lixões. A Agência Nacional de Águas (ANA) passará a ser responsável pela regulação do setor, mas não elimina as agências locais. Os municípios deverão implementar planos de saneamento básico e a União poderá ajudar com apoio técnico e financeiro caso as regras sejam respeitadas. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

CFA divulga calendário das Eleições do Sistema CFA/CRAs

Em outubro, o Conselho Federal de Administração (CFA) realizará as Eleições do Sistema CFA/CRAs. Mais uma vez, o pleito será realizado diretamente no site www.votaadministrador.org.br. Nesta quarta-feira, 24, a autarquia divulgou o calendário eleitoral com todos os prazos previstos para garantir o sucesso da eleição. Segundo o cronograma, até o dia 30 de junho será publicado, pela Comissão Permanente Eleitoral do CFA, o edital de convocação das Eleições em 2020. Uma outra data importante é o prazo dos pedidos de registros de chapas nos CRAs, que terminará no dia 4 de agosto. Em setembro, está prevista a inserção do Colégio Eleitoral, pelo CRA, no sítio eletrônico www.votaadministrador.org.br. Todos os preparativos terão seu apogeu no dia 28 de outubro, data da realização das Eleições do Sistema CFA/CRAs 2020. O calendário eleitoral completo e com mais informações está disponível no site. Clique aqui e confira. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Gestão de emergência: o uso das ferramentas de gerenciamento para sobrevivência empresarial

Autor: Adm. Claudemir José de Souza – Especialista em Finanças, Doutor em Administração, Conselheiro e Delegado do CRA-PR Seccional Francisco Beltrão.  O termo inovação disruptiva vem sendo amplamente discutido no meio acadêmico e empresarial. Neste momento de pandemia, gestores depararam-se com a necessidade eminente de transformar e inovar nas empresas para mantê-las vivas. O fechamento abrupto do comércio e da indústria, bem como a proibição e a redução da circulação de pessoas em função da pandemia do Covid-19, decretados pelos gestores públicos, geraram uma instabilidade há muito tempo não vista na economia mundial. O ambiente instável evidenciou e ao mesmo tempo exigiu que as empresas se reinventassem e antecipassem a implantação de muitos projetos futuros. Nas instituições de ensino, por exemplo, as aulas presenciais deram lugar a aulas síncronas, por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Outro exemplo foi o caso das grandes varejistas, as quais aceleraram ainda mais o e-commerce e o marketplace como forma de possibilitar e incrementar as vendas e o acesso ao mercado on-line, pois para muitas empresas os canais do meio digital eram desconhecidos. Profissionais de marketing foram pressionados a buscar formatos de comunicação que consigam atingir diferentes canais de mídia para atender o consumidor crossmedia. A comunicação não é mais uma via de mão única. Presenciamos claramente essa mudança nas últimas eleições brasileiras, que evidenciaram ainda mais a força da internet e das mídias sociais, superando as mídias tradicionais. Neste cenário adverso, gestores precisaram abrir a caixa de ferramentas de gestão de forma a adequarem suas ações para a sobrevivência da empresa. A Bain & Company, empresa norte americana de consultoria, com sede em Boston, Massachusetts, realiza desde 1993 uma ampla pesquisa sobre as ferramentas de gestão mais populares utilizadas pelos gestores ao redor do mundo e gera disso um ranking. Com a caixa de ferramentas de gestão em mãos, os gestores tiveram que elaborar e estruturar um plano estratégico para a preservação do que é mais importante para as empresas: o caixa, o capital de giro, os fornecedores e, principalmente, a equipe de funcionários. Sabemos que na retomada serão esses que farão toda a diferença para reiniciarem seu crescimento. Para esse plano estratégico podem ser utilizadas, conjuntamente, a análise SWOT, as cinco forças de Porter e a Matriz de Ansoff ou Matriz Produto Mercado. Trata-se de um plano fundamental para esta gestão emergencial, de forma a garantir a sobrevivência e a posterior retomada das atividades e do crescimento. Após as devidas avaliações do cenário, novamente entrará em ação a análise e o planejamento criterioso do gestor, de forma a estruturar a empresa para atingir o break even point, uma poderosa ferramenta financeira que permite encontrar o ponto de equilíbrio da empresa. Atingido o break even point, e a partir dele, a empresa buscará gerar caixa para pagar as dívidas e, a partir deste ponto, poderá voltar a investir. O momento é extremamente desafiador, com o mercado mudando rapidamente, com novos players surgindo diariamente e clientes cada vez mais cientes, conscientes e menos apegados a marcas. No momento atual, a capacidade de se adaptar às mudanças ficou ainda mais evidente, sendo a adaptação uma vantagem competitiva significativa. Neste sentido, o aproveitamento máximo das ferramentas de gestão auxiliará e certamente favorecerá a busca pela sobrevivência e pelo crescimento, através da inovação constante. Assim, para que o plano ocorra com sucesso, os gestores precisarão conhecer e saber operacionalizar esse cabedal de ferramentas de gestão disponíveis, o que fará toda a diferença no auxílio para a sobrevivência da empresa e posteriormente, no seu crescimento, pois toda crise é passageira e essa não será diferente. cjsouza@unipar.br “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

ADM que exerce a profissão tem que ter registro em CRA

Profissional atua como Analista Financeiro e queria cancelar a inscrição no CRA-RJ. Mas, com base na Lei n.º 4.769, a Justiça Federal concluiu que o registro é obrigatório A Lei n.º 4.769/1965 é clara: para exercer a carreira de administrador é necessário o registro profissional em Conselho Regional de Administração. Sem esse registro, a pessoa fica impedida de desempenhar a sua profissão. Contudo, ainda tem pessoas que tentam burlar a legislação e recorrem ao Poder Judiciário para ficarem isentas de suas obrigações legais. Mas, como contra fatos não há argumentos, o que tem prevalecido é o que está expresso na Lei n.º 4.769. Um dos casos mais recentes aconteceu no Rio de Janeiro. Uma administradora pleiteou, perante o Juizado Especial Cível daquele estado, o cancelamento do seu registro de administradora e, ainda, solicitou indenização por danos morais. A administradora é Analista Financeira Plena da Rodoviária do Rio de Janeiro S.A. A função em questão exige nível superior em Administração. Além disso, as atribuições do cargo exercido correspondem às previstas no Art. 2º da n.º Lei 4769/1965, que regulamenta o exercício da profissão de administrador. Por isso, na sentença, o juiz federal substituto do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Pedro Losa Loureiro Valim, concluiu que “não pode ser acolhida a pretensão autoral, já que as funções do cargo ocupado são próprias de administrador”. Desse modo, os pedidos da administradora foram julgados improcedentes, sendo mantida a exigência do registro perante o CRA-RJ. Jurisprudência O CFA, por meio da Câmara de Fiscalização e Registro, divulga no site as jurisprudências com as decisões judiciais favoráveis à profissão. O interessado pode acessar a página e escolher entre os assuntos “Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial”, “Administração de Condomínios”, “Embaraço a Fiscalização/Sonegação de Informações e Documentos”, “Cargos Pertinentes ao Administrador”, entre outras. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Finanças e RH estão entre as áreas que estarão em alta após a pandemia

Contudo, profissionais de administração que atuam nesses segmentos precisam desenvolver novas competências para atuar no novo cenário pós-crise Quase cem dias depois do início do isolamento social causado pela Covid-19, o assunto em pauta ainda é o novo coronavírus. Mas agora, o mundo começa a se preparar para a vida pós-pandemia. Em um cenário ainda incerto, muitos profissionais começam a repensar a carreira e se reinventam diante de tantas mudanças. Neste contexto, algumas carreiras se destacam. É o que mostra um levantamento feito pelo portal InfoMoney. De acordo com o estudo, as profissões que estarão em evidência após a pandemia são das áreas de tecnologia, finanças e saúde. O profissional de Recursos Humanos, que tem sido essencial em meio a crise, também promete fazer a diferença no mundo após essas transformações. Para a administradora, coach e especialista em Gestão de Pessoas, Jamile Costa, essa profissão será promissora, pois a humanização ganhou forças com a Covid-19. Adm. Jamile Costa Ela explica que o home office forçou as empresas a terem uma nova rotina. Nesse novo contexto, as áreas de RH precisaram se reinventar para manter os resultados e o engajamento dos colaboradores. “A gestão estratégia de pessoas está preparada para isso. Acredito que ela tem um papel de muita responsabilidade em trabalhar esse fator humanização. A empresa que não tem isso terá que começar a desenvolver e trabalhar com uma nova estratégia”, diz a CEO da Expertise Consultoria. Para o coordenador de Recursos Humanos do Conselho Federal de Administração (CFA), Isaías Santos, o profissional de RH é um dos heróis da pandemia. “Não há dúvidas de que ele está em evidência neste momento, considerando que ele deve contribuir para a sanidade das relações entre empregados e o ambiente laboral que agora está nos lares em uma grande parte dos casos”, afirma, ressaltando que as empresas começam a se preparar para o “novo normal”. “Imperiosamente, cabe ao RH implementar medidas para que isto aconteça, dando a ele – gestor da área – o protagonismo que o coloca como “profissional da vez”, destaca o administrador. Finanças em alta Das dez profissões que estarão em alta no mundo pós-pandemia, cinco são da área de finanças. O consultor empresarial e sócio na Delphus Consultoria & Projetos Ltda e Associado na Consulting Now, Alberto Tavares, concorda com essa projeção. Contudo, ele destaca que já faz um bom tempo que esses profissionais estão em uma ascendente, seja pela questão de uma economia mais globalizada, seja pela popularidade das bolsas de valores ou mesmo pela criação de moedas digitais. Consultor empresarial, Alberto Tavares. “Evidentemente, o momento requer uma atenção especial em função do alto impacto que a pandemia está provocando na economia em escala global. Por esse motivo, acredito que essas carreiras vão continuar em alta, apenas com um detalhe. Também acredito que profissionais mais experientes terão mais oportunidades nesse momento, principalmente pela maior facilidade que eles possuem em lidar com planos de médio e longo prazos”, analisa. Futuro já começou Para estar pronto, os especialistas são unânimes: é preciso desenvolver novas competências, as chamadas soft skills. Na área de RH, Jamile destaca, ainda, a importância de saber usar ferramentas tecnológicas para mensurar dados e indicadores, pois elas permitirão modelar novos planos de trabalho. “O RH não é mais aquele setor que só faz contratação, recrutamento e seleção de pessoas, cuidar de folha de pagamento, etc. Em plena pandemia de Covid-19, fomos forçados a trabalhar e entender comportamento. Precisamos mudar paradigmas e tornar esse trabalho mais estratégico”, explica. Adm. Isaías Santos. Alberto também acredita que os profissionais do futuro terão que ser mais humanos. “Não tenho dúvidas que as competências mais valorizadas, daqui pra frente, serão aquelas relacionadas a melhoria do clima organizacional. Portanto, palavras como empatia, escuta ativa, liderança participativa, entre outras, que eram mais usadas para enfeitar a fachada de algumas organizações, vão precisar ser utilizadas de verdade para garantir a sua sobrevivência”, defende o administrador. Apesar do caos, a pandemia também trouxe coisas boas. Segundo Isaías, o principal ponto positivo da crise foi a capacidade de tirar todos de suas zonas de conforto. “Se as reuniões e negociações virtuais – home office – eram uma possibilidade, agora são realidade. A higiene do ambiente de trabalho, das mãos e o valor da ventilação natural, se tornaram óbvios e isto passa a ser desejado e valorizado. É certo que as organizações se tornarão muito mais digitais a partir deste momento, e é provável que passem a ser mais produtivas até. Certamente, haverá posições que não retornarão mais para os espaços corporativos por serem plenamente compatíveis com os ambientes domésticos com a qualidade das entregas mantidas ou até maximizadas”, avalia o coordenador. Confira, abaixo, as dez profissões que prometem estar em alta no mundo após a pandemia. Profissão Área Profissional de cibersegurança Tecnologia Profissional customer experience Tecnologia Especialista em nuvem (ou cloud) Tecnologia CFO (ou diretor financeiro) Finanças Diretor Comercial Finanças Gerente de Tesouraria Finanças Planejador Financeiro Finanças Assessor de Investimentos Finanças Profissional de Recursos Humanos RH Enfermeiros e Técnicos em Enfermagem Saúde Fonte: InfoMoney Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

024/2020 – 22/2020/Disp

Número PAC: 024/2020 Nr do Contrato: 22/2020/Disp Data do Contrato: 08/06/2020 Objeto: Aquisição de termômetro com infravermelho Vencedor: Daniele Elaine dos Passos Maranhão Eireli – EPP CNPJ:  23.490.938/0001-32 Valor R$: 759,00 Vigência: 30/06/2020 Contrato:  Diário Oficial:  NFe.: NFe_PAC 024_2020 Situação do Contrato:CONCLUÍDO

023/2020 – 21/2020/Disp

Número PAC: 023/2020 Nr do Contrato: 21/2020/Disp Data do Contrato: 08/06/2020 Objeto: Aquisição e instalação de divisórias de acrílico para o balcão de atendimento e mesas de trabalho. Vencedor: ARTE ACRILICOS LTDA CNPJ: 20.129.376/0001-08 Valor R$: 3.250,00 Vigência: 30/06/2020 Contrato:  Diário Oficial:  NFe.: NFe_PAC 023_2020 Situação do Contrato: CONCLUÍDO

A arte da gestão em tempos de pandemia

A arte de pensar, de decidir e de agir; é a arte de fazer acontecer, de obter resultados. Estes, por sua vez, podem ser definidos, previstos, analisados e avaliados, mas que têm de ser alcançados através das pessoas e numa interação humana constante. É com esta arte de pensar e julgar, que caracteriza a gerência, exige maior amplitude e lateralidade de pensamento. Por isso, é recomendado aos gerentes que adquiram mais conhecimentos ou mesmo formação avançada para estimular a sua mente e curiosidade, na busca de novos horizontes e perspectivas sobre a realidade em que estão inseridos. Enfrentamos nos dias de hoje a nossa pior batalha, de um lado um vírus que destrói vidas humanas, e de outras empresas de pequeno e médio porte sendo destruídas pelo isolamento social. Infelizmente poucos destes pequenos e médios empresários se prepararam como gestores de seus negócios, e aqui observamos a importância das áreas de administração, um bom planejamento, um marketing bem feito, uma área financeira bem realizada. É fundamental em épocas de crise ter em mente tais fatores para sobrevivência empresarial. Seria impossível adivinhar o que iria acontecer, mas é fato que a maioria dos micro e pequenos empresários jamais se preocuparam em ter um plano emergencial para momentos de crise. Todos erramos, empresários, governanças políticas, consumidores. É uma corrente onde seus elos vão se interligando, e precisamos cada vez mais pensar e agir em conjunto e não em isolamento. O que chama atenção neste período pandêmico, é ausência de grupo e/ou comissão de gestores (sociedade civil organizada) nas cidades, os quais poderiam auxiliar os empresários afetados diretamente pela crise epidêmica, objetivando oxigenar novamente o comércio sufocado pela crise. Neste campo onde nos encontramos hoje, onde não sabemos quem vai ganhar, ou quem vai perder, serve a lição para que possamos ver e sentir a importância do administrador frente as comissões das áreas estratégicas. Outro ponto importante está intimamente ligado a falta de secretários públicos especializados e afetos a pauta de indústria e comércio. Normalmente são nomeadas pessoas de partidos políticos que colaboraram na campanha, sendo que os profissionais especializados, neste momento de crise, poderiam fazer toda a diferença e promover medidas adequadas e tecnicamente efetivas para a resolução estratégica. Temos um pais rico na agricultura onde um quarto da população mundial e abastecido pelos grãos colhidos pelo Brasil, temos um país rico em empresas, onde podemos nos erguer e mostrar a potência que somos perante o mundo. Muitas vezes vemos governantes preocupados em trazer grandes empresas, isso nem sempre é a solução, a maioria das cidades não tem infraestrutura necessária para isso, a grande empresa se move quando tem ao seu redor pequenas empresas fornecedoras, caso contrário ela tem que se deslocar para outras cidades em busca de mão de obra e insumos. Somos sabedores que cada região tem suas dificuldades e seus nichos de mercados a serem explorados e que essa realidade ficará mais evidenciada durante e pós pandemia. Com o gestor, a cada diagnóstico, surgem novas ideias e inovações, é disso que precisamos, precisamos acreditar e mostrar que é possível. Assim teremos empresas mais resilientes, alavancando a economia deste pais mesmo em um cenário sombrio pós pandemia. Será com a gestão que resolveremos isso, gerenciar o que temos em nossas empresas e em nossos municípios, e buscar alternativas que estejam dentro das possibilidades do novo normal, dando o auxílio e ajuda necessária para alavancarmos a economia com a maior brevidade possível após tudo isso passar. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Conecte-se: Digitalização dos negócios x tempos de crise

Não é de hoje que se fala em digitalização dos negócios. O assunto é recorrente e por mais que estejamos conectados, ainda há os que lutam para convencer suas cadeias sobre os benefícios e modernização do segmento, principalmente no que se refere a eficiência operacional, análise de dados e aplicação de estatísticas. Mychel Paes Barreto – administrador Segundo especialistas, em época de crise, a cultura digital se torna cada vez mais aparente e auxilia gestores e empresários – de forma prática – nas necessidades de descentralização de equipe, estratégias, otimização organizacional e geração de resultados mais assertivos. “É tempo de digitalizar as organizações para manutenção e prospecção do futuro. Essa necessidade ficou ainda evidenciada com as regras de isolamento social, onde as empresas foram obrigadas a realizar trabalho remoto e criar novos mecanismos de comunicação online. Neste novo cenário as organizações que forem mais flexíveis e ágeis sairão na frente”, disse o administrador e professor universitário, Mychel Paes Barreto. A digitalização é um processo complexo que exige especialização e engajamento dos interessados, porém torna-se imprescindível para as instituições que planejam se sustentar na era da Indústria 4.0. O que concorda a administradora e especialista em Gestão para Excelência, Silvane Mascarenhas de Almeida. Para ela, “para tornar as companhias mais inteligentes e efetivas, é necessário extrair o máximo valor das tecnologias”. “A digitalização dos negócios é um caminho sem volta, eficiente e democrático. Quanto a análise dos dados, desde os tempos antigos, a humanidade busca medir, registrar e analisar o mundo para melhor entendê-lo. É fundamental o investimento no uso de tecnologias, citamos como exemplo, o big data, que coleta, armazena e processa uma grande quantidade de dados, com o objetivo de transformá-las em informações uteis e estratégicas, para todas as áreas da empresa”. Operações eficientes São muitos os serviços oferecidos pela tecnologia digital a fim de impulsionar as oportunidades nos negócios, como as ofertas de aprimoramento das aplicações sobre grandes conjuntos de dados, Analytics e nuvem, por exemplo. A esperança em dias melhores deve sempre ser o foco de qualquer líder, mas é necessário também pensar nos momentos de crise. “A crise da pandemia do novo coronavírus veio acelerar a necessidade de investir em digitalização e outras novas tecnologias, como uma questão de sobrevivência e crescimento no cenário atual. Observamos, inclusive o surgimento de novos negócios, novas formas de relacionamento entre clientes e as organizações”, concluiu Mascarenhas. Wesley Vaz – secretário de Gestão de Informações do TCU Em entrevista a jornalista do CFA, Elisa Ventura, o secretário de Gestão de Informações para o Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Wesley Vaz, afirmou “que o país precisa de administradores que possam decidir com base em evidências e que não tenham medo de repensar seu trabalho com o uso tecnologia”. Para ele, a transformação digital não é sobre tecnologia, mas sobre mudar cultura e comportamentos. “O gestor precisa ficar mais atento para tomar decisões assertivas. Não vamos sair igual entramos e isso vai afetar a carreira em alguma medida. Precisamos estar serenos para compreender isso e seguir em frente”, finalizou. Paulo MeloAssessoria de Comunicação do CFA

Tema é constantemente discutido pelo CFA que trabalha pela profissionalização da área

Nesta quarta-feira, 10, especialistas em Administração e Saúde participaram do segundo webinar promovido pelo Conselho Federal de Administração (CFA). Com o tema Gestão Profissional da Saúde no contexto atual, o debate trouxe à discussão pontos como falta de gestão; desperdício de recursos; principais erros cometidos; financiamento da Saúde e uma análise da atuação do país frente à pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Na abertura, Gracita Barbosa, diretora da Câmara de Estudos e Projetos Estratégicos do CFA (CEPE) e coordenadora da Comissão Especial de Saúde do CFA apresentou os trabalhos da autarquia em prol da amplitude do número e qualificação dos profissionais de Administração que atuam no setor. O administrador Marcelo Iwersen, coordenador da Câmara de Gestão da Saúde do Conselho Regional de Administração do Paraná (CRA-PR) enfatizou que o problema da saúde pública no Brasil não trata-se, apenas, de falta de recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O que enfrentamos é desperdício, má gestão, fraude, corrupção como um todo e tudo aquilo que se imaginar de falhas inadmissíveis na gestão de um serviço público, com recurso público. São bilhões de reais”, afirmou. Durante o webinar, os especialistas frisaram que a falta de uma gestão profissional em todos os níveis da Saúde compromete a qualidade do serviço disponibilizado. No contexto atual da pandemia, o enorme número de perdas humanas, inclusive de profissionais da saúde, foram consideradas um erro estratégico de um país que poderia ter se preparado melhor a exemplo de outros. A coordenadora do Grupo de Excelência de Pesquisa Aplicada em Administração do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), Teresinha Covas, lembrou da importância da formação, base para uma atuação profissional de qualidade. “Eu percebi que as equipes estavam um pouco distantes. Nós aqui em São Paulo pudemos visitar algumas unidades que estavam com treinamento das equipes de apoio e deu pra perceber que o momento posterior a essa crise vai ser de muita integração e muito estudo. E isso, possivelmente, irá refletir na área acadêmica”, disse. A segurança das equipes que estão trabalhando na linha de frente de combate à doença foi trazida pela administradora hospitalar e de empresas, Fabiana Ada Rigon. Com experiência e atuação tanto na saúde pública, quanto na privada, ela trouxe cases em que apresentou a organização de trabalho para que nenhum profissional fosse contaminado. Falou também sobre o advento da telemedicina: “a gente tem algumas tendências de mercado que a gente vem observando e com certeza a tecnologia vai mudar e já mudou a forma como a gente se relaciona e trabalha’. Assista à íntegra aqui. Assessoria de Comunicação CFA

Área lida com o ativo mais importante: a vida humana

O Brasil possui mais de 320 mil estabelecimentos de saúde cadastrados no Ministério da Saúde, entre os setores público e privado, de acordo com dados disponibilizados pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Um exemplo da enorme oportunidade, mas também responsabilidade que o setor traz consigo. Exatamente pela natureza do negócio, a área requer tomadas de decisões muito rápidas e, muitas vezes, pesadas, visto que os problemas são constantes e dizem respeito a seres humanos. Por isso, é necessário que o gestor de Saúde seja preparado para as especificidades do setor. Após lançar uma série específica sobre o assunto, o Conselho Federal de Administração (CFA) volta a discutir o assunto em meio à pandemia de Covid-19. O que ainda precisa ser feito? Quais os gargalos da gestão que podem ser resolvidos? Como a gestão profissional torna a entrega de serviços mais eficaz? Os especialistas convidados responderão a essas e outras perguntas em um debate que abordará a “Gestão Profissional da Saúde no contexto atual”. São eles Fabiana Ada Rigon, CEO na R3 Consultoria Especializada em Saúde; Marcelo Iwersen, administrador, conselheiro e coordenador da Câmara de Gestão da Saúde do CRA-PR e da Comissão de Saúde da Câmara de Comércio França-Brasil, vice-coordenador da Comissão Especial de Inserção dos Profissionais da Administração na Política de Saúde do CFA; e Teresinha Covas, administradora, docente convidada dos Programas de Mestrado e Doutorado em Administração na Florida Christian University e membro do Grupo de Excelência de Administração em Saúde do CRA-SP. A abertura será realizada pela diretora da Câmara de Estudos e Projetos Estratégicos do CFA (CEPE) e coordenadora da Comissão Especial de Saúde do CFA, Gracita Barbosa. Já a moderação será da jornalista Elisa Ventura. O debate acontecerá na próxima quarta-feira, às 16h, por meio do canal oficial do CFA no Youtube, o CFAPlay, e será aberto à interação do público. Você pode participar pelas nossas redes sociais ou pelo nosso Whatsapp, por meio do número: (61) 9926-0731. Não perca! Assessoria de Comunicação CFA FacebookTwitterLinkedInWhatsAppFacebook MessengerPrintFriendly

Autogestão: Como administrar as emoções em tempos de Pandemia?

Por Lorena Gramms Administradora, Consultora e Conselheira do CRA-PR  No final de cada ano normalmente fazemos uma projeção do que queremos para o ano seguinte. Algumas pessoas fazem uma lista, outras um planejamento completo e estruturado e muitas, apenas pensam sobre o que desejam realizar. Então o ano começa, e vamos seguindo o ritmo que planejamos, porém, de uma hora para outra, tudo muda. E quando nos damos conta, parece que entramos em um filme! As notícias são alarmantes: um vírus altamente contagioso está se espalhando pelo mundo, atravessando fronteiras, contaminando e matando milhares de pessoas. O foco passa a ser os cuidados com a saúde, passamos a adotar práticas nunca antes experimentados ou imaginados: quarentena, isolamento social, álcool gel, lavar as mãos, máscaras, ritual de chegada em casa, e assim por diante! E tudo fica incerto. Ninguém sabe quando a pandemia irá acabar… nem se irá acabar. O futuro parece esvanecer-se diante de nós. Muito do que planejamos já não vale mais, até porque nossos planos dependem também do nosso trabalho e renda. É nesse momento que muitas pessoas deixam-se dominar pela angústia, ansiedade, medo, pânico e desespero. Ou então ficam paralisados, inertes, esperando o mundo voltar ao “normal”, mas imaginando e temendo que talvez o normal que conhecíamos já tenha deixado de existir. Como podemos fazer a autogestão para sairmos mais fortes e capazes desta pandemia? Em meu trabalho com gestão e desenvolvimento de pessoas nas organizações, um dos principais desafios, e condição essencial para o autodesenvolvimento, é a gestão das emoções.  Inevitavelmente situações inesperadas e difíceis acontecem com todas as pessoas, seja em suas vidas profissionais ou pessoais, e a forma como cada um enfrenta tais acontecimentos é que faz a diferença. Viktor Frankl, sobrevivente de Auschwitz e autor do livro Em Busca de Sentido, afirma que “Entre o estímulo e a resposta há um espaço. Nesse espaço está nosso poder de escolher nossa resposta. E é nela que reside o crescimento e nossa liberdade”.  Ou seja, não podemos impedir que situações indesejadas aconteçam, porém podemos escolher como iremos enfrentá-las. Nestes tempos de Pandemia, podemos optar entre ficar lamentando o acontecido e desperdiçando energia falando sobre o assunto e tentando mudar o que não está em nossas mãos, ou rapidamente reagir, replanejar aquilo que nos diz respeito e seguir em frente.  Susan David, pesquisadora e autora do livro Agilidade Emocional afirma que nossas emoções nos ajudam a nos comunicar com as outras pessoas, mas, principalmente, ajudam a nos comunicarmos com nós mesmos. Uma das chaves para a agilidade emocional é a ideia de que as emoções mandam mensagens importantes que temos que decifrar para escolher as melhores respostas emocionais. E quanto mais rápido fizermos tais escolhas, menor será o impacto negativo causado pelos imprevistos. Então, temos que aprender a refletir e reconhecer o que estamos sentindo, identificar e dar nome às emoções, não se deixar influenciar por pessoas negativas e destrutivas, ver os fatos com objetividade e focar no que é importante neste momento. É hora de realinhar os planos e ocupar-se com eles, encurtar os prazos, buscar soluções, aprender todos os dias, inovar e viver um dia de cada vez. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Feliz Dia da Logística (6 de junho)

Neste dia 6 de junho comemoramos mais uma vez a data especial para os profissionais que garantem que produtos estejam disponíveis e serviços sejam executados no momento certo, no local adequado, ao preço justo. Sim, falamos dos profissionais da logística, pois o 6 de junho é a data quando comemoramos o dia da logística.

Saiba quais são as diferenças entre o bacharelado e o curso de tecnologia

Administradores são profissionais com múltiplas competências. Já o tecnólogo vai atuar em determinada área da Administração. Saiba quais são as principais diferenças antes de fazer a sua escolha Escolher uma profissão não é uma tarefa fácil. Antes de ingressar em uma faculdade, boa parte dos estudantes encara essa pergunta: qual caminho seguir? Quando a carreira oferece diferentes tipos de graduação, então, a lista de questionamentos aumenta. Afinal, é melhor por um curso superior bacharelado ou um  tecnólogo? Eles são a mesma coisa? Qual a diferença entre eles? Essas são questões que permeiam a vida de muitos estudantes que optaram por fazer carreira na área de Administração. Foi o caso de Rafael dos Santos Dutra. Ainda no ensino médio, ele não demonstrava paixão por nenhuma disciplina. Contudo, ele começou a prestar atenção no seu comportamento como consumidor e também ficou atento a suas caraterísticas pessoais. “Após isso, despertou em mim a curiosidade em compreender como os consumidores eram atraídos a obter um produto”, disse. Rafael cursa Administração na UnB. Por isso, ele optou pelo curso de bacharelado em Administração e hoje está no sétimo período. Estudante da Universidade de Brasília (UnB), Rafael diz que “entrou no curso para conhecer melhor o mercado e pela possível autonomia que a Administração pode gerar”. Já a jovem Thaís Costa escolheu o curso pensando em fazer carreira na área pública. Por isso, ela se debruçou em muitas pesquisas sobre qual o melhor caminho a seguir. “Comecei pesquisando cursos com os quais me identificava e vi dentro da Gestão Pública a oportunidade de olhar e entender a relação entre a Administração Pública e o cidadão”, afirma, destacando que a mãe, que é chefe de família, é a sua maior inspiração. Thaís está no quinto semestre do curso de Tecnologia em Gestão Pública no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB). Mas antes de fazer a sua inscrição no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do Ministério da Educação, ela também analisou o projeto pedagógico do curso e soube que teria que estudar matérias como economia, contabilidade, ciência política, gestão social, políticas públicas e teria que entender a relação entre elas dentro de uma profissão. Thaís é aluna do curso superior de Tecnologia em Gestão Pública do IFB. “Confesso que pude compreender melhor o curso no dia a dia. Vi que o Gestor Público faz parte do time dos agentes transformadores da sociedade. Dentro dos estudos, o que mais gosto e me identifico é na área de entender a necessidade de políticas públicas para o Brasil, desde a sua formulação até a implementação e monitoramento”, analisa a futura Gestora Pública. Para o futuro, ela espera ter capacidade de formular políticas públicas que fomentem o combate às desigualdades sociais e que levam o direito à cidadania aos brasileiros. “Após a minha formação, seguirei meu ramo de estudo nesta linha para obter as devidas especializações para no futuro, e assumir um cargo com essa força”, planeja. Profissões parceiras O presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Mauro Kreuz, afirma que os estudantes de Administração não precisam temer perder espaço para os tecnólogos. Segundo ele, a explicação é simples: são graduações distintas e que capacitam profissionais para atuações diferenciadas. “O bacharel em Administração é o único que poderá ter o registro como administrador e, como tal, de acordo com a Lei n.º 4.769, poderá responder por todas as áreas de uma empresa. Portanto, a atuação dele é absolutamente generalista e eclética”, ressalta. O presidente reforça, ainda, que o administrador egresso dos cursos de bacharelado é um profissional de múltiplas competências e terá uma atuação ampla, geral e irrestrita em todas as áreas da administração. Ele pode, inclusive, responder como responsável técnico por todas essas áreas. Para saber quais são as atividades privativas do administrador, clique aqui. Presidente do CFA, Mauro Kreuz: “A Administração é uma profissão de múltiplas competências.”. Já com os tecnólogos, é diferente. “Eles têm papel fundamental. No entanto, a atuação profissional deles fica restrita aquela área de atuação como finanças, vendas, marketing, produção, RH, entre outros. Eles somente poderão atuar na área para a qual foram capacitados”, explica. O Sistema CFA/CRAs registra os diplomados em Cursos Superiores de Tecnologia conexos à ciência da Administração desde 2010. Atualmente, são registrados tecnólogos de 28 cursos de nove eixos. Entre eles estão cursos como Gestão Pública, Gestão Financeira, Gestão de Segurança Privada, Gestão da Produção Industrial, Gestão Hospitalar, entre outros. A lista completa está disponível na Resolução Normativa CFA n.º 505 de 2017. Para acessar, clique aqui. Para saber mais As diferenças entre os cursos não param por aí. O bacharelado em  Administração dura de quatro a cinco anos. Já os cursos superiores de Tecnologia são mais curtos: em dois anos o aluno está formado. Ambos precisam ter o registro profissional em CRA para exercer, legalmente, a profissão. A carteira profissional do Administrador é azul; a do Tecnólogo é verde. Mais informações no site do CFA: www.cfa.org.br. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

People Analytics: tendência que está transformando a gestão de RH

CFA promoveu live para discutir um dos temas que mais tem influenciado a área de recursos humanos das organizações Na semana em que foi celebrado o Dia do Administrador de Pessoal, o Conselho Federal de Administração (CFA) trouxe o docente no Programa de Pós Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará, Thiago Dias Costa. Ele participou de uma live, na manhã desta quinta-feira, para falar de uma dos temais mais atuais da área de recursos humanos: “People Analytics no setor público brasileiro: sonho distante ou realidade?”. Mas, afinal, o que é People Analytics? Traduzindo ao pé da letra, o termo significa “análise de pessoas”. Para que ele serve? “Ele segmenta dados para verificar padrões comportamentais que possam explicar várias questões”, responde o professor. Como exemplo, ele citou casos hipotéticos. Um deles foi sobre um hospital que, ao cruzar informações a respeito da taxa de evasão da ala pediátrica, verificou que ela era muito alta entre os enfermeiros no primeiro ano. Isso gerava um grande trabalho, pois havia todo um treinamento, mas logo esse profissional saía da unidade. “Cruzando os dados de taxa de rotatividade, taxa de abandono daquele setor, junto com outros dados como gênero, idade, tempo de formação, a gente descobre, por meio do People Analytics, que as pessoas saíam porque há uma rixa interna muito grande entre os enfermeiros”, explicou. Com essas informações, os gestores poderão realocar esses profissionais para setores que tenham mais afinidade e segurança. “É preciso parar de tomar decisão com base em achismo, mas sim com base em evidências”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de as organizações aderirem ao People Analytics, ele foi categórico: “A questão não é mais o ‘se’; e sim o ‘quando’”. No setor público, não é diferente. Thiago comentou que muitos órgãos não sabem, mas que já fazem essa coleta de dados ainda de forma incipiente. A Receita Federal, por exemplo, mapeou as competências e o perfil de cada servidor, dentro de cada localidade. “Se um deles não está mais entregando a contento, não é por falta de dados, mas sim de gestão. É só cruzar esses dados para compreender a situação e mudá-la”, afirmou. Por meio do People Analytics, é possível, ainda, identificar o grau de absenteísmo no trabalho, principalmente ligados à saúde mental dos colaboradores. “Se o suporte cai, o absenteísmo aumenta”, disse. O suporte estava bom, mas cai e ao mesmo tempo o absenteísmo aumenta. “Sem dados, ficamos à deriva. Esse é o futuro de toda organização. A época do achismo já morreu”, falou. A live está disponível, na íntegra, no IGTV do CFA em: www.instagram.com/cfaadm. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Precisamos combater o racismo

George Floyd era um afro-americano de 46 anos que buscava mudar de vida. Saiu da sua cidade natal –  Houston, no Texas – em busca de emprego. Foi morar em Minnesota e chegou a trabalhar como segurança de um restaurante na cidade de Minneapolis. Mas, por causa da crise causada pela Covid-19, Floyd ficou desempregado. Infelizmente, dias depois de perder o emprego, ele também perderia a vida por causa do racismo. Ele foi duramente abordado por policiais, pois era suspeito de tentar usar uma nota falsa de U$$ 20,00. Mesmo após algemá-lo e imobilizá-lo de bruços no chão, o policial Derek Chauvin ajoelhou sob pescoço de Floyd. Insistentemente ele pedia “por favor, não consigo respirar”. Aos poucos ele fica completamente imóvel e, ainda, sim, o policial manteve-se ajoelhado por mais quatro minutos em cima dele. O final, o mundo inteiro já sabe: George Floyd morreu por asfixia. Também conhecido como “o bom gigante”, Floyd deixa uma filha de 6 anos. Em manifestação, nos ombros do melhor amigo do pai, ela disse sorrindo: “Papai mudou o mundo!”. O assassinato de George Floyd foi algo terrível e perturbador. Impossível não ficar consternado com os vídeos da abordagem policial que, rapidamente, viralizaram na internet. Floyd era um homem comum, não hesitou com a abordagem policial, não resistiu. Ainda sim, foi morto brutalmente e teve seu pedido de socorro negado por várias vezes. Ele foi assassinado simplesmente por causa da cor da sua pele. Sim, em pleno século XXI ainda precisamos falar sobre racismo. Até quando pessoas negras terão seus direitos violados por causa da cor? Não é preciso ser negro para ficar indignado com essa situação: basta ser humano! O caso de Floyd foi a gota que faltava e fez reacender a história de violência contra negros. As manifestações de repúdio à morte do “bom gigante” são absolutamente legítimas e servem para nos lembrar que devemos repudiar qualquer tipo de discriminação. Por isso, o Conselho Federal de Administração (CFA), em nome de todo o Sistema CFA/CRAs, reforça, mais uma vez, o seu total repúdio ao racismo e a discriminação. No CFA, as vidas negras – e de todas as outras cores – importam! Nossa tolerância é ZERO para este tipo de absurdo e nos solidarizamos com a população negra, no Brasil e no mundo, que, infelizmente, ainda precisa enfrentar o mal do racismo. Ao racismo, dizemos basta! Adm. Mauro Kreuz Presidente do Conselho Federal de Administração

Hoje é o Dia do Profissional de RH!

Gerenciamento de pessoas, administração de pessoal ou gestão de talentos. Estas são algumas das denominações dadas aos profissionais de Recursos Humanos, que têm como função alinhar e conscientizar os funcionários em torno dos objetivos da empresa e, ao mesmo tempo, deixá-los motivados e qualificados para encarar os desafios do mercado e de suas próprias carreiras. Hoje é o Dia do Profissional de RH, mas você sabe por quê? No dia 3 de junho de 1976 foi fundada a WFPMA (World Federation of People Management Associations), data que foi absorvida por todas as federações internacionais como o dia em homenagem ao profissional de Recursos Humanos. No Brasil, a data foi concretizada pelo então fundador da extinta Associação Paulista de Administração de Pessoal – hoje ABRH-SP –, Genézio Lucone. No meio corporativo brasileiro, a área de RH começou com uma função muito operacional, pois lidava exclusivamente com departamento pessoal, recrutamento e seleção e remuneração. Mas, ao longo dos anos, foi evoluindo para um setor muito mais estratégico aos negócios das organizações. “O profissional de RH tem um valor importantíssimo, pois sem ele a empresa perde as rédeas da gestão de pessoas, enfraquecendo a motivação e engajamento do capital humano”, explica Elaine Saad, vice-presidente da ABRH Nacional. Ser um atuante em RH é, acima de tudo, gostar de gente. Parabéns a todos os profissionais de Recursos Humanos!

Home office e o futuro do trabalho pós-pandemia

Trabalho remoto já existia, mas a experiência forçada pela Covid-19 e o isolamento social agradou profissionais de vários segmentos. No Brasil, a modalidade elevou a economicidade e a produtividade no setor público O Brasil já está há mais de 70 dias em quarentena. Alguns estados começaram a flexibilizar o isolamento, outros foram mais rígidos e apostaram no lockdown para frear a disseminação do novo coronavírus. Diante da indefinição do fim das restrições, tanto aqui quanto em boa parte do mundo, muitas empresas decidiram manter o home office por tempo indeterminado. Grandes organizações como o Google e o Facebook, por exemplo, já anunciaram que ficarão em teletrabalho até o fim do ano. Recentemente, a Fundação Dom Cabral (FDC) e a consultoria e auditoria Grant Thornton ouviram 705 profissionais de 18 estados brasileiros e constataram que 54% deles querem continuar em home office após a pandemia. O estudo mostrou, ainda, que quase 40% perceberam que a produtividade em casa é semelhante àquela do trabalho presencial. A empresa de telecomunicações OI também fez um levantamento entre seus colaboradores. Dos 11 mil funcionários, 10.400 responderam à pesquisa. Destes, 78% querem continuar em trabalho remoto após o fim da pandemia. Um outro estudo feito pela ISE Business School revelou que 80% dos gestores gostaram do home office. A pesquisa mostrou, ainda, que 60% dos entrevistados sentiram que o teletrabalho ajudou a melhorar a eficiência e a produtividade. Além disso, a nova forma de trabalhar ajudou a desenvolver competências como flexibilidade, resiliência e autodisciplina. No setor público, o governo federal deu início a uma pesquisa com o servidores para avaliar como tem sido o trabalho remoto durante a pandemia. O estudo está sendo feito pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia (SGP/ME). A pesquisa no setor público faz parte de um estudo conduzido mundialmente pelo Center for Advanced Hindsight (CAH) da Duke University, em conjunto com a Harvard Business School e a Kayma, e é liderada por Dan Ariely, um dos principais especialistas em economia comportamental do mundo e autor de três best-sellers do New York Times. Por meio do levantamento, o governo federal terá informações que poderão ajudar nas futuras políticas de trabalho remoto. Pioneirismo na Administração Pública Federal Pouca gente sabe, mas o home office não é novidade no setor público. Muito antes da pandemia, alguns órgãos já tinham políticas de teletrabalho. É o caso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Em 2015, o Tribunal implantou o projeto-piloto do home office. Na época, a iniciativa teve a  adesão de 75 servidores e durou 18 meses. Os resultados foram tão surpreendentes que, em março de 2017, a implantação definitiva do teletrabalho foi aprovada pelo Tribunal Pleno do TJDFT. Além da economia, a supervisora do Serviço de Autuação de Processos Oriundos da 1ª instância do TJDFT, Mônica Esmeraldo de Lucena Oliveira, explica os benefícios que o teletrabalho trouxe para o Tribunal. “O servidor trabalha mais satisfeito, pois suas prioridades são atendidas, ficando a seu critério o horário de trabalho”, disse Mônica, destacando que o trabalho remoto também aumentou a produtividade. Na Controladoria Geral da União (CGU), o teletrabalho faz parte do Programa de Gestão de Demandas (PGD), implementado em 2015. A iniciativa foi premiada no Concurso Inovação da Enap, em 2019, não só por aumentar a produtividade e promover economia de mais de R$ 8 milhões, mas também porque trouxe mais qualidade de vida aos servidores, motivação, entre outros. Teletrabalho premiado O teletrabalho mudou a vida do analista judiciário do TJAM, Luis Lima. O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) também aderiu ao home office muito antes da pandemia. A modalidade foi autorizada pelo Conselho Nacional de Justiça em 2016 e, no ano seguinte, o Tribunal amazonense lançou o “Programa de Teletrabalho”. Atualmente, já são 100 servidores inseridos na iniciativa. Em 2019, a média de produtividade ficou 170% acima do esperado quando comparada ao desempenho das equipes presenciais. Os altos índices alcançados renderam reconhecimentos importantes. Um deles foi o prêmio de melhores práticas em gestão de pessoas do Poder Judiciário brasileiro, na categoria “Planejamento em Gestão de Pessoas”, concedido pelo CNJ. O “Programa de Teletrabalho” amazonense também foi reconhecido pelo “Prêmio Guerreiro Ramos de Inovação Pública”. A iniciativa do TJAM ficou em segundo lugar na premiação concedida pelo Conselho Federal de Administração (CFA). O analista judiciário do TJAM, Luis Henrique de Sousa Lima, aderiu ao programa de teletrabalho em 2018. Ele comenta que o trabalho em casa mudou a sua vida. Por conta de uma condição degenerativa na coluna, Luis tinha muitas crises que o afastava com frequência do trabalho. “Isso não estava sendo bom, nem para mim nem para o Tribunal porque eu sentia que poderia render muito mais”, conta o analista. Em teletrabalho, Luis explica que não precisa ficar tanto tempo sentado. A cada uma a duas horas de trabalho, ele faz pausas para deitar alguns minutos. “Só essa medida simples, que fica fácil de fazer trabalhando em casa, já me fez tomar menos remédios e tive pouquíssimas crises. A maior vantagem é que consigo render muito mais”, comenta. Com relação a produtividade, o analista diz que seu trabalho vai muito além das seis horas. “Mas, ao final do dia, a sensação que eu tenho, é de que eu trabalhei muito menos. Para mim, tem sido muito vantajoso”, afirma. Bases legais Priscila é auditora da CGU Para implementar o PGD, a auditora federal de Finanças e Controle da CGU e gerente do Escritório de Projetos, Priscila Escórcio de França Diniz, explica que não foi preciso fazer nenhuma alteração na Lei n.º 8.112, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos. “Ela não fala sobre modalidade de trabalho. O que fala sobre modalidade de trabalho para efeitos de administração pública federal, autárquica e fundacional, é o Decreto n.º 1.590 de 1995, que permite a instituição, por meio de um ministro de Estado, de um programa de gestão orientada a resultados, que é de onde sai um pouco do conceito de teletrabalho para servidores públicos”, explica. Quando o servidor

Conheça os prós e contras da carreira nesses dois setores

Para fazer uma escolha assertiva, profissional precisa avaliar os lados positivos e negativos de cada um Uma das maiores dúvidas dos estudantes de graduação com relação a carreira é: trabalhar na área pública ou privada? Perdidos entre esses dois caminhos, muitos fazem uma escolha sem pensar nas consequências. Mas, afinal, como tomar uma decisão mais assertiva nessa situação? Segundo o administrador Antônio Yared Lima, esses são dois mundos completamente diferentes. “A decisão depende muito do perfil do profissional, do ambiente onde ele vive e as relações familiares, por exemplo se a família já tem empresas. Esse fato terá grande influência na decisão”, explica. Adm. Antônio Yared Lima Antônio conta que veio de uma família empreendedora e, logo após finalizar a graduação em Administração, sonhava em atuar em uma grande empresa e aplicar todos os conhecimentos adquiridos no curso. Fazer carreira no serviço público não estava nos planos do administrador. De acordo com ele, na década de 1990 o setor sofria com escândalos de corrupção, hiperinflação, impeachment, entre outros. Contudo, com a falta de oportunidades na iniciativa privada, ele decidiu dar uma chance a carreira pública e fez um concurso. Hoje, Antônio é analista em Planejamento e Orçamento do Governo do Amapá. “Desde então, sempre me dediquei, procurei inovar e implantar as ferramentas e técnicas da Administração”, afirma. Rafael Rocha fez o caminho contrário. Começou a carreira como empregado público, mas o emprego estável em um banco não lhe trazia satisfação pessoal. Decidiu, então, sair para se dedicar ao seu sonho de propagar e difundir a mentalidade empreendedora no Brasil. Ele criou um programa que ajuda outros empreendedores a aumentar o alcance dos negócios por meio do marketing de conteúdo. Rafael Rocha largou o serviço público e foi empreender. Atualmente, Rafael é infoprodutor e mentor de empreendedores. Ele acredita que o empreendedorismo é a chave para uma vida completa e extraordinária. “O ser humano é co-criador da natureza. Fora do empreendedorismo não passamos de animais domesticados”, afirma. Prós e contras Antônio diz que a grande vantagem do serviço público é a remuneração salarial, que é maior em torno de 30%. Outra vantagem, segundo ele, é a estabilidade no emprego uma vez que, no Brasil, as avaliações de desempenho não possuem o mesmo rigor para o desligamento quanto no setor privado. “Por outro lado, a desvantagem da área pública é que não há a possibilidade de ganhos extras como bônus por produtividade, bônus por alcance de metas individuais e coletivas, participação nos lucros e outros benefícios que o setor privado concede”, comenta. O administrador diz, ainda, que a iniciativa privada, além dos benefícios de reconhecimento e recompensa por meritocracia, o setor “possibilita ao profissional mais liberdade de atuação e aplicação da sua criatividade devido ao alto grau de competitividade nos ambientes interno e externo, ou seja, o mercado”, explica. Por onde começar? Tanto no serviço público quanto no privado, o profissional precisa estar ciente de que enfrentará muitos desafios. Os avanços tecnológicos, as mudanças sociais, a Revolução 4.0 e a rapidez das transformações mundiais tornam o ambiente de trabalho mais vulnerável, incerto, complexo e ambíguo. “Se desejar ingressar no setor público, inevitavelmente, esse profissional deve se preparar/estar preparado para prestar um concurso público, já que a lei restringe o ingresso sem a devida seleção legal”, ensina Antônio. Mas se o foco é a área privada, o caminho a ser trilhado é outro. De acordo com o administrador, a rotina também exige estudo e atualização constante. “Para ter destaque, é necessário conhecer o máximo sobre sua área de atuação, bem como a organização em que atua. Dessa maneira, é possível ampliar a visão de mundo, melhorar sua comunicação, além de dominar as qualificações da profissão. O conhecimento é o maior diferencial competitivo na era da informação. De 120%, saiba escutar, organize-se e tenha uma postura positiva”, diz o diretor do Conselho Regional de Administração do Amapá (CRA-AP). Antônio continua com um pé na área privada. O administrador é especialista em gestão empresarial, empresário e consultor de empresas. Com experiência nos dois setores, ele avalia: “Sem dúvida, o setor privado é bem mais desafiador devido à dinâmica do mercado, a competitividade entre as pessoas e o acirramento da disputa entre as empresas. No setor privado, é necessário muito mais esforço para alcançar as metas e as cobranças são maiores”, finaliza. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

SUSTENTABILIDADE, ÉTICA E LUCRO PÓS-PANDEMIA

SUSTENTABILIDADE, ÉTICA E LUCRO PÓS-PANDEMIA Uma análise sobre os conceitos de Sustentabilidade, Ética e Lucro, no sentido prático, é pertinente em tempos complexos, com o objetivo de propor a reflexão na evolução dos atos, de forma permanente, a fim de contribuir com as gerações futuras, para que possamos entender a mudança nos hábitos que a pandemia promoveu na população. Ao questionar e repensar o caminho que se pretende seguir daqui para frente, levando em consideração que o isolamento social esgotou o tempo essencial de cada um que pode variar entre 20 e 25 dias, e propõe nos levar a mudar efetivamente, rumo a uma prática sustentável e ética, ao valorizar coisas pequenas e corriqueiras do dia a dia. A reflexão das necessidades em detrimento do essencial ou do impulso, ao acúmulo de itens sem necessidade, ao qual a humanidade vem exposta ao longo dos últimos anos, ao que destrói o ambiente físico do que destrói o ambiente social, o olhar tornou- se questionador. Teremos, a partir de agora, três modelos, de grupos sociais, retornando ao mercado consumidor: O primeiro grupo será constituído daqueles que tentarão continuar com a vida de antes, porém com barreiras pessoais e gerais que objetivem conter o impulso. O segundo grupo estará voltado para o consumo sustentável e ético e para ações que tenham propósitos sociais, econômicos, ambientais e espaciais. O terceiro grupo, constituído das duas categorias acima, tentará desenfreadamente recuperar o tempo perdido, mas será tomado por ações reflexivas e conscientes. As mudanças acima relatadas impactarão surpreendentemente algumas empresas, baseadas em pesquisas que demonstram claramente a busca por ações conscientes, que nos levam a pensar sobre a combinação ideal: sustentabilidade x ética x lucro. Algo que não é uma tarefa fácil, mas é parte do novo processo de transformação empresarial. Ao conjunto de modelos morais, que norteiam e alicerçam o comportamento da humanidade, no mundo dos negócios e na sociedade, nomeamos de Ética. Hoje, trava- se um desafio avassalador, diante dos diversos paradigmas destruídos pela pandemia, movidos por interesses particulares e critérios específicos. A prática da Ética, ao deixar o lado filosófico e partir para o lado prático, é o exercício de um conceito da conduta diária, relacionada ao comportamento, entender que Ética deve abranger pactos para consigo e os demais, além de compromissos a serem cumpridos por todos, dentro do contexto permanente para que ações perdurem no tempo e beneficiem gerações atuais e futuras, vem de encontro com o conceito de Sustentabilidade. A necessidade não só da sabedoria dos livros, mas da reflexão, resultante das escolhas e decisões diante de riscos e impactos associados, podem vir a assegurar a sobrevivência da humanidade já que a Ética Empresarial assegura a sobrevivência da Empresa. A Ética Social assegura a sobrevivência da sociedade, e a unificação de ambas, numa relação sistêmica, poderá revigorar o bem comum. Segundo Heinberg (2007, p. 1), o entendimento do termo sustentável é simples: “aquilo que pode ser mantido ao longo do tempo”, em consonância com Ética, pode- se afirmar que ações contrárias, não podem ser mantidas ao longo do tempo, o que pode resultar possivelmente é gerar uma sociedade sem parâmetros, norteada pelo caos, o que a deixará doente, sem possibilidade de funcionar. Se olharmos para o conceito de Heinberg a Sustentabilidade é a chave de como a Sociedade irá suprir sua necessidade de preservação, para com os valores que possam abranger uma cadeia de sucesso em benefício da sociedade e do meio vivido. A Pandemia mudou a vida das pessoas, físicas e jurídicas, de uma forma tão rápida quanto o inesperado vírus que se propagou pelo planeta, pensar de maneira individual é competir uns com os outros. Nos dias de hoje o modelo é o coletivo, ou seja, cooperação, portanto a mudança cultural no modo das empresas agirem com doações, preservação das vagas de trabalho, novas propostas de atuação no âmbito de pensar no próximo vão aumentando cada vez mais na criação de um novo modelo de sociedade que provavelmente irá emergir após a pandemia. Converter um modelo de negócio sustentável, ético e lucrativo já era complexo, nos dias atuais será ainda mais, um grande esforço sob todos os âmbitos será necessário. As empresas estão atentas às novas tendências, necessidades e interesses dos consumidores. O processo está acontecendo gradativamente por todos os lados e o desejo consciente ainda corre grande risco do julgamento das mídias sociais que atuam como um tribunal de exceção, onde não existe o contraditório, a defesa e muito menos o ético, que passa distante daqueles que se julgam com intelecto possível de opinião final e certa. Portanto, é preciso estarmos conscientes que podemos nos reinventar a partir da Pandemia, ao trazer parâmetros que contribuirão para gerações e empresas futuras engajadas de forma consciente e transparente, pretende- se assim demonstrar liderança que criem valores, solidificando a vantagem de negócio sustentável, ético e lucrativo. * as opiniões relatadas no artigo são exclusivas do autor (a) “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

CFA dá início a campanha de atualização cadastral

Profissionais precisam procurar o CRA para atualizar seus dados e, assim, estarem aptos para participar das Eleições do Sistema CFA/CRAs deste ano Em outubro, o Conselho Federal de Administração (CFA) realizará as eleições do Sistema CFA/CRAs. O pleito de 2020 renovará 1/3 dos conselheiros federais e regionais. Para que possam votar, os profissionais de administração registrados precisam atualizar seus dados cadastrais junto ao Conselho Regional de Administração (CRA) da sua jurisdição. Segundo o conselheiro federal e coordenador da Comissão do Processo Eleitoral do CFA, Hércules Falcão, essa etapa é muito importante, pois é por meio dela que o CRA formará o Colégio Eleitoral. “Estarão aptos a votar apenas aqueles profissionais de administração que estiverem em dia com suas obrigações junto ao Regional. Por isso, é necessário manter os dados atualizados”, afirma. Para atualizar os dados, o profissional de administração precisa procurar o seu CRA onde possui o registro principal. “Ele tem até 14 de agosto para fazer essa atualização”, diz Hércules. Em live realizada pelo CFA, o coordenador ressaltou a importância de participar do processo eleitoral do Sistema CFA/CRAs. “O voto, além de ser um dever do profissional da Administração é principalmente um direito democrático de escolher quem vai conduzir o seu Conselho pelos próximos anos. Por meio do voto, o profissional concretiza o exercício da soberania popular”, explica. Todos os profissionais registrados e em dia com o CRA podem votar. Para ser candidato, é preciso ser administrador ou tecnólogo com dois anos, no mínimo, de registro profissional em CRA. Clique aqui e tenha acesso a lista de endereço e telefones dos 27 Conselhos Regionais de Administração. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Covid-19 acelerou transformação digital do governo

Para Wesley Vaz, o país precisa de administradores que possam decidir com base em evidências e que não tenham medo de repensar seu trabalho com o uso tecnologia Como será a gestão pública pós-pandemia? Como os governos têm se preparado para esse momento? Essas e outras questões foram respondidas na live que o Conselho Federal de Administração (CFA) realizou no fim da tarde desta terça-feira, 26. Na ocasião, a jornalista Elisa Ventura conversou coma o secretário de Gestão de Informações para o Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Wesley Vaz. Já no início do bate-papo, Wesley comentou que a crise da Covid-19 colocou todos no mesmo barco. “É a primeira vez, em muito tempo, que os governos têm um problema único que é combater essa doença”, disse. Mas ele lembrou, contudo, que muitos projetos engavetados há anos acabaram sendo executado. “As coisas estão acontecendo. Tudo é acessório quando se tem um problema dessa gravidade para resolver”, afirmou. A digitalização do governo não começou por causa do coronavírus, mas o especialista diz que ele acelerou muitas ações das estratégias previstas para serem desenvolvidas ao longo de dois anos. Como exemplo, ele citou o aplicativo que a Caixa Econômica Federal criou para receber os pedidos do auxílio emergencial e facilitar a vida das pessoas que dependerão do recurso durante a pandemia. Apesar disso, o país precisa, segundo Wesley, enfrentar a dificuldade da inclusão digital de muitos brasileiros. “Isso vai dificultar o acessos dessas pessoas aos serviços digitais que o governo quer oferecer”, alertou, ressaltando que os governos “não estão preparados para a digitalização” e que é necessário “reconhecer que a tecnologia é uma aceleradora de soluções”. “Precisamos de administradores que possam decidir com base em evidências, que não tenham medo de repensar seu trabalho com o uso tecnologia”, falou Wesley. Além disso, ele comentou que a transformação digital não é sobre tecnologia, mas é “sobre mudar cultura e comportamentos”. “O gestor precisa ficar mais atento para tomar decisões assertivas”, destacou. Nesse caso, não há uma corrida para compras de tecnologias. “O que estamos fazendo é nos exercitar em como tratar um problema que a gente não estava preparado para resolver e isso só é possível com profissionalismo”, ressaltou Wesley. Dicas infalíveis Para quem quer sair na frente, Wesley recomenda três caminhos: alfabetização de dados, liderança servidora e buscar ser especialista nos problemas que quer resolver. No primeiro caso, o gestor precisa ter a capacidade de ler, entender, criar e comunicar dados como informação, usando-os para tomar as melhores decisões. Já o líder servidor é aquele que vai fazer a equipe crescer com propósito e olhar para cada colaborador de forma individualizada, valorizando as ideias, as contribuições dos colegas para estabelecer uma cultura de confiança e respeito. E, para resolver um problema, Wesley diz: “Quanto mais a gente se aprofunda no problema, maior é a chance de achar a solução”. “Os gestores têm que se assumir resolvedores de problemas. O gestor é tomador de decisão. Não pode decidir por decidir. É preciso ter atitudes com base em dados”, ensinou. Por fim, o entrevistado falou que a pandemia trouxe a oportunidade para revisitar o que é importante, seja na vida pessoal ou profissional. “Não vamos sair igual entramos e isso vai afetar a carreira em alguma medida. Precisamos estar serenos para compreender isso e seguir em frente”, finalizou. Perdeu a live? Ela está disponível no IGTV do CFA no Instagram: www.instagram.com/cfaadm/. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Não ao PL 1263/2020!

Projeto enfraquece a proteção da sociedade em meio a pandemia O Brasil e o mundo lutam contra o tempo para combater um inimigo invisível, porém letal e contagioso. Além de ceifar vidas, o coronavírus trouxe muitos prejuízos econômicos sem precedentes na história. Contudo, se não bastasse a guerra para eliminar a Covid-19, os conselhos das profissões regulamentadas do nosso país precisam enfrentar ameaças gravíssimas que colocam em risco toda a sociedade. Em plena pandemia, os conselhos profissionais sofreram um novo ataque: o Projeto de Lei n.º 1.263/2020, de autoria do deputado federal Júnior Mano (PL-CE). A proposta do parlamentar é acabar com a anuidade neste ano e, em 2021, reduzir o pagamento da contribuição em 50%. De acordo com a justificativa do deputado, a medida visa beneficiar os profissionais que foram prejudicados economicamente com a pandemia. Ora, mas tão logo o Brasil entrou em quarentena, todos os conselhos profissionais, sensíveis à situação que a Covid-19 trouxe para o Brasil e o mundo, adotaram medidas que visam acolher aqueles que estão em dificuldade nesse momento delicado da história mundial. O CFA, assim como os demais conselhos, prorrogaram o prazo para o pagamento das suas anuidades 2020 adequando-as às realidades pandêmicas. Além disso, o CFA criou uma campanha que visa oferecer consultoria gratuita para micro e pequenos negócios. Essa rede solidária já conta com mais de 350 administradores registrados engajados para ajudar empreendedores que estão em dificuldade por conta da crise causada pelo coronavírus. Por mais que o parlamentar tenha criado o PL com boas intenções, a proposta é um insulto aos conselhos profissionais. Ao defender o fim da anuidade 2020, o deputado prejudica diretamente o trabalho dessas autarquias. Afinal, sem recursos para realizar a fiscalização, quem vai proteger a sociedade dos maus profissionais? Os conselhos profissionais precisam da anuidade para garantir, por exemplo, que um profissional da saúde – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros – esteja habilitado para realizar determinado trabalho. Imagina, em plena pandemia, profissionais sem qualificação atuando e colocando em risco a vida de milhões de pessoas! Pensem, ainda, nas obras sem responsável técnico habilitado ou nas milhões de empresas que possam vir à falência pela ingerência de um profissional sem o registro. Casos não faltam! Para se ter ideia, o Brasil tem 31 conselhos profissionais, todos criados por Lei para proteger a sociedade dos maus profissionais. Imagina, então, o tamanho do perigo que o PL do deputado Júnior Mano traz para o país. É por isso que, como coordenador do “Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas” e presidente do CFA, venho manifestar total repúdio a este projeto. Ratifico, ainda, o nosso compromisso com os profissionais que estão sofrendo com a crise. Entre as medidas de enfrentamento ao coronavírus estão ações que visam acolher a todos nesse momento de dificuldade. O PL entrará na pauta de líderes na próxima terça-feira, 26. Estamos mobilizando lideranças de bancada e parlamentares para evitar que essa tragédia tenha concretude parlamentar. Os conselhos profissionais não podem parar. É tempo de empatia! Estamos todos no mesmo barco, em uma tempestade sem data para acabar e com um futuro cheio de incertezas a nossa espera. E, nunca é demais lembrar: essa é uma crise global e, para sobrevivermos a ela, ninguém pode soltar a mão de ninguém. Adm. Mauro Kreuz Presidente do Conselho Federal de Administração (CFA) Coordenador do Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas (Conselhão)

Falta de saneamento piora o combate ao coronavírus

Capitais sem rede de água e esgoto lideram ranking de mortes por Covid-19 Mesmo com isolamento e distanciamento social e lockdown, algumas capitais brasileiras enfrentam uma barreira no combate ao coronavírus: a falta de saneamento básico. Estudo realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia revelou que a mortalidade por Covid-19 é maior naquelas capitais onde a coleta de esgoto e o tratamento e abastecimento de água são precarizados. Fonte: G1 De acordo com dados preliminares, Belém, Manaus e Fortaleza são as capitais com maior  número de mortes por falta de saneamento básico. Para se ter ideia da gravidade do problema, essas três cidades têm menos de 40% do esgoto tratados. O estudo reuniu dados do Ministério da Saúde, do Instituto Trata Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a diretora de Estudos e Projetos Estratégicos do Conselho Federal de Administração (CFA), Gracita Barbosa, quando o governo investe em saneamento, ele economiza na saúde. Ela lembra, ainda, que a falta de coleta de esgoto também favorece a proliferação de outras doenças como dengue, zika e chikungunya. “Fica complicado as pessoas seguirem as orientações de higiene para conter a transmissão do coronavírus quando elas não têm água tratada em suas torneiras”,explica. Para superar esse antigo problema brasileiro, a diretora do CFA fala que é preciso investir em gestão profissional. “O país estagnou nessa área e, enquanto não criar políticas públicas sérias para resolver essa questão, o Brasil não alcançará as metas previstas no Plano Nacional de Saneamento Básico”, alerta Gracita. Retrato das capitais mais afetadas Segundo dados do Sistema CFA de Governança, Planejamento e Gestão Estratégica de Serviços Municipais de Água e Esgotos, o CFA-Gesae, o índice de tratamento de esgoto em Belém é de 9,05% e apenas 13,56% da população tem acesso a esse serviço. Na capital do Pará, os casos de  Covid-19 estão em alta. Para se ter ideia, até as 13h do último dia 23 de maio, a Secretaria Estadual de Saúde do Pará confirmava 23.622 diagnósticos da doença causada pelo novo coronavírus, com 2.100 mortes. Fonte: CFA-Gesae Em Manaus, a situação não é diferente. Apenas 12% da população da capital tem acesso a tratamento de esgoto. Sem saneamento básico, a cidade é uma das que mais sofrem para mitigar o avanço da Covid-19. Em todo estado do Amazonas, dos 29.867 casos confirmados até o dia 24 de maio, 13.881 são de Manaus (46,48%) e o município teve, até o momento, 1.182 óbitos em razão da doença. Fonte: CFA-Gesae Já na capital cearense, o índice de coleta de esgoto é de 58%. Na cidade, mais de 3 milhões de moradores ainda sofrem com a falta de água encanada. Enquanto não supera a falta de saneamento, Fortaleza segue com altos índices de Covid-19: até o momento são mais de 20 mil pessoas com a doença e mais de 1.600 mortes. Fonte: CFA-Gesae O CFA-Gesae é um estudo feito pelo CFA cujo objetivo é oferecer aos municípios um sistema de governança e planejamento estratégico de serviços públicos de água e esgoto. A ferramenta traz dados dos mais de 5 mil municípios e dos estados brasileiros. Com os índices fornecidos pelo CFA-Gesae, os gestores podem repensar suas políticas públicas na área de água e saneamento. “Ele oferece aos municípios um sistema de governança e planejamento estratégico de serviços públicos de água e esgoto”, explica Gracita. Para saber mais acesse: www.gesae.org.br. Para consultar os gráficos, utilize “login: publico” e “senha: publico”. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Liderança e Janela de Oportunidade em tempos de Pandemia

Um outro dia, depois de um período de quarentena, um diretor de empresa comentou que, ao chegar em casa, quando seus filhos escutavam o barulho da porta do apartamento, diziam à mãe: “Acabou a brincadeira, o papai chegou”. Disse que, sem perceber, transferiu para casa a mesma “energia” que utilizava para a entrega de resultado no trabalho, passando a tratar os filhos como “chefe” e não como pai. Felizmente, hoje as coisas estão bem diferentes. Somente a liderança que valoriza pessoas e que tem consciência de que “tem gente atrás do crachá”, é que consegue estabelecer a cultura de respeito e valorização do ser humano nas organizações. Quando pessoas são respeitadas e reconhecidas, passam a perceber que o trabalho vai além de tarefas que executam. Elas aumentam o senso de pertencimento, e se dão conta de que fazem parte de uma equipe que coopera e empenha-se na realização de algo. Esse período de Pandemia e muita gente em ‘Home Office’, ajudou. Uma premissa para tornar-se, e manter-se bom líder, é demonstrar interesse genuíno pelas pessoas. Algo que não depende do que estudou, nem de formações e certificações que fez, mas de vontade e atitude, buscando reconhecer pessoas pelo que são e pelo que fazem. Imagine como seriam os banheiros do local de trabalho sem pessoas para cuidar deles. Você já parou pra dizer: “- Muito obrigado pelo importante trabalho que realiza aqui na empresa. Sem você esse lugar seria uma bagunça.”? Algo simples e rápido, mas precioso e importante para quem ouve. A crise gerada pela Pandemia da Covid-19, me parece uma Janela de Oportunidade, ou seja, você deixa de fazer uma atividade que poderia lhe dar um retorno (ler um livro, fazer um curso, trabalhar mais em um projeto pessoal, etc) para perguntar aos seus pares na empresa, no condomínio, no bairro: O que está acontecendo? Como posso ajudar? Quem já me ouviu falar sobre liderança, certamente escutou que “sem confiança não existe liderança”, já que liderança pressupõe relacionamentos, e sem confiança esses relacionamentos se tornam superficiais e descompromissados. E quando pensamos em confiança, podemos encontrar vários caminhos que facilitam a sua construção, mas todos dependerão de como nós aproveitamos as “janelas de oportunidade”; momentos em que precisaremos escolher entre virar as costas para as necessidades do outro, ou agir para demonstrar interesse genuíno por ele. Em outras palavras, momentos em que precisaremos decidir entre fechar as “janelas de oportunidade” e quebrar a confiança, ou abri-las, construindo-a. Crise da Pandemia, crise do Corona Vírus, crise da Covid19 … estas talvez tenham sido as palavras mais citadas no mundo ao longo dos últimos meses desde a crise de 1929. A Janela de Oportunidade aqui, é o cenário positivo no meio do CAOS. São algumas poucas empresas ou mesmo líderes, que diante de incertezas e cenários nada animadores dizem: “Reconhecemos que existe uma crise pela pandemia, mas decidimos que não iremos participar dela.” Pensar, sentir e agir a partir desta crença, possibilitou uma ampliação da visão, fortalecimento da missão e alinhamento do propósito, além de novas formas de pensar sobre gestão de pessoas e negócios. O aprimoramento de competências e novos comportamentos foram determinantes para a criação e ampliação de novos mercados, melhoria nas relações com parceiros, e tornar os produtos, processos e serviços mais criativos e inovadores, além de mais acessíveis. Toda crise gera “uma lição a ser aprendida”. O que a pandemia atual está nos trazendo como lições a serem aprendidas? Tão importante quanto solucionar a crise é aprender com ela. Caso este aprendizado não aconteça, novas e conhecidas “crises” surgirão, até que a lição seja aprendida. Não vivemos em um tempo difícil, mas em um tempo diferente. As pessoas podem e devem ampliar a sua consciência da nova realidade e se adequar a ela, entendendo claramente que novos problemas e oportunidades exigem novas maneiras de pensar e agir. Adm.Richard Maturana “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Profissionais de Administração: o terceiro setor precisa de vocês

Demanda por gestão profissional nesse segmento é grande. Apesar de as ações estarem voltadas para causas sociais e filantrópicas, a administração nesse setor deve ser profissional e planejada para gerar resultados O curso de Administração sempre está no topo da lista das profissões mais procuradas pelos estudantes há anos. No Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (SiSU/MEC), essa graduação é uma das mais concorridas do país, pois ela dá uma visão ampla do mercado de trabalho. Os jovens que buscam esse curso terão várias áreas para atuar como Recursos Humanos, Finanças, Marketing, entre outras áreas da Administração. Contudo, boa parte dos cursos de bacharelado em Administração capacitam os alunos para atuarem em grandes empresas. Outros estimulam o empreendedorismo e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Mas há um segmento pouco divulgado e com grande potencial de atuação para estudantes de Administração: o terceiro setor. Valdinei é administrador e tem larga experiência com Gestão no Terceiro Setor. O Brasil tem cerca de 250 mil organizações fundacionais e associativas do chamado terceiro setor. “Elas têm inúmeros profissionais que trabalham para ela, se configurando um processo de gestão e um nicho de mercado para o administrador”, explica o vice-diretor de Administração e Finanças do Conselho Regional de Administração de Goiás (CRA-GO), Valdinei Valério. Missão social Para entender o que é o terceiro setor, o estudante precisa saber quem são os outros setores. O primeiro é o público, focado em prover as atividades e políticas públicas. Já o segundo setor é o empresarial, cuja função é a produção de bens e serviços com intuito de gerar riquezas e lucros. O terceiro setor, por sua vez, tem fins públicos e não lucrativos. Ele é composto por associações da sociedade civil – associativas ou fundacionais – criadas para resolver um problema social. A Fundação Bradesco, por exemplo, oferece serviços educacionais de excelência para comunidades de baixa renda. Uma das principais características das associações ou fundações do terceiro setor é a quantidade de colaboradores, sejam voluntários ou remunerados, todos sob um regime de gestão próprio. “Eles têm uma especificidade, pois contam com legislação própria, precisam prestar contas para o governo ou iniciativa privada”, explica Valdinei. Entre os principais desafios do terceiro setor está a escassez de dinheiro. Essas instituições vivem com recursos oriundos do governo, de doações de empresas, ou de pessoas físicas. Segundo Valdinei, a gestão eficiente é outro desafio que precisa ser superado. “Por isso eu coloco, com tanta ênfase, a participação do administrador na gestão do terceiro setor. O apoio do CFA para que possamos, também, olhar esse segmento que é tão importante, que emprega milhares de profissionais e beneficia milhares de pessoas”, defende o Valdinei. Com a pandemia da Covid-19, os desafios aumentaram. Valdinei explica que o Governo Federal soltou vários pacotes de apoio às empresas. “Até o momento, não há nenhuma sinalização de apoio para que essas organizações continuem prestando serviços comunitários. Fazendo o papel que seria do próprio estado, elas trabalham para pessoas que, de fato, têm necessidade de serem atendidas”, diz. Rede Pró-Aprendiz Valdinei dirigiu, por muitos anos, a Rede Pró-Aprendiz. A iniciativa promove a inclusão social por meio da inserção de jovens no mundo do trabalho a partir de programas de aprendizagem. Ele conta que o programa Rede facilitou a entrada de quase 5 milhões de jovens no mercado. “O programa teve um impacto imenso na sociedade”, afirmou, ressaltando que a iniciativa é um case de sucesso que ele, orgulhosamente, apresentou na Organização Internacional do Trabalho, na Suíça. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA