Conectar todas as coisas à rede já é uma realidade

IoT mapeia perfis de usuários e ajuda empresas a “adivinhar” o perfil dos clientes. Tecnologia é usada para direcionar produtos e potencializar ações de marketing Desde que passou a adotar o home office, as lives no Instagram passaram a fazer parte da rotina do Conselho Federal de Administração (CFA). Por várias semanas, a autarquia promoveu debates sobre vários temas ligados à Administração. O sucesso foi tão surpreendente que o Conselho decidiu realizar o “ADM Webinar”. O primeiro seminário online do CFA aconteceu na tarde desta segunda-feira, 18, e tratou do tema “Internet das Coisas e o Marketing Digital”. Mediado pela jornalista Elisa Ventura, o debate contou com a participação do especialista em Marketing Digital e e-commerce, Rafael Jakubowski; da coordenadora da Comissão de Marketing do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ), Rita Borges; e do líder em vendas de Inteligência Artificial, Roberto Celestino. A abertura ficou por conta do diretor de Desenvolvimento Institucional do CFA, Diego da Costa. Ele agradeceu a participações especialistas e ressaltou que o tema é muito importante para os profissionais de administração. Roberto: “Cada vez mais as pessoas precisam ter raciocínio crítico, saber avaliar o que a tecnologia está trazendo algo significativo para elas”. O ponta pé inicial do debate foi dado por Roberto, que explicou para o público o que é internet das coisas, também chamada de IoT. Segundo ele, o conceito se refere a conectar objetos usados no dia a dia à rede mundial de computadores. Uma geladeira, por exemplo, pode ter um sistema que, conectado com a internet, avisa ao dono quando um produto está em falta ou quando chegou a hora de fazer uma manutenção preventiva. No marketing digital, a internet das coisas tem feito grandes transformações. Como exemplo, Rafael citou o Dash Button, dispositivo criado pela Amazon com o objetivo de facilitar a compra de produtos. Ele nada mais é do que um botão em que a pessoa aciona caso precise de um produto. Esse dispositivo pode estar ao lado de uma máquina de lavar e, quando acabar o sabão em pó, a pessoa aciona o botão e, em pouco tempo, o produto chega a casa do cliente. Parece loucura de um filme de ficção científica, mas por meio da internet das coisas, as empresas conseguem medir o engajamento dos seus clientes e como eles estão interagindo com o produto e, assim, conseguem planejar ações futuras. Segundo Rita, o consumidor está cada vez mais interessado em suprir suas necessidades agora. Para ela, é preciso conhecer os diferentes perfis dos consumidores para atender essas demandas. Novas softs skills Profissionais que querem levar a internet das coisas para seus negócios ou para a suas carreiras, precisam desenvolver novas softs skills. Roberto comenta que, até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que blogueiro e youtuber seriam profissões. “Quem nasceu a partir de 2010 vai trabalhar em profissões que ainda não existem”, disse, ressaltando que as tecnologias estão transformando muitas carreiras. Rafael: “É preciso abrir a cabeça para as possibilidades que existem, tirar da cabeça o mito de que investir em tecnologia é caro”. Com a inteligência artificial, por exemplo, muitas funções manuais foram otimizadas e esse ganho de tempo é usado pelos profissionais para desenvolver outras atividades. Para Roberto, a evolução tecnológica traz mudanças significativas. “Cada vez mais as pessoas precisam ter raciocínio crítico, saber avaliar o que a tecnologia está trazendo algo significativo para elas. É um trabalho que vai exigir conhecimento que a gente ainda pouco desenvolveu”, explica. Para Rita, os profissionais estão vivendo em um mundo incerto e volátil. “Eles precisam se adaptar a essas novidades e ter agilidade para essa adaptação”, afirmou. Além disso, ela disse que o mundo está entrando em uma era pós Covid-19 e os profissionais de Marketing precisam estar prontos para as mudanças do mundo VUCA, acrônimo, em inglês de volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). Com relação ao futuro, Rafael pontuou que, hoje, muitas escolas já ensinam programação para as crianças. Contudo, é preciso ter cuidado para não ser direcionado para dados errados. Ele citou casos de profissionais em posições estratégicas de grandes empresas americanas. A maioria não tem skills de tecnologia e, para suprir essa lacuna, eles contratam um profissional com essa habilidade para ser um aliado do CEO, CFO ou COO nessa organização. Rita: “O consumidor está cada vez mais interessado em suprir suas necessidades agora.” Ainda sobre inteligência artificial, para Rita, as empresas ainda a olham com certo tabu, mas essa é uma realidade as organizações precisam ter essa habilidade. Porém, é importante capacitar o colaborar para o uso dessas tecnologias. Roberto comentou que essas transformações estão mais latentes naquelas profissões voltadas para áreas de negócios e estão exigindo que os profissionais se adaptem a essas novas realidades. Pandemia A crise causada pela Covid-19 forçou os profissionais a viver em um mundo mais virtual, acelerando muitas das transformações digitais que eram previstas para um futuro a médio e longo prazos. Durante o seminário, eles responderam muitas questões e uma delas era referente a digitalizar negócios em tempo de crise. Para os especialistas, a pandemia estimulou as empresas a se reinventarem. “É preciso abrir a cabeça para as possibilidades que existem, tirar da cabeça o mito de que investir em tecnologia é caro”, disse Rafael. No seminário, eles também falaram sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) de estratégias para tornar o negócio mais digital de forma legal. O primeiro webinar do CFA está disponível, na íntegra, no CFAPlay. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Home office trouxe novos desafios para gestores

Comunicação e planejamento são essenciais para manter equipes engajadas. Feedbacks assertivos também ajudam a manter a motivação dos colaboradores Muitas empresas, por conta da pandemia do novo coronavírus, adotaram o home office. A mudança foi brusca: de uma hora para outra, líderes e colaboradores precisam se adaptar à nova realidade no mundo do trabalho mesmo sem terem, em alguns casos, muita expertise. Para os gestores, o desafio é saber gerenciar equipes de forma remota. Para o empresário e CEO da Proesc.com, Felipe Góes Ferreira, nesse momento em que as pessoas estão trabalhando em casa, um dos maiores desafios é manter o engajamento das equipes. Os colaboradores precisam estar alinhados com os objetivos e os resultados da organização e motivados para ajudar a empresa a alcançar os resultados desejados. “Cabe ao gestor fazer esse planejamento e promover esse engajamento e o monitoramento sistemático dessa equipe durante esse período remoto”, diz. Habilidades necessárias Felipe usa o Scrum para manter o engajamento das equipes que estão em trabalho remoto. Para gerenciar equipes remotas, os gestores precisam desenvolver uma habilidade essencial: saber dar feedbacks. Ao perceber que alguém está fora de sintonia com o processo, esse gestor precisa ser assertivo e construtivo para ajudar esse colaborador a voltar para o trilho. “O gestor precisa desenvolver essa habilidade para saber quem está ali produzindo, dando resultados, e quem está um pouco mais disperso, ou quem as vezes está até preocupado com alguma coisa. A gente precisa entender isso a atuar de uma forma bem rápida para que todo mundo esteja bem alinhado”, explica Felipe. Planejamento essencial O gestor precisa planejar e definir tarefas. Caso contrário, alguns colaboradores podem ficar “soltos” e terem a impressão de que não há nada para fazer, mesmo a empresa tendo muitas demandas e necessidades. Felipe sugere que os líderes podem adotar a técnica de ação 5W2H, que é um “checklist de atividades específicas para criar e organizar um projeto com o intuito de realizá-lo com o máximo de clareza e eficiência”. Além de distribuir e definir as ações, ele diz que o gestor precisa monitorar os resultados das atividades. O planejamento passa, ainda, segurança para os colaboradores. “Ter segurança é importante para que as pessoas se dediquem sem aquele sentimento de ansiedade e medo”, justifica. Comunicação clara Muito antes da pandemia, boa parte das empresas já contavam com ferramentas eficientes de gerenciamento e comunicação. Contudo, em tempos de home office, Felipe ressalta a importância de definir os horários dessa comunicação. “As vezes, nesse ambiente de trabalho remoto, as pessoas podem perder um pouco a noção do tempo. É bom estabelecer algumas regras”, afirma, ressaltando também a necessidade de estabelecer canais específicos de comunicação para cada setor e a realização de reuniões periódicas para fazer o alinhamento das ações. Scrum a seu favor Na empresa do Felipe, o Scrum tem sido uma aliada para manter o engajamento das equipes, principalmente em tempos de trabalho em casa. Quem ainda não conhece essa ferramenta, ela é uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos. “Todos os dias nos reunimos, por 15 minutos, para que possamos compartilhar as tarefas planejadas, as que foram entregues ou em andamento e falar das dificuldades que possam surgir”, comenta. A cada 15 dias, a equipe planeja as ações da próxima quinzena e, nessa ocasião, eles fazem uma retrospectiva do que aconteceu de bom ou ruim durante o período, trocam feedbacks e alinham a comunicação. “O Scrum é uma ferramenta que tem nos ajudado muito no gerenciamento de equipes remotas. A diferença é que já usamos isso há muito tempo e ela já faz parte da nossa cultura”, comenta o empresário. Quer saber mais sobre o Scrum? O CFA já falou desse assunto. Clique aqui e confira. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA00
AS LIÇÕES DE UMA PANDEMIA

Anderson Luiz Michelin Mestre em Gestão estratégica das organizações, coordenador de curso da Faculdade Mater Dei, professor do IFPR de Palmas – PR, consultor de empresas. Delegado do CRA – seccional Pato Branco – Pr AS LIÇÕES DE UMA PANDEMIA. No dia 23 de janeiro de 2020, foi decretada quarentena na cidade de Wuhan, no entanto, a doença não ficou restrita àquela localidade e espalhou-se, primeiramente, pela China, em seguida, Ásia e, assim, para outros países. Por incrível que pareça, Taiwan um pais encostado na China, o epicentro da doença, ficou quase imune ao alastramento da doença com meros 50 casos confirmados. O que se pode observar é que as autoridades desse pais foram rápidas em tomar as medidas necessárias. Primeiramente aprenderam com um surto que aconteceu em 2002/2003 da Síndrome respiratória aguda grave (SARS), Severe Acute Respiratory Syndrome, quando criaram um centro onde unificaram todas as informações relevantes e que ajudaram nas tomadas de decisões. Com isso conseguiram agir precocemente, sobre os efeitos nefastos da COVID-19, que estamos vendo na maioria dos países. Dessas informações, podemos tirar algumas lições que podem ajudar nossas empresas e também a nossa nação. Na ciência da Administração gerir qualquer atividade e/ou organização significa orquestrar as etapas que compõem o processo administrativo: PODC – Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Para isso deve-se ter uma visão de planejamento adequada, um processo de informação que tenha uma amplitude e profundidade que municie o gestor com informações relevantes para a tomada de decisão e principalmente o controle dessas decisões que podem levar ao sucesso ou não do que foi planejado. Taiwan mostrou que tem gestores que com planejamento e ações rápidas, não só minimizaram o problema, mas principalmente salvaram vidas… Em contraponto observamos que os países que demoraram para tomar atitudes preventivas básicas tiveram um acréscimo rápido de pessoas infectadas. Isso forçou alguns governos a decretarem lockdown (confinamento). Nessa crise do COVID-19 o termo tem designado o bloqueio total de um perímetro urbano, para que não haja entrada e saída de pessoas. Normalmente, ele é acompanhado de medidas mais extremas também de restrição da circulação interna, com a penalização de pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem decretos do governo. Essa restrição de circulação acaba afetando o comércio, os empregos e a economia como um todo e logicamente o próprio governo, isso mostra que nos países que demoraram a tomar atitudes de prevenção não houve um planejamento adequado para tratar dessas situações. Ao fazermos um paralelo com as empresas, isso serve de lição para que as mesmas comecem realmente a ter uma gestão mais profissionalizada, com planejamento adequado e com o uso de ferramentas de informação que possibilitem a mesma ter acesso a dados relevantes para seu negócio, bem como um maior controle dos processos operacionais do negócio e de preferência possuir uma reserva financeira para momentos de crise. As empresas devem possuir uma capacidade de adaptação às mudanças, quem não conseguiu usar de alguma forma as tecnologias de informação para continuar a comercializar seus negócios, ou adequar seus produtos para suprirem as necessidades dos seus clientes, mesmo diferente daquelas que a empresa estava habituada a fornecer, devem estar enfrentando grandes dificuldades. Portanto precisamos aprender a administrar nossas organizações de forma profissional, usando as ferramentas gerenciais adequadas, tanto de planejamento como de informação e acima de tudo ter a capacidade de inovar e nos adaptar rapidamente. A percepção que o mundo está em constante mudança e que essas mudanças serão cada vez mais rápidas e nem sempre para melhor… a capacidade de estar agindo de forma proativa e profissional, faz do Administrador um agente de mudanças e preparado para enfrentar os desafios que irão surgir em um mundo cada vez mais complexo e desafiador. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”
Como manter equipes engajadas em meio a crise

O líder tem papel fundamental para ajudar a organização a superar desafios em tempos de incerteza Você conhece o Starbucks? Bom, se ainda não conhece, certamente já ouviu falar da famosa rede americana de café. O cliente chega, pede a bebida e recebe o produto em uma embalagem personalizada com seu nome. Sem investir em publicidade tradicional, a multinacional tornou-se uma das marcas mais influentes do mundo. Com o propósito de criar experiência e conexão com cada cliente, na Starbucks o funcionário está em primeiro lugar. Durante um evento, o diretor da empresa no Brasil comentou “no Starbucks, os funcionários são chamados de parceiros porque é realmente isso o que eles são”. Mas não é só isso. O segredo do sucesso da multinacional está na liderança. No livro, Liderando ao estilo Starbucks, o autor Joseph A. Michelli mostra que os líderes da Starbucks buscam engajar e inspirar todos os parceiros e que essa postura é fundamental em momentos de crise ou queda de resultados. O case da empresa é um clássico e, em tempos de pandemia, serve para inspirar gestores. Para a administradora e CEO da Ferragens Pinheiro, Janine Brito, em qualquer tempo, especialmente em grande instabilidade, espera-se que um líder indique o caminho certo a seguir. “Ele deve ter o comando e seu mandamento precisa ser encorajador, lúcido e muito esclarecido”, diz. Para manter a equipe engaja em meio a crise, é preciso ser transparente. Janine explica que os líderes podem mostrar aos colaboradores como as coisas estão funcionamento, apontando “quais são os sinais de perigo e qual será a estratégia de combate para que a equipe alcance, unida, o resultado esperado.”. Após a crise, a administradora acredita que a principal habilidade que os líderes terão que desenvolver é a inteligência emocional. “As pessoas estão muito abaladas no aspecto emocional e é nesta área que se curvarão aos grandes líderes da nova era”, afirma. Do contrário, Janine aponta que a empresa, seja qual tamanho for, se não tiver uma liderança eficaz estará fadada à desordem e ao desequilíbrio. “A consequência é exatamente a falta de resultados positivos. Não havendo harmonia nas diretrizes advindas da liderança de uma empresa, não haverá sucesso possível”, finaliza a administradora. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Certificação Profissional em Administração

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É hora de reorganizar a carreira para encarar as novas oportunidades

Profissional pode partir para uma recolocação ou partir para um projeto empreendedor. Seja qual for o caminho a adotar, buscar conhecimento e capacitação é essencial para voltar ao mercado de trabalho mais seguro e forte A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou, no último dia 11, os números de pedido de seguro-desemprego. Em abril, foram requeridos 748.484 benefícios. No acumulado, as solicitações feitas pelos trabalhadores com carteira assinada subiram 22,7%. Os números revelam que a crise causada pela pandemia do novo coronavírus causou a demissão de milhares de trabalhadores formais no Brasil. Contudo, estima-se que o número deve ser maior. É que, com a suspensão dos atendimentos presenciais nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine), a solicitação é feita on-line e muitos trabalhadores que foram demitidos em meio a pandemia não conseguiram fazer o requerimento do benefício. E como fica a vida após a demissão? Se você, infelizmente, entrou para a triste estatística do desemprego, não se desespere. O Conselho Federal de Administração (CFA) conversou com o educador corporativo, consultor organizacional e mentor de carreiras, Flávio Emílio. Em entrevista, ele ressalta que “sempre haverá trabalho e demanda para quem é bom, diferenciado e trabalha com excelência”. Flávio fala, ainda, como dar a volta por cima para conquistar uma oportunidade e aponta as tendências do mundo do trabalho pós-crise. Confira! Como voltar para o mercado de trabalho em meio a crise? O mentor de carreiras, Flávio Emílio. Existem duas possibilidades reais: buscar a recolocação e partir para um projeto empreendedor. Na primeira hipótese, é preciso atualizar o currículo, ativar os contatos profissionais, avisando que está em busca de um novo emprego e, fundamentalmente, se atualizar tanto em conhecimentos, quanto no manejo de novas ferramentas, assim como o desenvolvimento de atitudes mais alinhadas ao momento de transição como: flexibilidade, iniciativa, inteligência emocional, resolutividade. Tudo isso também é aplicável para aqueles que vão empreender. Mas os empreendedores precisarão, ainda, planejar para correr riscos calculados. Ferramentas como o Plano de Negócios e o BM Canvas seguem sendo úteis, assim como uma forte ênfase na inovação para oferecer algo que os clientes valorizam muito: novidades que resolvam seus problemas e/ou tornem suas vidas/negócios melhores. Esses são os diferenciais mais consistentes. Como gerenciar a carreira em meio a isso tudo? Há uma retração da oferta de empregos formais em muitos segmentos de negócios. Uma conduta recomendável é ligar o radar para identificar aquelas áreas que não sofreram desaceleração durante a crise e que, pelo contrário, seguem crescendo: telecomunicações, varejo farmacêutico e de alimentos, além dos serviços de saúde e grande parte da atividade industrial ligada a bens de consumo essenciais. Para quem não possui expertise em áreas consideradas essenciais, é importante abrir novas frentes de atuação, ampliando o escopo para poder aproveitar mais oportunidades. Abrir mão do emprego formal para trabalhar por projetos pode ser uma alternativa emergencial para alguns ou, ainda, uma nova e promissora fase da carreira para aqueles que têm um perfil mais multiespecializado. Um fato é certo: sempre haverá trabalho e demanda para quem é bom, diferenciado e trabalha com excelência. Enquanto novas oportunidades não surgem, o que o profissional pode fazer para não ficar parado? É preciso aproveitar o tempo de isolamento e quase-reclusão para se fortalecer e voltar mais competitivo ao mercado, seja em um novo emprego, em um projeto de “carreira solo” ou mesmo a abertura de um novo negócio. Todos estamos tendo muito mais tempo agora. Assim, além de estar mais próximo da família – o que é positivo para a saúde mental, é o momento para pesquisar mais, aprender mais e planejar desde já os cenários profissionais pós isolamento. Quem planeja agora, pula na frente em relação a quem está inerte, reclamando e sendo influenciado por notícias alarmistas. Qual será o “novo normal” na gestão de carreira? Trata-se de um novo padrão de gerenciamento da carreira. Não há como ser prescritivo na resposta. Mas algumas competências que já vinham em processo de evolução ganharam um forte impulso desde que o isolamento começou a vigorar há cerca de 60 dias. A virtualização é uma delas. O mundo pós Covid-19 não será 100% virtual, mas será muito mais do que era até o início de 2020. Além disso, passamos a ser menos individualistas e estamos aprendendo a ser mais solidários e colaborativos – aspectos fundamentais para se trabalhar em equipe. Outro elemento que estará no centro do “novo normal” é uma tendência ao minimalismo, ou seja, uma busca pela essência das coisas. Ser mais eficiente, lutar contra o desperdício, saber ser frugal e, principalmente, performar bem em meio à escassez, aproveitando ao máximo os recursos que temos, usando o potencial criativo para encontrar formas mais simples, baratas e inovadoras de gerenciar processos e encantar o cliente. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Webinar “Coordenadores de Curso em Tempos de Pandemia”

Gestores públicos apostam no planejamento estratégico

Estados e municípios aplicam metodologia e contabilizam benefícios. Sergipe, Distrito Federal e Fortaleza são destaques de melhorias Por Ana Graciele Gonçalves O uso de indicadores é um recurso cada vez mais recorrente na hora de elaborar o planejamento estratégico. Por meio dele, o gestor tem um referencial que será utilizado para melhorar os resultados da organização. Na área pública, um bom exemplo de indicador é o Índice CFA de Governança Municipal. O estudo, feito pelo Conselho Federal de Administração (CFA), consiste em uma métrica da governança pública nos municípios brasileiros a partir de três dimensões: Finanças, Gestão e Desempenho. A ferramenta faz um raio x minucioso dos municípios. A cada ano, ela passa por atualizações que visam refinar o estudo e oferecer aos gestores públicos uma compreensão mais abrangente, integradora e inspiradora de melhores práticas e resultados. Atualmente, o IGM-CFA 2020 conta com três dimensões, 12 indicadores e 30 variáveis. Por meio dele, o gestor pode fazer uma análise robusta do seu município sob vários aspectos. Por essa razão, muitas prefeituras manifestaram interesse em utilizar dados do IGM-CFA. É o caso da prefeitura de Fortaleza, que pretende usar o estudo para a auxiliar a elaboração de políticas públicas. A capital cearense conta com um planejamento estratégico, cujo objetivo é transformar Fortaleza em uma cidade mais acessível, justa e acolhedora. O “Fortaleza 2040” prevê ações a serem implementadas a curto, médio e longo prazo. Em execução desde 2016, o planejamento atua nos eixos urbanísticos, social, ambiental e de mobilidade. Um novo modelo de gestão em Fortaleza O que motivou a prefeitura de Fortaleza a buscar um novo modelo de gestão foi a falta de continuidade dos programas governamentais anteriores. Até 2013, o município não tinha um planejamento estratégico. “A adoção de boas práticas de gestão focada em resultados deu condições para a formulação do Plano Fortaleza 2040”, explica o secretário Executivo da Câmara de Governança do Fortaleza 2040, Edgard Lombardi. O secretário Executivo da Câmara de Governança do Fortaleza 2040, Edgard Lombardi O processo de construção do planejamento estratégico da capital foi coordenado pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), que é o órgão do município responsável por fomentar iniciativas inovadoras. Entre 2014 e 2016, a metodologia contemplou a execução de três grandes fases: diagnóstico “A Fortaleza que temos”, definição da visão de futuro e metas “A Fortaleza que queremos”, e a elaboração de 33 planos estratégicos setoriais, divididos em sete eixos. Além disso, houve a adoção de um modelo de criação colaborativa, no qual mecanismos de participação foram instituídos em todas as etapas. De acordo com Edgard, o Fortaleza 2040 foi concebido como um plano da cidade, e não de governo. “Como consequência, a sociedade civil, a academia, o setor privado e as entidades públicas estiveram presentes e protagonizaram, nos fóruns e núcleos territoriais, setoriais e governamentais, os intensos debates que culminaram, após três anos de trabalho, na entrega do planejamento estratégico à sociedade fortalezense.”, diz. Como o modelo de gestão para resultados implantado na prefeitura preconiza a utilização de indicadores, coube à Câmara de Governança e Participação Social – setor responsável por monitorar o eixo da Governança Pública Municipal do Fortaleza 2040 – definir indicadores para a área a fim de subsidiar os secretários municipais com evidências para a tomada de decisão estratégica. Ao tomar conhecimento do estudo feito pelo CFA, Edgard entrou em contato com a autarquia. Segundo ele, a escolha preliminar pelo IGM-CFA se deu por algumas razões. “Ele é um legítimo indicador de resultados, pois considera em sua fórmula de cálculo os avanços das áreas finalísticas, como por exemplo os resultados das políticas de educação e saúde, para as quais as ações de fortalecimento da governança municipal se destinam”, afirma o administrador. Além disso, Edgard ressalta que o estudo permite um referencial comparativo, seja entre os dados da própria cidade com a série histórica já existente, ou entre as capitais e outros 153 municípios que compõe o mesmo grupo de resultados no qual Fortaleza se encontra. Outra razão apontada pelo secretário é a confiabilidade dos resultados do IGM. “A seriedade do trabalho realizado pelo CFA, que disponibiliza as fontes de dados e permite explorar as variáveis e analisar seus resultados de maneira mais detalhada”, elogiou, lembrando que o IGM-CFA será analisado pelo Iplanfor e, se escolhido, será integrado ao caderno de indicadores da Câmara de Governança ainda em 2020. Das 83 ações previstas no eixo da Governança Pública Municipal, 13 já foram finalizadas e 54 estão em andamento. Em três anos de implantação do planejamento estratégico na capital cearense, a avaliação preliminar é positiva. A Câmara de Governança e Participação Social, cuja coordenação é feita pela Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão de Fortaleza, chega em 2020 com 65,1% de suas ações em andamento e 19,2% não iniciadas. As ações em andamento ou já finalizadas de fortalecimento da participação e controle social pularam de 2,9%, no início de 2017, para 71% em 2020. Dentre as ações previstas no eixo de Governança Municipal, muitas já impactam a rotina da administração municipal e da cidade como um todo. No âmbito da gestão, destacam-se a criação da carreira de analista de planejamento e gestão e o fortalecimento da rede de planejamento municipal, qualificando os processos de planejamento e difundindo boas práticas de gestão pelos órgãos municipais. Além disso, o total de servidores capacitados em diversas competências nos cursos ofertados pela Prefeitura em 2019 foi 31% maior que em 2018. Edgard aponta que ainda há alguns desafios a serem superados, mas ele acredita que, com a definição dos indicadores, será possível iniciar o processo de monitoramento sistemático de seus resultados. “Isso nos permitirá agir diante de possíveis mudanças conjunturais e realizar alterações de rota. Vale lembrar que o Fortaleza 2040 passará, pela primeira vez por um período de eleições municipais, e as iniciativas que estamos realizando de fortalecimento da Câmara de Governança visam consolidar o Plano como um guia estratégico para as próximas gestões, independentemente de quem, democraticamente, se sagrar vitorioso”, finalizou o secretário. Distrito Federal rumo ao centenário
Aos heróis da guerra contra o coronavírus, o nosso muito obrigado

Hoje, 12, de maio, o mundo celebra o Dia da Enfermagem. A data, diferente de outros anos, terá um significado diferente em 2020. É que, em meio a pandemia de Covid-19, esses bravos profissionais da saúde estão, literalmente, doando suas vidas para salvar outras vidas. São milhares de profissionais da enfermagem na linha de frente de uma batalha incansável contra um inimigo invisível. Segundo o último balanço do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), desde o início da pandemia, 73 trabalhadores brasileiros foram mortos pela Covid-19. São heróis de uma batalha ainda sem data para acabar. Na guerra contra o coronavírus, os profissionais da enfermagem fazem o que podem para realizarem seu trabalho. Abrem mão do convívio familiar para dobrar plantões a favor da vida alheia e, muita das vezes, cumprem esse dever sem as condições mínimas sanitárias. Sem equipamentos de proteção individual, os EPIs, muitos precisam improvisar ou pagar, do próprio bolso, os materiais necessários para terem um pouco mais de segurança. Nesta data tão simbólica nós, do Conselho Federal de Administração, queremos enaltecer o trabalho desta equipe, tão fundamental para o serviço de saúde. Parabéns, profissionais da enfermagem. O nosso muito obrigado pela dedicação incansável de todos vocês. E, em tempo de pandemia, o nosso melhor presente é ficarmos em casa para que vocês possam, o mais rápido possível, estarem próximos dos seus entes e amigos queridos. Adm. Mauro Kreuz Presidente do CFA Adm Rogério Ramos Vice-presidente do CFA
Quando reinventar-se não é uma opção…

Quando reinventar-se não é uma opção… Em meio a tantas incertezas, uma coisa se sabe: estamos em crise. Crise na saúde, na economia, na política, na carreira, e até mesmo crise existencial. Com as medidas para cuidar da saúde da população e evitar o caos no sistema, muitas empresas fecharam – e não só durante vigência de decretos – fecharam para sempre! Muitos desempregos, inclusive dos empreendedores. Neste contexto apresento uma proposta de reflexão: como reagir? O que o profissional pode fazer? Como sobreviver a isso tudo? Pensando na pessoa, não na instituição, a resposta está na nossa capacidade de se reinventar. Aquela reconstrução pessoal e profissional, onde se aproveita as partes boas e inclui inovações. Ou mudança geral e radical, até mesmo de carreira. As crises são oportunidades forçadas para sair da famosa zona de conforto, aquele desconhecido lugar onde você guarda os sonhos numa caixa, vai trabalhar todos os dias fazendo a mesma coisa, porque no final do mês te pagam para isso. Forçadamente, chegou o momento de mudar, abrir a caixa e resgatar objetivos e planos para reconstruir a vida. O momento proporciona a reflexão em todos os seres humanos. Quantas coisas simples ficaram mais evidentes e valorosas a partir do momento que foi iniciado o distanciamento social, que passamos mais tempo em casa com os familiares, dividindo tarefas e apreciando momentos que antes passavam despercebidos, ou nem existiam. O reinventar-se como pessoa também está acontecendo. A revisão de prioridades aconteceu naturalmente. É poético falar, mas sabemos que em meio à dificuldade, começar do zero é muito difícil, principalmente com os recursos financeiros contados (ou zerados também). Mas não é impossível. A resiliência é aquela força que vem dentro, e que ninguém pode barrar. Só você pode olhar para dentro e se reinventar. Buscar seus talentos e criar o seu diferencial. Aprimorar algo que parecia apenas um hobby, e incrementar na sua profissão. O que parece um cenário sombrio, pode ser a oportunidade que faltava para a mudança, buscar novas formas de ser e agir, resgatar objetivos e criar novos caminhos. O “normal” não volta mais. Teremos o novo. E nesse cenário você pode se encaixar muito bem! Por isso proponho uma reconstrução do profissional que habita em cada um. Com todos os novos atributos que precisamos buscar, necessariamente. O futuro é um mistério, mas ele vai acontecer. E depende das nossas atitudes e decisões de agora. É o momento de se adaptar. No melhor dos mundos, ter ideias, objetivos e metas parece ser mais fácil quando tudo está indo bem. Mas quando nos encontramos em tempos de crise, reinventar-se não é uma opção. Nossa flexibilidade é colocada à prova, e a autoanálise chega até a doer. Mas é oportuno para que seja aflorado o novo profissional que o mercado vai precisar. Já está precisando. Resiliente, flexível, inovador. Isso tudo aliado ao novo ser que valoriza ainda mais as coisas simples e que sempre estiveram ao alcance. Reinventar-se é, na verdade, resgatar tudo de bom que já tinha e aprimorar. Como nada é estático, vamos nos reinventar quantas vezes forem necessárias. É preciso olhar a situação tal como ela é, e tentar enxergar além das dificuldades. Planejar, fazer, adequar, colocar em prática… PDCA, ferramenta conhecida na Administração, muito utilizada para o aperfeiçoamento da gestão, e que se encaixa perfeitamente na situação, uma vez que é cíclica e permite análise e adequação das informações de maneira continuada. Vamos ao passo a passo: P (Plan): Planejar é o primeiro passo, e muito importante, oportunidade de se identificar os problemas e determinar os planos de ação. Anote tudo, organize as ideias, considere todas as possibilidades. D (Do): Fazer. Colocar o plano em prática, executar as ideias da melhor forma que puder, dentro das possibilidades criadas e adequadas para acontecer. C (Check): Checar, verificar e monitorar o atingimento das metas e objetivos. Verificar os indicadores de maneira que possa clarificar as correções necessárias para chegar aos resultados estabelecidos. A (Act): Ações corretivas, adequações e demais empenhos necessários no aperfeiçoamento do plano e execução. A aplicação da ferramenta na gestão da sua carreira, ou nova carreira, é uma forma de profissionalizar e aperfeiçoar de maneira permanente as suas ações. O ciclo PDCA deve ser contínuo, suas etapas devem estar em constante desenvolvimento e atualização. Por mais complicada a situação, sempre haverá um caminho. Tenha coragem e nunca desista! O mundo se transforma e temos que nos transformar também. A reinvenção mais importante é a sua. Boa sorte e siga em frente! Adm. Liz Dayane Paludetto Rodrigues “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”
Campanha quer fortalecer negócios em tempo de crise

Administradores e microempreendedores que farão parte da iniciativa solidária do CFA serão contatados nesta semana. Inscrições continuam abertas Em tempos de pandemia, pensar no coletivo é essencial. Sensível a essa realidade, o Conselho Federal de Administração (CFA) lançou a campanha “Administrador e Empreendedor: unidos no fortalecimento dos negócios“. A proposta visa oferecer consultorias gratuitas para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPP) que estejam enfrentando dificuldades para superar a crise. Desde que foi lançada, a campanha recebeu, até o momento, a inscrição de 277 administradores interessados em oferecer a consultoria e 40 microempresas já se cadastraram para receber esse atendimento solidário. Nesta semana, o CFA entrará em contato com todos os inscritos. O CFA também está analisando o cadastro de cada profissional inscrito. A intenção é conhecer o perfil dos administradores a fim de colocá-los em contato com a empresa que esteja mais alinhada com o que eles têm a oferecer. Além disso, o CFA enviará um e-mail para todos os cadastrados. É importante ler, com atenção, todo o conteúdo. Os administradores receberão o “Guia Básico de Consultoria” e dois documentos: “Termo de Voluntariado” e o “Termo de Cessão de Uso de Imagens e Informações”. Os microempresários que vão receber a consultoria gratuita de profissionais de Administração, também precisam estar atentos a caixa de e-mails. O CFA enviará para todos eles o Termo de Cessão de Uso de Imagens e Informações. Saiba mais A campanha do Sistema CFA/CRAs vai ajudar microempreendedores individuais e empresários de pequeno porte a superar a crise sem ter que encerrar o negócio ou conceber dívidas impagáveis. “Nossos profissionais de Administração darão consultorias gratuitas para auxiliá-los a tomar uma decisão mais assertiva. A nossa união é essencial para reerguer a economia do nosso país”, diz o presidente do CFA, Mauro Kreuz. Para receber a consultoria, os microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas (MEs) e as empresas de pequeno porte (EPP) precisam preencher um cadastro no site www.cfa.org.br/MPEs. Uma equipe do CFA selecionará os casos e encaminhará para os profissionais de administração que se voluntariaram para participar do projeto. As consultorias gratuitas serão oferecidas nas áreas de Finanças, Orçamento, Logística, Recursos Humanos, Marketing, Tecnologia da Informação e outras áreas da Administração. Mauro lembra que a falta de planejamento e falhas na gestão estão entre as principais causas para a morte precoce de muitas empresas. “Essa consultoria com profissionais altamente capacitados pode não só salvar seu negócio, como também poderá ajudá-lo a se reposicionar no mercado”, defendeu o presidente do CFA. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Mundo pós-crise vai exigir profissionais e empresas mais proativos

O mundo não será mais o mesmo depois da pandemia da Covid-19. Especialistas dizem, inclusive, que este acontecimento histórico é um grande marco do século XXI, pois ele mudará a dinâmica do mundo contemporâneo. Mas será que todos estão preparados para o “novo normal” que virá a seguir? Na live que o Conselho Federal de Administração (CFA) realizou na tarde desta segunda-feira, 4, a vice-diretora de Desenvolvimento Institucional do CFA, Aline Mendonça, respondeu essa e outras questões. A conselheira federal conversou com a jornalista Elisa Ventura sobre “A pandemia e o desafio de se reinventar”. Segundo a administradora, o novo coronavírus ultrapassou todas as barreiras econômicas, sociais, culturais. “Desconheço uma crise com tantos efeitos quanto essa”, disse. Hoje, o que pesa é o clima de incertezas. Aline comentou que, para que possam tomar decisões, gestores precisam de dados. Mas o mundo ainda não tem muitas informações sobre a Covid-19 e os empresários não sabem se investem no negócio, se contratam ou se dispensam funcionários. “A única certeza que temos é: devemos atuar nesse cenário”, disparou a conselheira. Aline aproveitou para citar uma pesquisa que ela fez em 2013. O estudo analisou a inovação em empresas longevas – aquelas que, na época, tinham mais de cinco anos de existência. Das 144 empresas entrevistadas, a boa parte delas viveram alguma crise e foram capazes de sobreviver com criatividade. “A tecnologia nos apresenta como a grande solução”, afirmou. O mesmo acontece em meio a pandemia do novo coronavírus. Aquelas empresas que, há cinco ou dez anos atrás, não investiram em tecnologia, tiveram problemas para se adaptarem às pressas a nova realidade. Contudo, não basta tecnologia. “ Preciso ter pessoas capacitadas com formação adequada para usar essas ferramentas”, lembrou a administradora. Reclamar ou ser proativo? Com relação aos negócios, Aline lembrou que não existe mais fronteiras. Hoje, o cliente pode comprar qualquer coisa, de qualquer lugar do mundo e receberá o produto em casa. “A inovação vem para solucionar o problema do consumidor”, ressalta, lembrando que, na pesquisa que realizou, a maioria dos empresários reconheceram a importância da tecnologia para inovar nas empresas. Para se reinventar, Aline aconselha o empresário a fazer um diagnóstico profissional do negócio. A chamada análise SWOT que, segundo ela, vai ajudar o empreendedor a “sair do achismo e partir para análise profissional”. Mas não é só o negócio que precisa se reinventar. Os profissionais precisam, também, buscar de adaptar aos novos tempos. “Eu tenho que continuar trabalhando, mas estou com uma série de problemas. Preciso ser capaz de perceber essas fraquezas,seja como profissional ou como empresa”, avisou. Outro ponto: é preciso estabelecer prioridades. “Vou ficar em casa reclamando ou vou ser proativo?”, questiona a conselheira do CFA. Para superar a crise, ela aconselha: “Aproveite o momento para se atualizar, fazer cursos on line. No caso das empresas, tem muitas consultorias disponíveis online”, disse. Para finalizar, ela explicou que habilidades como resiliência e inteligência emocional farão a grande diferença nesse crise. “Não basta conhecimento técnico. Isso é básico. Preciso, hoje, ter equilíbrio emocional e ser capaz de me reinventar”, justificou Aline. Com relação às empresas, aquelas com gestão profissional, empatia e senso de responsabilidade social são as que estarão mais em evidência. Aline também falou do futuro do home office e disse que essa será uma realidade em muitas empresas, mesmo após a pandemia. A live estará disponível por 24 horas no Instragram do CFA – www.instagram.com/cfaadm. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
019/2020 – 17/2020/Disp
Número PAC: 019/2020 Nr do Contrato: 17/2020/Disp Data do Contrato: 09/04/2020 Objeto: Aquisição e instalação de cortinas romanas e de persianas para o Salão de Eventos. Vencedor: A.C. Persianas Everest Ltda ME CNPJ: 81.090.888/0001-00 Valor R$: 14.634,00 Vigência: 09/04/2021 Contrato: Diário Oficial: NFe.: NFe_PAC 019_2020 Situação do Contrato: CONCLUÍDO
Profissionais de administração: “heróis” em tempos de crise

Quem imaginaria que um ser microscópico alteraria a vida de bilhões de pessoas em todo mundo? Sim, o novo coronavírus chegou igual a um tsunami e nos tirou do status quo. Fomos sacudidos e forçados a sair do comodismo. As nossas certezas caíram por terra e passamos a olhar a vida por um novo ângulo. Estamos em uma guerra mundial para eliminar e/ou controlar um ser invisível. Enquanto isso, fomos forçados a sair de uma vida frenética, corrida e agitada para nos proteger sob o teto de nossas casas. A recomendação é: isolamento social. Inúmeros profissionais estão na linha de frente dessa árdua batalha para garantir que o coronavírus não chegue até nós. Além dos trabalhadores da saúde, outros “heróis” anônimos entram em cena: os profissionais da administração. Eles têm papel fundamental no enfrentamento dessa crise. Enquanto médicos lutam para salvar vidas humanas, os administradores trabalham para garantir a sobrevivência de muitas empresas, principalmente aquelas que foram fechadas nesta quarentena. Imagina quantos profissionais da administração estão, neste momento, estudando estratégias para superar a crise. Pensa no tanto de gestores de RH debruçados em dezenas de fichas de colaboradores, analisando a situação de cada um e pensando em formas criativas para mantê-los nas suas atividades laborais. É preciso destacar, também, o pessoal do Marketing. O profissional que atua nesse ramo da ciência da administração tem sido essencial nesse momento de crise. Em tempos de coronavírus, as estratégias para interagir com o público se transformaram. É preciso muita sagacidade para criar formas inteligentes e eficazes para manter – ou até mesmo reposicionar – a imagem do negócio. A Logística é outra área da administração extremamente importante nessa pandemia. Quantos hospitais e unidade de saúde ficaram desabastecidos de materiais hospitalares por falhas logísticas? Não só no Brasil, mas em vários outros países. Isso revelou o quanto esse setor ainda é negligenciado e o quanto é essencial investir em gestão profissional em logística para garantir as entregas no prazo correto. Com o crescimento das compras virtuais, as lojas físicas que ainda não tinham um e-commerce viram se obrigadas a migrarem para vendas por meio de aplicativos, sites e outras plataformas para manter o negócio. Quem vai organizar separação, o transporte e a entrega do produto? A Logística! O pessoal das finanças também está em uma intensa batalha. Com recursos escassos, é preciso ser muito auspicioso para alocar o dinheiro disponível de forma correta para evitar um colapso financeiro da organização. O momento é austeridade, mas saiba que o gestor financeiro aposta no corte de gastos no presente para garantir a prosperidade no futuro. São decisões difíceis, mas só um gestor profissional com visão técnica e racional será capaz de administrar. Em meio a essa pandemia, não podemos nos esquecer dos brilhantes profissionais de administração envolvidos na gestão da Saúde e na gestão hospitalar. Enquanto os médicos estão dedicados com a vida do paciente, esses gestores dedicam-se ao trabalho intenso de manter o pleno funcionamento do hospital. A Administração é uma profissão de múltiplas competências. É o administrador quem vai pensar no planejamento estratégico da organização, traçará estratégias a curto, médio e longos prazos, gerenciará recursos financeiros e humanos, fará controle e entrega de materiais, entre outros. É a falta de gestão profissional que tem causado a morte de muitas empresas e basta analisar a pesquisa feita pelo Conselho Federal de Administração para comprovar essa constatação: 52,1% dos empregadores não desenvolvem qualquer metodologia de gestão de riscos em seu negócio. Empresas que não se planejarem estão mais vulneráveis a amargarem consequências terríveis com essa crise. Por isso, ressaltamos mais uma vez a necessidade da gestão profissional. Certa vez, um administrador disse que assim como não existe futuro sem planejamento, não existe organização sem administração. E a história prova que mesmo em momentos de crises as organizações com um bom sistema de gestão conseguiram superar suas dificuldades. Por isso, queremos enaltecer os e as profissionais da Administração que estão fazendo a diferença nessa pandemia. E aproveitamos para convocá-los para participarem da campanha “Administrador e Empreendedor: unidos no fortalecimento dos negócios”, que visa oferecer consultorias gratuitas em várias áreas da Administração para empreendedores. O apoio dos administradores será essencial para reerguer a economia do nosso país. O sentimento é de união e solidariedade. Segundo a alta-comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e o alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, a Covid-19 é uma doença que testa não só os sistemas de saúde, mas também a capacidade do ser humano em trabalhar juntos para superar um desafio comum. Aos profissionais da administração, a nossa eterna gratidão pelo excelente trabalho que tem realizado para garantir a vida de muitas empresas e organizações. Sabemos que, na nossa profissão, é difícil desacelerar. Mas esse distanciamento das ruas nos tem proporcionado momentos únicos em família e tem nos motivado a estudar, a buscar novos conhecimentos. Há quem diga que, daqui uns dez a quinze anos, nos lembraremos de 2020 com muita dor e pesar. Mas, para as crianças, esse ano será recordado com muita saudade do tempo em que o papai e a mamãe ficaram mais tempo em casa criando brincadeiras e assando bolos de chocolate. Pensem nisso! Parabéns, profissionais da Administração! A sua dedicação faz toda a diferença nessa crise! Adm. Mauro Kreuz Presidente do Conselho Federal de Administração Adm. Rogério Ramos Vice-presidente do Conselho Federal de Administração
Brasil: um país sem projeto estratégico de nação

Adm. Mauro Kreuz Neste momento, milhões de brasileiros e cidadãos de todo o mundo assistem aos noticiários preocupados não apenas com as implicações no campo da saúde, mas também com o futuro da economia. No atual cenário, nunca a administração foi tão necessária: seja para enfrentar problemas relacionados à gestão hospitalar e sanitária, como no âmbito das soluções para sobrevivência de negócios e geração de emprego e renda. A crise econômica — antes já existente, porém agora mais agravada pelo novo coronavírus — fez a sociedade brasileira deparar-se com uma realidade outrora ignorada pela população e autoridades públicas. A gestão do erário e a maneira como parte da população brasileira vem lidando com suas contas, a alta inadimplência é exemplo disso, trazem à tona séculos de má-gestão pública e privada. Falta ao Brasil um projeto estratégico de nação. Além de analisar friamente os cenários e ambientes, ele parte do pressuposto de que as organizações precisam ter o mínimo de musculatura econômica para enfrentar as crises em geral. O novo coronavírus deixou o mundo de joelhos; mas trouxe lições sobre prioridades e sobre a necessidade de haver um plano de contingência, perante um problema da envergadura de uma pandemia. Antes de a doença entrar nas agendas dos noticiários brasileiros, discutia-se maneiras de aumentar a competitividade no exterior e diminuir o desemprego, embora pouco tenha sido feito — com eficácia, eficiência e efetividade — para obter o sucesso esperado. O país ainda enfrenta dificuldades em adentrar o cenário da Indústria 4.0, enquanto o mundo já fala, e está, na Revolução 5.0. A inteligência artificial, fruto da Quarta Revolução Industrial, inegavelmente veio para ficar e não há como lutar contra a realidade, mas, sim, integrar-se e fazer parte dela. Diante do contexto atual, a RBA edição 135 tem trazido realidades díspares: tal como a nova maneira utilizada pelos setores de gestão de pessoas, que utilizam a inteligência artificial na aquisição de novos colaboradores. Ao mesmo tempo, mostra que até mesmo até o Supremo Tribunal Federal (STF) — sim, o setor público — já utiliza softwares robôs para executar processos de trabalhos, antes realizados por pessoas. Já no setor privado, próximo do que acontece na esfera pública, existe, contudo, falta de iniciativa em investir no gargalo, que poderia tornar-se a solução: tanto para a geração de emprego e renda como, também, lucro. A logística reversa é case de sucesso em todo o mundo e recurso de inúmeras possibilidades, por implementar de modo reverso a coleta do que antes fora descartado e pelo potencial de melhorar a qualidade de vida e preservar o meio ambiente. Na indústria criativa do Brasil, preciosas oportunidades são perdidas ao não registrar corretamente as patentes de produtos e marcas. O tema é desconhecido pela maioria das pessoas que deseja inventar ou criar algo novo no Brasil. Mesmo no século 21, o potencial das incubadoras é ignorado ou desconhecido como instituições fomentadoras de desenvolvimento e riqueza para as nações. Elas são responsáveis por dar o pontapé inicial em projetos que poderiam ter morrido ou ter sido apenas uma boa ideia que não fora concretizada. Alguns dos principais negócios inovadores da atualidade passam pelas startups. Na prática, são pequenas empresas em fase inicial, cuja falta de estímulo financeiro, conhecimento e preparo as teriam feito morrer nos primeiros anos de existência, ou sequer existido por falta de planejamento. A RBA tem trazido temas estratégicos para o desenvolvimento do Brasil, não apenas nesta edição, mas sempre que é publicada. Ela é fruto do trabalho do Sistema CFA/CRAs, que tem como objetivo levar informação de qualidade e educação para os profissionais da Administração, registrados, de todo o país. Mesmo tendo modificado de modo repentino as suas rotinas de trabalho, em razão da pandemia de Covid-19, todos os colaboradores e conselheiros do CFA continuam a produzir incessantemente. A convicção em fazer um país mais seguro, por meio da fiscalização, e mostrar à sociedade a importância das carreiras da administração são nosso foco e nossa missão. Adm. Mauro Kreuz Presidente do Conselho Federal de Administração (CFA)
CRA-PR apoia Dia Internacional do Coaching
CRA-PR apoia Dia Internacional do Coaching No dia 06 de maio é comemorado o Dia Internacional de Coaching e a ICF Brasil participa dessa celebração, oferecendo sessões online e gratuitas para pré-inscritos. A iniciativa busca ampliar o acesso às sessões de coaching para que mais pessoas conheçam e entendam o valor desta técnica. O CRA-PR apoio esta iniciativa. Qualquer pessoa que queira receber uma sessão de coaching nesse dia poderá se inscrever até o dia 02/05 (sábado), através desse link: https://, bit.ly/QueroCoachICF. A sessão se dará com associados e/ou credenciados da ICF. A oferta de sessões é por ordem de inscrição então não deixe para última hora se você deseja receber uma sessão de coaching. A ICF Brasil entrará em contato por e-mail para informações sobre o seu agendamento.
1º de Maio – Dia do Trabalhador Parabéns

Que profissional você será no mundo pós-pandemia?

O Dia do Trabalhador, celebrado no dia 1º de maio, será diferente em 2020. O Brasil e o mundo ainda enfrentam a pandemia do novo coronavírus. O isolamento e o distanciamento social continuam sendo as medidas mais usadas para evitar a mitigação da Covid-19. Quem precisa sair de casa, deve usar máscaras e o álcool gel virou acessório indispensável para todos os cidadãos. Mais de quarenta dias depois, os governadores de alguns estados brasileiros estudam formas para retomar as atividades que estão suspensas. Entretanto, o fato é que nada será como antes. Quem torce para que a vida volte ao normal precisa se acostumar: o mundo não voltará a ser o que era. Essa realidade afeta, sobretudo, a vida dos trabalhadores. Hoje, muitos profissionais amargam as duras realidades que a pandemia trouxe: desemprego, falência, crise econômica. Por outro lado, estamos acompanhando a volta por cima de muitos segmentos. É a criatividade entrando em cena para driblar os efeitos do coronavírus na economia. A tecnologia tem sido fundamental para esse tempo de crise. Exemplos não faltam, mas não podemos deixar de citar a absurda expansão do serviço de entrega de comidas por meio de aplicativos e o ensino a distância, que possibilitou a alunos de todos os níveis de ensino a continuar suas atividades acadêmicas sem maiores prejuízos. Quem ainda era resistente ao uso de tecnologia, precisou se render. Foi preciso aprender a aprender, estudar para se adaptar. Isso trouxe novas relações de trabalho. Algumas mudanças já eram previstas, mas provavelmente o mundo ainda não estava pronto para elas. Foi preciso surgir um vírus minúsculo para acelerar o futuro e trazer a tona todas essas transformações. Vamos ter que nos adequar a uma nova economia e o trabalho remoto, que era uma coisa improvável para muitos setores, passa a fazer parte da nova ordem. O home office já era uma prática real muito antes da crise, mas boa parte das organizações brasileiras ainda eram resistente por duvidarem da capacidade de autogerenciamento de seus colaboradores. Então veio a pandemia e de repente nos vimos em casa, fazendo reuniões por aplicativos, despachando demandas por vídeo chamadas e usando todas as formas de tecnologia para manter a produtividade. Segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), o número de empresas que pretendem adotar o home office após a crise do novo coronavírus deve crescer 30%. Claro que nem todos os setores poderão funcionar de forma remota, mas a pandemia mostrou que é possível, sim, trabalhar em casa sem perder a produtividade. Isso só foi possível por causa da tecnologia, que passa a ser um ativo da empresa. É a Revolução 5.0 batendo na nossa porta para dizer que é possível, sim, homens e máquinas trabalharem em conjunto de forma a garantir o crescimento econômico, porém sustentável e sem esquecer das questões sociais. As empresas pós-crise serão digitais e centradas em inteligência artificial. Os profissionais da Administração terão que se adaptar a essa sociedade disruptiva. Como gestores e líderes, teremos a missão de garantir que a criatividade e as nossas habilidades trabalhem com a inteligência artificial, mas sem perder valores humanos fundamentais. Teremos que usar essas tecnologias para diminuir as desigualdades, inclusive no campo do trabalho. Teremos muitas mudanças no curto, médio e longo prazo. Por isso, é impossível voltarmos à normalidade. Ainda não sabemos qual será o “novo normal” da sociedade. Mas, sem dúvidas, precisamos voltar melhor do que antes. Precisamos repensar a nossa postura como cidadãos, empregados e empregadores terão que ter empatia para estabelecer novas relações laborais. Para este Dia do Trabalhador atípico, a mensagem é: a crise vai passar. Mas precisamos mudar a forma como vemos o mundo do trabalho e a sociedade. Sejam criativos, resilientes e confiantes. A sua postura em meio a crise é que vai definir que profissional você será no pós-pandemia. Parabéns a todos e todas e vamos em frente! Adm. Mauro Kreuz Presidente do Conselho Federal de Administração Adm. Rogério Ramos Vice-presidente do Conselho Federal de Administração
Pós Covid-19: Economia, educação, relacionamentos, vida. O que vai mudar?

Pós Covid-19: Economia, educação, relacionamentos, vida. O que vai mudar? Embora ainda não tenhamos chegado ao pico desta crise sanitária, de certa maneira estamos nos acostumando como um cenário de incertezas. E surge a pergunta: como será o mundo pós-pandemia? Não vou aqui descrever como cada um, cada setor está se adaptando à este momento. Publicamos diariamente histórias de superação, adaptação e medo.Vou me deter num processo mais especulativo, buscando olhar um pouco mais a frente, num arriscado exercício de fazer previsões. Para isso conto com a gentil colaboração das empresárias Greide Cáceres e Kátia Burko.Em âmbito local, como aponta Greidi, muitos empresários estão se reinventando, por sobrevivência mesmo. “Empresários e empresárias, eu acredito, vão mudar para melhor, aprender novas formas de vender e se posicionar. Ter uma rotina diferente”, disse a empresária. Para a líder do grupo Mulheres Empreendedoras de Guarapuava, as mudanças vêm tanto no campo pessoal como empresarial. “Começa o momento de ser mais “humano”, pensar no próximo, rever valores. Ao mesmo tempo, temos de ser criativos, melhorar o produto, entregar de forma diferente o serviço para continuar o negócio”, reflete Greidi.Já para Kátia Burko, as mudanças vão ter impacto bem diferente, dependendo da condição social, educacional e intelectual de cada um. ““Eu creio que alguns vão mudar de forma radical. Irão alterar a forma como enxergam a vida e os seus negócios. Outras pessoas vão passar batidas por tudo isso. Os empresários perceberam que não existe uma verdadeira segurança. Mesmo quem tem caixa, tem planejamento, terá de se reformular. Estamos saindo da nossa zona de conforto, já que nada é sólido e nem podemos nos isolar em nosso setor, de alguma forma seremos afetados”, analisa Kátia. A empresária pondera que pessoalmente, as duas maiores lições que aprendeu com a crise até agora são sobre a mídia e o efeito China. “A grande mídia tem feito um papel pouco confiável nesta crise. Politizou a pandemia em nome de seus próprios interesses. Eu não confio em quase nada que vejo na televisão. Também creio que haverá uma mudança na forma como os países negociam com a China. Como não é uma democracia, seu papel em tudo isso é nebuloso. Penso que temos que voltar a valorizar os setores estratégicos em nome da segurança nacional”, salienta Kátia.No Brasil, embora tenha havido muita politização da pandemia, pelo menos por enquanto, arrisco dizer que estamos enfrentando este momento de maneira corajosa. Percebe-se que mudanças que levariam décadas, estão sendo implementadas meio no susto. É o caso das tecnologias e os investimentos em saúde. O recém anunciado plano Pró Brasil (apelidado de Plano Marshall pelos empresários), pode trazer algum alento para a economia. Mas traz junto o enorme desafio de fiscalizar e controlar um grande número de obras públicas. E especialmente manter afastada a corrupção. Outra face positiva tem sido o voluntariado, muita gente boa deixando de apenas criticar e compartilhar fake news para se engajar e ajudar o próximo.A pandemia tem sido apontada por especialistas e historiadores como o advento que marca verdadeiramente o fim do século 20. Assim como o século 19 só terminou depois da Segunda Guerra Mundial, é a experiência humana que constrói o tempo. E que experiência.Se o coronavírus será um acelerador de futuros só o tempo dirá. Algumas tendências contudo, já podem ser apontadas: revisão de crenças e valores; repensar os hábitos de consumo; consolidação da Educação à Distância; redução da aglomeração; novos modelos de negócios de alimentação; shows e lives, com ainda mais tecnologia, vieram para ficar; trabalho à distância vai se fortalecer; vendas online se manterão aquecidas; busca por cursos que fazem repensar os propósitos de vida, além de cursos online de capacitação profissional serão intensificados.Por fim devemos ter consciência de que os efeitos da pandemia devem durar quase dois anos, pois a Organização Mundial de Saúde calcula que sejam necessários pelo menos 18 meses para haver uma vacina. Isso significa que os países devem alternar períodos de abertura e isolamento durante esse tempo. Então ainda é cedo para avaliar como ficam as atividades de lazer, viagens, cultura, gastronomia e entretenimento. Tempus arduis. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”
020/2020 – 18/2020/Disp
Número PAC: 020/2020 Nr do Contrato: 18/2020/Disp Data do Contrato: 024/04/2020 Objeto: Licenças do antivírus. Vencedor: LVR Informação e Tecnologia Ltda. CNPJ:06.939.949/0001-38 Valor R$:1.820,00 Vigência: 20/05/2021 Contrato: Diário Oficial: DO_Pac 020_2020 NFe.: Situação do Contrato: ATIVO
O poder da empatia na vida e no trabalho

Essa é uma competência emocional essencial para criar um clima organizacional de maior compreensão e colaboração Tem um vídeo circulando no WhatsApp que resume bem a importância de colocar-se no lugar do outro. Ele mostra um menino chegando atrasado na escola. Quando entra na sala de aula, a criança é duramente repreendida pelo professor com um tapa de régua nas mãos. A cena repete-se por vários dias. Porém, o professor vê o menino a caminho da escola. Na ocasião, ele empurra uma pessoa na cadeira de rodas e a deixa em outra escola. Em seguida, sai correndo. O professor, óbvio, fica consternado ao perceber que os atrasos diários do menino acontecem por uma razão muito forte. O menino, tímido, estende a mão para receber a palmatória. Mas, dessa vez, ao invés de receber o castigo, ele ganha um abraço. O vídeo propõe uma reflexão importantíssima para os tempos atuais: como anda a sua empatia? Quem tem essa habilidade comportamental consegue compreender as pessoas como elas são, com seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. “É respeitar o outro e sua realidade, desprovido de julgamentos e preconceitos. Em resumo, refere-se à capacidade de se colocar no lugar do outro”, descreve a psicóloga Paloma Souza. Adm. Cláudia Stadtlober é diretora de Formação Profissional do CFA. Para a diretora de Formação Profissional do Conselho Federal de Administração (CFA), Cláudia Stadtlober, essa é uma habilidade essencial no mundo do trabalho. “Para nós, administradores e administradoras, a empatia permite que a gente desenvolva a liderança de equipe, de incentivo ao grupo e dessa forma a gente consegue formar um time onde realmente as pessoas se sintam parte de alguma coisa com propósito maior”, diz. A diretora afirma que a empatia é uma habilidade que pode ser construída e trabalhada dentro da empresa. Nesse caso, um exercício é líderes e liderados colocar-se no lugar do outro. E ela aconselha os profissionais de administração a terem paciência e a aprender a ouvir o próximo. “Se Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, é pra gente escutar mais e, nesse momento de escuta, a gente percebe o outro, entende as suas angústias, as suas necessidades. Isso traz uma riqueza de conhecimento e de desenvolvimento gigantesca”, explica a administradora. Empatia na crise Em meio a pandemia da Covid-19, a empatia tem ganhado muita relevância. Claudia também é professora e comentou que é importante essa sensibilidade entre docentes e alunos. Mas lembra que a empatia vale para todos segmentos: na gestão, no comércio, entre outros “Não está sendo fácil para ninguém. É a primeira vez que passamos por isso e precisamos, sim, fazer esse exercício da empatia. A gente vai ter que se reinventar e ser fortes”, afirmou Cláudia. 4 passos para desenvolver a empatia Psicóloga Paloma Souza (CRP 01/20524) A psicóloga Paloma Souza explica que a empatia deve deve ser aperfeiçoada durante toda a vida. “Como tudo que queremos desenvolver, requer vontade, treino e dedicação. É possível treinar essa capacidade no cotidiano, com exercícios diários. Confira a seguir as dicas que ela separou: 1- Autoconhecimento Conhecer a si mesmo, seus sentimentos, emoções, motivações e comportamentos, facilita a compreensão do outro, saber o que é meu e o que é dele torna possível o entendimento do ponto de vista do outro sem julgamentos. 2 – Viva experiências diferente Coloque-se no lugar de alguém que desempenhe uma profissão diferente da sua. Um padeiro, por exemplo. Tente fazer o trabalho que essa pessoa executa e ao final da tarefa reflita: como me senti? Quanto tempo foi necessário para realizar? Quais dificuldades? Quais os benefícios? Dessa forma, é possível expandir a visão de como o outro pensa, sente e age. 3 – Ouça mais Esteja disposto a ouvir pontos de vista diferentes ao seu sobre determinados assuntos, tentando compreender a forma do outro pensar, buscar entender com a cabeça do outro. Além disso, treine conversas empáticas, com atenção ao que o outro diz, demonstrando interesse, com escuta ativa e verbalização sensível, sem julgamentos e sem desvalorizar o sentimento do outro, sabendo que somos seres únicos, cada qual com sua personalidade e com princípios diferentes. 4- Autocontrole Colocar-se no lugar do outro para tentar compreender suas atitudes e usar da comunicação assertiva para resolver conflitos. É importante salientar a importância que a habilidade empática tem para os gestores das empresas, já que podem influenciar na percepção do funcionário sobre o seu papel e seu sentimento de importância para a organização, interferindo diretamente na sua motivação e desempenho no trabalho. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
CRA-PR apoia Dia Internacional do Coaching

CRA-PR apoia Dia Internacional do Coaching No dia 06 de maio é comemorado o Dia Internacional de Coaching e a ICF Brasil participa dessa celebração, oferecendo sessões online e gratuitas para pré-inscritos. A iniciativa busca ampliar o acesso às sessões de coaching para que mais pessoas conheçam e entendam o valor desta técnica. O CRA-PR apoio esta iniciativa. Qualquer pessoa que queira receber uma sessão de coaching nesse dia poderá se inscrever até o dia 02/05 (sábado), através desse link: https://, bit.ly/QueroCoachICF. A sessão se dará com associados e/ou credenciados da ICF. A oferta de sessões é por ordem de inscrição então não deixe para última hora se você deseja receber uma sessão de coaching. A ICF Brasil entrará em contato por e-mail para informações sobre o seu agendamento.
O Administrador como agente de mudanças em meio a crise COVID-19

Por Sandro Morais de MedeirosAbril/2020 A pandemia COVID-19, trouxe diversas reflexões e insere o Administrador como principal ator no REDESENHO do cenário Econômico mais desafiador do século XXI. É preciso parcimônia, cautela e preparo para enfrentar este período de incertezas pois, estamos no olho do furacão e será necessário cada vez mais, reunir toda expertise profissional de metodologias e boas práticas vivenciadas para manter o controle da situação e sair da crise. Ser empresário no Brasil é sinônimo de resistência e resiliência, mas isso não garante ou nos diploma para resistirmos em tempos difíceis, que nos colocam diante do paradoxo entre atender as autoridades de saúde e salvar os negócios. A crise afeta diretamente as MPEs por serem sensíveis no entendimento do fluxo de caixa e o efetivo de liquidez. O momento é factível a criar mecanismos e estratégias propicias a descontruir para construir e oportunizar significativas e substanciais técnicas de gestão para os negócios, a palavra de ordem neste momento é NEGOCIAR. Confira abaixo, oito dicas importantes para o desenvolvimento dos negócios: Criar comitê de risco; Redesenhar planejamento transitório, redefinir metas e objetivos, otimizar processos para o período de crise; Estancar todos os passivos, negociando com as instituições financeiras, fornecedores e outros; Minimizar a insegurança jurídica ao optar pela suspensão de empregados; Utilizar estrutura mínima de funcionários para atender a demanda de clientes; Atentar para as oportunidades que a crise oferta, um novo olhar para dentro do negócio; Cuidado ao pedir empréstimos e comprometer o fluxo financeiro após crise pandêmica; Atentar para as informações veiculadas oriundas de fontes seguras. Neste momento, tanto quanto os profissionais da saúde, os administradores atuam como agentes de mudanças para garantir a solvência dos negócios, o equilíbrio entre ações corretivas e a implementação de novas técnicas de gestão, assegura que na linha tênue entre o sucesso e o fracasso dos negócios, apenas o sucesso seja evidenciado com inciativas que possam fazer a diferença no aquecimento da economia brasileira. Obrigado por ler esse artigo! Sandro Morais de Medeiros é Administrador (CRA-PR N°14717), Especialista em Gestão de Pessoas, Mestre em Administração, Professor Universitário e Diretor Nacional da Megaquality Brasil, empresa do ramo de Consultoria que possuí entre seus clientes o Ministério da Defesa, Casa da Moeda, Itaipu Binacional, Eletrobrás, Banco de Brasília e várias outras empresas em todo o território nacional. Contato: sandro@megaqualitybrasil.com.br “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”
Ser flexível é o segredo para superar momentos de crise

Passe de profissionais resilientes está cada vez mais valorizado no mercado de trabalho. Na crise, a resiliência é condição essencial Em meio a essa pandemia do coronavírus, você certamente ouviu algum especialista falando sobre resiliência. Nas lives que o Conselho Federal de Administração (CFA) tem realizado, por exemplo, a maioria dos administradores mencionou essa palavra. Mas, afinal, o que ela quer dizer e por que ela tem sido usada e citada neste contexto de crise mundial? A resiliência é um conceito que nasceu na física. Um dos primeiros a usar o termo foi o cientista inglês Thomas Young, em 1807, quando ele estudava relação entre a tensão e a deformação de barras metálicas. Na ciência física, portanto, a resiliência é a capacidade que um material tem de voltar para seu estado normal após ser tensionado. Aline Guarienti (CRP 01/17564) Mas o que isso tem a ver com o comportamento humano? Tudo! Para a psicóloga Aline Guarienti, a resiliência é a capacidade que o indivíduo tem de sobreviver diante de situações adversas. “Em situações que nos tornam vulneráveis – estresse ou crise por exemplo-, a pessoa resiliente é capaz de usar seus próprios recursos para enfrentá-las, se adaptar e superá-las”, explica. Não é à toa, portanto, que a resiliência é uma das soft skills – termo usado para definir habilidades comportamentais – mais valorizadas no mercado de trabalho. O vice-diretor de Administração e Finanças do Conselho Regional de Administração de Goiás (CRA-GO), Valdinei Valério, lembra uma conversa que teve com a empresária Luíza Helena Trajano. Na ocasião, ela falou que contratava pessoas por conhecimentos técnicos. Porém, 95% desses profissionais eram desligados da empresa em um curto tempo por falhas e falta de um comportamento adequado. Por isso, a líder da rede Magazine Luíza passou a contratar por habilidades e competências comportamentais. “Eles mudaram a forma de buscar profissionais no mercado e aí está uma razão fundamental pelo qual a resiliência é importante, pois o mercado já não contrata mais somente por habilidades técnicas”, disse. Ser ou não ser Será que eu sou uma pessoa resiliente? Aline explica que a resiliência emocional e física é algo inato. Ou seja, nasce com a pessoa. “Por natureza, alguns indivíduos se mostram menos incomodados quando existe a necessidade de mudanças e são capazes de lidar melhor com as ‘pancadas’”, comenta Aline. Mas, calma! A psicóloga adianta que é possível, sim, construir essa habilidade. “Algumas pessoas conseguem desenvolver a resiliência tendo como referência com alguém próximo que tem essa qualidade. Já outras desenvolvem enfrentando os problemas e dando o melhor de si quando se trata de resolvê-los”, explica. Adm. Valdinei Valério é vice-diretor de Administração e Finanças do CRA-GO Para os profissionais de administração, a resiliência é uma competência fundamental. “Ele tem que desenvolver essa habilidade porque, sobretudo, este profissional lida com pessoas e problemas o tempo todo e a resiliência é necessária para tomar as melhores decisões. Para esses profissionais, meu conselho é: busquem orientação e conhecimento. Mais do que buscar, exercitem todas as técnicas que podem levar ao desenvolvimento desta habilidade.”, recomenda o administrador Valdinei. Contudo, é preciso ter cuidado com excesso. Ser muito resiliente no trabalho pode ter o efeito contrário: a pessoa fica muito resistente a ponto de ficar insensível e não perceber relações abusivas no ambiente de trabalho. Aline conta que, como tudo na vida, a resiliência também tem o seu lado ruim. “Tudo deve ser dosado com equilíbrio. O mais importante é você saber quando sua resiliência pode estar afetando de modo negativo suas relações que podem levar até síndromes mais agudas com relação a poder e aceitação, e o que era para ser uma defesa acaba se tornando uma doença”, alerta a psicóloga. Para superar a crise A crise não é novidade no Brasil. O país vive altos e baixos na política e economia há alguns anos. Contudo, o momento atual é diferente, pois a crise agora é mundial. Para os empreendedores, a situação tem exigido criatividade para permanecer no mercado. Segundo Valdinei, nessa crise a resiliência é condição sine qua non da permanência como profissional ou como empresa. “Essa pandemia vai separar os resilientes dos não resilientes. Aqueles que têm a capacidade de sobreviver e se adaptar profissionalmente. Esse é um momento em que a resiliência se torna o principal instrumento de permanência, de novas conquistas e de adaptação. Não há outra coisa.”, defende o administrador. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Qual a melhor estratégia para mitigar a disseminação da Covid-19?

Nos últimos dias, o presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu o isolamento vertical — separar idosos, pessoas doentes ou com suspeita de infecção — como forma de combater a doença. Com isso, segundo ele, o grupo não teria risco de contrair a Covid-19. Caso a modalidade vertical fosse empregada no País, instituições educacionais e empresas, em geral, poderiam normalizar seus funcionamentos. O método, no entanto, ignora que há pessoas que não se consideram, ou não sabem, que fazem parte do grupo de risco, e outras que desconhecem serem portadores de qualquer tipo de enfermidade – o que não reduziria o contágio. Já o isolamento horizontal, adotado no Brasil, prevê o afastamento máximo entre pessoas, a fim de conter a propagação do vírus. Deste modo, com a redução do contato físico e presencial, os infectados com o tempo se recuperariam, e o vírus sairia de circulação. O Brasil adotou a modalidade horizontal, em razão do fracasso de países como Reino Unido e Holanda, que adotaram o isolamento vertical. A modalidade vertical foi abandonada na Europa, em virtude do rápido crescimento no número de infectados que causaram colapsos nos sistemas de saúde dos dois países. A previsão de grande impacto econômico, causado pela suspensão das atividades de trabalho, fez com que países europeus atrasassem a decisão de adotar o isolamento horizontal. No entanto, após verificarem também os resultados obtidos na Itália – que no início adotou a parcialidade do confinamento – eles recuaram e mudaram a decisão. O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro ministro de Portugal, António Costa, defendiam escolas abertas, até o início de março, mas ao perceberem os resultados negativos da medida recuaram da ideia. Atualmente, Macron e Costa defendem o isolamento horizontal. O vírus De acordo com a doutora em Medicina Epidemiológica e professora da UFRGS, Mariur Gomes Beghetto, o Covid-19 é uma doença provocada pelo vírus SARS-CoV2 (Coronavírus). Os sintomas, segundo a pesquisadora, aparecem por volta do quinto dia após o contágio, e o quadro clínico apresenta síndrome gripal (forte gripe), com manifestações de febre, tosse e dificuldade de respirar nos casos mais graves. Também são associados à doença sintomas como dor no corpo, congestão e corrimento nasais; além de dor na garganta, náusea, vômitos e diarreia. Existem, ainda, casos de problemas gastrointestinais e, em sua forma mais grave, os pacientes apresentam quadro de linfopenia — espécie de pneumonia, detectado apenas em exames de imagens do tórax. De acordo com a pesquisadora, quando comparados a outras viroses respiratórias que provocam síndrome gripal, os sintomas clínicos da Covid-19 são difíceis de serem diferenciados. Ela explica que há tendência de que a febre diminua em 3 ou 4 dias — nos casos de viroses causadas por influenzas (gripes em geral) —, mas na Covid-19 a temperatura pode aumentar, ou a febre pode surgir mesmo quando não era um sintoma presente. A Covid-19 possui letalidade de grau médio (se as pessoas não tiverem problemas de saúde), mas tem capacidade alta de disseminação. Estima-se que cada contaminado transmita o vírus, em média, a pelo menos três pessoas. Ele próprio pode não apresentar os sintomas (assintomático), mas contaminar indistintamente outras pessoas e essas, por sua vez, transmitem o vírus aos seus conhecidos, causando o efeito “espiral ascendente”. Segundo Mariur, cerca de 85% do contaminados pelo novo Coronavírus apresentarão uma forma mais branda da doença, sem demandar recursos adicionais dos sistemas de saúde. No entanto, os demais (15%) deverão requerer recursos diagnósticos (exames) e terapêuticos (tratamentos) em âmbito hospitalar, sendo que 5% destes necessitarão de terapia intensiva. “Considerando os limites atuais da rede de atenção à saúde no Brasil, onde há maior demanda do que a capacidade de resposta, o real perigo da doença está em chegarmos em um contexto no qual os profissionais de saúde podem ter de vir a fazer escolhas, já que não haverá recursos para todos”, conclui. Veja a primeira parte da matéria na edição 135 da revista RBA {revistarba.org.br} Por Leon Santos
O Fim ou o Recomeço do Profissional da Administração?

O Fim ou o Recomeço do Profissional da Administração? Por Wagner Rodrigo Weber O título deste breve artigo nos remete ao livro O Futuro da Administração escrito por Gary Hamel no ano de 2007. Na época o autor apresentava ao mundo uma nova forma de pensar e agir em relação aos fatores determinantes que estimulariam o sucesso de longo prazo das organizações, onde a excelência operacional teria que dar espaço à novas maneiras de reunir talentos, distribuir recursos e formular estratégias. Basicamente o modelo centrado em controle e eficiência não seria mais suficiente em um mundo em que a adaptabilidade e a criatividade impulsionariam o sucesso empresarial. Na época a proposta deste renomado autor incomodou muitos gestores e profissionais da administração que ainda permaneciam crentes em modelos de gestão que haviam sido adequados em épocas passadas, que resistiam em aderir práticas de gestão anticonvencionais e principalmente em acreditar no potencial que a web teria para destruir práticas antigas de gestão e de negócios. Passados estes anos, pode-se verificar que a proposta apresentada na época pelo autor acabou se tornando realidade no mundo atual. Mas será que Gary Hamel é um gênio ou um vidente capaz de enxergar e prever o futuro? Talvez o mais adequado seja acreditar que ele é um ser humano como outro qualquer, porém diferenciado pela sua capacidade e competência em analisar e interpretar as diversas variáveis que compõe o AMBIENTE em que as diversas organizações no mundo estão inseridas. Pode ser que neste tempo de isolamento social você possa ter ouvido algumas pessoas afirmando que “o mundo não será mais o mesmo após a pandemia do COVID-19, teremos que nos reinventar.” Mas ao observar um pouco a história pode-se afirmar de que o mundo nunca foi o mesmo desde o princípio da nossa existência. O curso do nosso ciclo existencial vive em um pleno processo de constante movimento e mudança, criando desta forma um AMBIENTE onde prevalece a IMPERMANÊNCIA. Isso se reflete diretamente nas organizações e seria muita ingenuidade por parte dos gestores e executivos acreditarem num ambiente de negócios com poucas oscilações e mudanças das variáveis que o compõe. Nunca foi assim, não está sendo e nunca será. A impermanência também impera sobre o mundo dos negócios e os profissionais da Administração possuem um papel fundamental para conduzir as organizações neste cenário de alta complexidade e competitividade. Estar preparado para tomar as decisões adequadas frente às constantes alterações do ambiente em que as organizações estão inseridas, sem dúvida, é o grande desafio. Cabe aos profissionais da Administração assumirem esta responsabilidade e colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação acadêmica e da sua experiência profissional. Desta forma, se alguém tem dúvidas de que o profissional da Administração é relevante para o atual contexto das organizações, fica o desafio: experimente conduzir uma organização ignorando a experiência e as competências deste profissional. Nunca foi tão importante dominar os princípios e as aplicações da Administração Financeira, Marketing, Logística, Operações, Gestão de Pessoas, Empreendedorismo, Tecnologia e Gestão da Informação, Direito, Contabilidade, Negócios Internacionais e tantos outros temas transversais aos currículos acadêmicos responsáveis pela formação e o contínuo desenvolvimento dos profissionais da Administração. As crises continuarão a existir e provavelmente serão cada vez mais constantes e profundas, ou seja, não dá para ignorar esta realidade. Logo, cabe sim às organizações o respeito e a valorização tão necessária aos profissionais da Administração que, por sua vez, possuem o dever de promover o desenvolvimento destas instituições, tornando-as cada vez mais robustas, ágeis e preparadas para se adaptarem no tempo e na forma certa frente às variáveis do ambiente de cada negócio. Quanto à provocação realizada no título deste artigo sobre o fim ou o recomeço do Profissional da Administração, talvez a resposta mais apropriada seja a CONTINUIDADE, valorizando e respeitando a história desta maravilhosa profissão, que continuará sendo determinante para o desenvolvimento sustentável do mundo em que vivemos. Desta maneira, precisamos sempre aprender com as experiências do passado, com a cabeça nas estrelas olhando para o futuro, mas com os pés no chão transformando o presente. Obrigado por ler esse artigo! Wagner Rodrigo Weber, Administrador, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Mestre em Organizações e Desenvolvimento em Sustentabilidade Sócio Econômica. Professor Universitário e Consultor nas áreas de Gestão Estratégica e Performance Empresarial. Delegado do CRA-PR na Seccional Curitiba. Contato: wagnerweber@yahoo.com.br “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”
Aumente sua empregabilidade com atitudes simples, mas que fazem a diferença na carreira

O coronavírus trouxe para o país um clima tenso não só para área da saúde, mas também para a economia. A situação afetou todos os ambientes de trabalho, seja de forma direta ou indireta. Além disso, o sentimento de incertezas veio carregado de muitas inseguranças com relação a manutenção dos empregos. Para afastar de vez esse receio do coração de tantos profissionais, o Conselho Federal de Administração (CFA) conversou com um especialista em treinamento, desenvolvimento e educação corporativa. Para o consultor e CEO da Newman Educação Corporativa, Mozart Júnior, esse é o momento para fortalecer a inteligência emocional. “Busque por informações positivas, trate de assuntos interessantes com pessoas otimistas”, sugere, ressaltando que o tempo pede empatia. “Tenha compaixão, respeito e misericórdia. Estamos no mesmo barco. É hora de remar juntos”, disse. Confira as cinco dicas que o especialista preparou. Mantenha-se atualizado e aprenda algo novo Aristóteles já dizia “Com a informação eu adquiro conhecimento, e com conhecimento, faço com liberdade o que outros fazem tomados pelo medo”. Este é o momento em que muitas carreiras estão sendo ressignificadas, portanto, a busca por uma atualização constante o tornará mais capaz de resolver problemas e trazer novas soluções para a organização. Trinta minutos de aprendizado por dia é excelente, seja assistindo um vídeo, webinar, podcasts ou audiobooks. Centralize suas anotações e insights em um local único. Um commonplace book (físico ou digital) é um lugar onde você deposita todos os aprendizados importantes durante seu processo de conhecimento. Você pode utilizar um Google Drive ou então aplicativos como Pocket ou Evernote. Faça uma pequena entrega semanal Todas as semanas, produza algum conhecimento sobre seu trabalho e atividade, ainda que seja muito simples. Compartilhe com seus colegas de trabalho e até mesmo clientes atuais ou potenciais. Manter-se vivo na lembrança da sua rede é importante. Sua generosidade com certeza será reconhecida e trará novas oportunidades de trabalho. Se for o caso, faça uma entrega gratuita, ajude quem está precisando. Mantenha sua rede viva Neste momento de isolamento social, as soluções de videoconferência estão em destaque. Que tal agendar um encontro com sua equipe, parceiros e clientes para tratar de assuntos diferenciados? Gere valor para sua teia de contatos e veja o movimento acontecendo. Não digo necessariamente fazer lives, mas construírem um novo entendimento sobre o que está acontecendo e como essa rede pode se ajudar. Utilize-se de conversas nutritivas que tragam novos entendimentos para fazer algo diferente e melhor no trabalho Encontre-se com um mentor semanalmente Encontrar-se com alguém que é sua referência pode ampliar o comprometimento em relação aos seus objetivos. Pode ser uma pessoa que te apoie na realização de seus objetivos por meio de conversas nutritivas periódicas. Sempre que nos comprometemos com alguém, as chances de alcançar o que queremos aumenta. Com isso você constrói autodisciplina e reforça sua persistência. Você pode fazer isso por diversos canais, seja um e-mail, videoconferência, telefone ou no melhor canal que seja bom para ambas as partes. Pratique e fortaleça sua inteligência emocional Em tempos de afastamento social, muitas pessoas encontram dificuldades para lidar com essa realidade e se sentem (talvez) improdutivas. Para além do que a mídia nos mostra, busque por informações positivas, trate de assuntos interessantes com pessoas otimistas, ouça músicas e assista vídeos que te deixem pra cima, além, é claro, de fazer uma boa meditação ao acordar e dormir. Só a prática da respiração já te ajuda muito! Aplicativos como ZEN e CÍNGULO têm sido boas ferramentas neste momento. Calibrar sua inteligência emocional te deixará mais disposto para a empresa resolver os problemas de forma criativa e eficiente. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA
Erpa Sul é pausado por causa da pandemia mundial

ERPA Sul é adiado para 2021 Por conta da pandemia mundial do novo coronoavírus, o Conselho Federal de Administração (CFA) e os Conselhos Regionais de Administração do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul decidiram adiar a realização do Encontro Regional de Profissionais da Administração (Erpa) da região Sul. O evento aconteceria, de 5 a 6 de junho de 2020, em Foz do Iguaçu (PR) e agora foi adiado para 2021, ainda sem data definida. Voltado para profissionais de administração de diversos países, o ERPA Sul vai reunir em sua próxima edição palestrantes renomados nas áreas de gestão, inovação e sustentabilidade. O evento tem a expectativa de reunir em 2021 mais de 800 participantes. Surto mundial No Brasil, o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil aumenta a cada dia. Na China e na Itália, o vírus já matou milhares de pessoas. O Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é transmitido pelo ar (por saliva, catarro e gotículas expelidas pela boca) e por contato físico e superfícies não higienizadas. Pela facilidade de transmissão, as aulas em praticamente todos os estados brasileiros foram suspensas. Vários órgãos públicos já funcionam em regime de teletrabalho e servidores que fizeram viagem para o exterior recentemente estão sendo monitorados. Para evitar contato com o vírus, é recomendado evitar locais com aglomeração de pessoas e higienizar mãos e objetos, como celular, com frequência. Além disso, recomenda-se o uso de máscara em coletivos como metrô e ônibus. Assessoria de Comunicação CRA-PR
Webinar: Impactos e Oportunidades da Gestão da Saúde e das Inovações na Crise

CFA lança campanha para fortalecer negócios em tempo de crise

Iniciativa visa conectar pequenos empreendedores com profissionais de administração. O objetivo é oferecer consultorias gratuitas para quem precisa O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro. Mais de 40 dias depois, o país registrou, até o momento, pouco mais de 22 mil infectados e 1.236 mortes. Ainda sem uma vacina ou tratamento específico, a única forma de conter o rápido avanço do vírus é o isolamento social. Sem poder exercer suas atividades laborais, muitos profissionais e comerciantes já amargam prejuízos econômicos. O Governo Federal liberou ajuda financeira para os grupos mais prejudicados com a quarentena. Contudo, para manter a saúde do negócio é preciso mais do que dinheiro: é necessário investir em gestão profissional. Por isso, o Conselho Federal de Administração (CFA) acaba de lançar a campanha “Administrador e Empreendedor: unidos no fortalecimento dos negócios“. A proposta da ação é oferecer consultorias gratuitas em finanças, orçamento, logística, recursos humanos, marketing, tecnologia da informação e outras áreas da Administração para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPP). Para ser um consultor solidário, é preciso ser profissional de Administração registrado em CRA e preencher um cadastro no site www.cfa.org.br/MPEs. Os MEIs, MEs e EPP que querem a consultoria também precisam se cadastrar no site. Para o presidente do CFA, Mauro Kreuz, a intenção é criar uma rede de fortalecimento dos negócios. “A união dos administradores e empreendedores será essencial para reerguer a economia do nosso país”, diz. Mauro lembra, ainda, que conhecimento é fundamental para manter o empreendimento. Segundo ele, uma pesquisa feita pelo Sebrae-SP provou que a falta de planejamento e falhas na gestão são as principais causas do fechamento de empresas em seus primeiros anos de atividade. Para se ter ideia da gravidade do problema, o estudo mostrou que 55% dos empresários não elaboraram um plano de negócio antes de iniciar suas atividades. “Não basta ter suporte financeiro se não há conhecimento. A pessoa começa a empresa no escuro e as chances de perder dinheiro e o empreendimento naufragar são enormes, principalmente em tempos de crise”, justifica o presidente do CFA. Uma equipe de colaboradores do CFA analisará o cadastro dos profissionais de administração e dos empreendedores que querem participar do projeto. A partir disso, a autarquia intermediará o contato entre os consultores e os MEIs, MEs e EPP e, assim, formar uma grande rede solidária. Para saber mais, acesse: www.cfa.org.br/MPEs. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA