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Pesquisa revela os planos das empresas para a retomada das atividades

Executivos entrevistados apontam que home office, escala de trabalho e menos reuniões presenciais serão tendências para voltar ao trabalho em segurança Com a flexibilização do isolamento social, as empresas começam a estudar estratégias para retomarem suas atividades presenciais sem colocar em risco a saúde dos seus colaboradores. Mas, será que a vida laboral será a mesma depois da Covid-19? Segundo pesquisa da Robert Half, realizada com 353 executivos do Brasil, no período de 11 de maio a 3 de junho de 2020, a rotina organizacional vai mudar. Para 89% dos entrevistados, a principal mudança será permitir que o colaborador trabalhe em casa com maior frequência. Outro dado que chama atenção é que, para 62% dos executivos, houve uma mudança positiva em relação à expectativa sobre a capacidade de entrega de seus colaboradores e equipes trabalhando de forma remota durante a pandemia da Covid-19, enquanto apenas 10% notaram uma alteração negativa e outros 28% não observaram diferença. “Eu acredito que as pessoas que atuam em funções elegíveis ao trabalho remoto vão ter mais flexibilidade, principalmente enquanto ainda existir algum risco de contágio. Porém, só será possível entender se esse novo modelo de trabalho será realmente incorporado à cultura da companhia quando for possível escolher de maneira livre entre trabalhar remotamente ou não. Ou seja, quando a pandemia passar. Isso, tanto considerando a opinião do profissional quanto do empregador”, ressalta Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. Segundo a administradora e especialista em Desenvolvimento Humano, Alexsandra Leite, os gestores das organizações precisam entender que houve uma mudança estrutural na sociedade como um todo, que exige repensar e reinventar a estrutura da empresa para se adaptar. “É preciso aceitar as mudanças e embarcar nelas para poder permanecer no barco dos negócios e do mercado de trabalho”, explica. Alexsandra também acredita que uma das tendências dessa retomada das atividades nas empresas será o home office. Para ela, a prática já era tendência antes da crise, mas a pandemia acelerou esse processo de mudança. Apesar disso, ela comenta que ainda há muita resistência dos gestores, falta de conhecimento da tecnologia, entre outros. “Claro que não expressam isso desta forma, simplesmente dirão que não funciona, que nunca trabalharam assim, ou que já tentaram e não deu certo. O fato é que há resistência”, explica. A administradora afirma que as pessoas precisam se abrir para o novo e ter uma mentalidade de constante mudança e adaptação. “Esse é o segredo para o sucesso de qualquer profissional, pois a realidade é que estaremos sempre sofrendo mudanças em nossas vidas e carreira. No mundo em que vivemos hoje se acomodar é a pior atitude que uma pessoa pode ter. Sem dúvidas, a melhor forma de as pessoas se adaptarem é ter uma mentalidade voltada para o desenvolvimento e aprendizado contínuo”, comenta Alexsandra. Estudo aponta outras tendências A pesquisa da Robert Half também apontam para outras medidas que os gestores entrevistados pretendem adotar. Confira: 73% têm a intenção de realizar menos reuniões e treinamentos presenciais; 59% pretendem escalonar o horário de trabalho dos funcionários; 52% devem alterar o layout do escritório; 78% vão adotar novos protocolos de limpeza; 85% também orientação para que os funcionários usem máscaras. “A pandemia está causando diferentes impactos no mundo corporativo há três meses. A situação que estamos vivendo não é opcional e, em muitas companhias, ainda acontecem adaptações. Em algumas organizações, há atividades que não deixaram de ser presenciais em nenhum momento. Portanto, considero prematuro afirmar que os processos implantados agora serão mantidos no futuro. Mas, não tenho dúvidas de que se antes o virtual era pouco cogitado, ele passará a ter mais relevância”, pondera Mantovani. Saúde mental em foco Outra preocupação dos executivos é sobre a saúde mental e bem-estar dos colaboradores à medida que as pessoas começam a voltar para o escritório e/ou continuam a trabalhar remotamente. Para amenizar possíveis efeitos negativos, as principais iniciativas apontadas foram: uso de videoconferência para permitir que a alta administração transmita empatia e confiança aos funcionários (64%); desencorajar ou limitar horas-extras para que os colaboradores possam manter um bom gerenciamento sua vida pessoal-profissional (49%) e benefícios para a saúde física e mental como, por exemplo, bem-estar no local de trabalho, aulas de yoga, programas de mindfulness e resiliência (48%). A pesquisa ainda mapeou que 65% dos executivos usaram plataformas de comunicação e colaboração (por exemplo: Microsoft Teams, Skype, Zoom) pela primeira vez durante a pandemia da Covid-19. Os principais benefícios apontados em razão do uso dessas tecnologias foram capacidade de trabalhar de forma mais flexível/remota (90%) e melhor comunicação e colaboração entre equipes (54%). Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA Leonardo Stavale RPMA Comunicação

065/2019 – 51/2019/Disp

Número PAC:  065/2019 Nr do Contrato: 51/2019/Disp Data do Contrato:12/11/2019 Objeto:  Serviços especializados para limpeza de caixas d`agua Vencedor: Global Soluções J E LTDA CNPJ:16.650.731/0001-48 Valor R$: 570,00 Vigência:  31/12/2019 NFe:  NFe PAC 065_2019 Situação do Contrato: CONCLUÍDO

011/2020 – 10/2020

Número PAC:  011/2020 Nr do Contrato: 10/2020 Data do Contrato:  12/02/2020 Objeto:  Locação de equipamentos de sonorização e vídeo Vencedor:  Texas Áudio Visual Ltda CNPJ:  01.159.124/0001-87 Valor R$:  2.750,00 Vigência:  07/04/2020 NFes: NFe 01_PAC 011_2020 NFe 02_PAC 011_2020 NFe 03_PAC 011_2020 NFe 04_PAC 011_2020 Situação do Contrato:  CONCLUÍDO

017/2020 – 15/2020/Disp

Número PAC:  017/2020 Nr do Contrato: 15/2020/Disp Data do Contrato: 05/03/2020 Objeto:Aquisição de 03 aparelhos de Headsets Vencedor: RE9 Comércio de Telefonia e Comunicação Ltda CNPJ: 36.087.744/0001-32 Valor R$:251,82 Vigência:  30/03/2020 NFe: NFe_PAC 017_2020 Situação do Contrato:  CONCLUÍDO

CFA assume compromisso e volta a ser signatário do Pacto Global

Autarquia adota práticas organizacionais alinhadas aos dez princípios da iniciativa da ONU, sobretudo no que diz respeito à área de meio ambiente, direitos humanos e trabalho O Conselho Federal de Administração (CFA) voltou a ser signatário do Pacto Global, iniciativa da Organização das nações Unidas (ONU) que busca engajar empresas e organizações na adoção de ações voltadas ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A autarquia, por meio da comunicação de engajamento enviada no ano passado, mostrou que não só defende como também promove os 10 princípios do Pacto Global contidos na sustentabilidade corporativa nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção, e isso possibilitou o retorno do Conselho como membro signatário da iniciativa. Para o diretor de Relações Internacionais e Eventos do CFA, Gilmar Camargo, é importante para a autarquia assumir um compromisso com o Pacto Global. “Nós estamos convictos da relevância das boas práticas no ambiente de trabalho e que elas sejam condizentes com os princípios. A atual gestão compartilhada do Conselho entende que se deve dar prosseguimento, bem como reforçar a manutenção das ações organizacionais defendidas pelo Pacto”, afirmou. Por meio da Câmara de Relações Internacionais e Eventos (CRIE), o CFA participa das reuniões do ”Grupo Temático de Direitos Humanos e Trabalho” do Pacto Global. Na oportunidade, representantes de empresas e ONGs signatários apresentam cases de sucesso sobre as suas práticas consoantes aos princípios defendidos pelo Pacto. O Conselho também compartilha suas experiências. “No objetivo seis do Pacto Global, por exemplo, trata de ‘Água e Saneamento’ e, nessa ocasião, o Conselho teve a oportunidade de discorrer sobre o Sistema CFA de Governança, Planejamento e Gestão Estratégica de Serviços Municipais de Água e Esgotos (CFA-Gesae), que é uma ferramenta desenvolvida e gerenciada pela autarquia que auxilia na gestão desse setor no país”, explicou o diretor. Além disso, no grupo 11 que trata de ‘Cidades e Comunidades Sustentáveis’, o conselheiro ressaltou que foi a vez de apresentar as ações desenvolvidas a partir do Índice CFA de Governança Municipal. Outra medida que atende os objetivos do Pacto Global com foco no meio ambiente e na transparência, está a adoção do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta usada para agilizar o trâmite dos processos e a gestão documental e que está presente em quase todos os CRAs. Para saber mais sobre o Pacto Global, clique aqui. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Como o “isolamento radical” nacional está se saindo?

Por Prof. Dr. Adm. Fabrízio Meller da Silva Estamos basicamente no quarto mês de um distanciamento, com alguns “lockdowns” pelo país. Várias cidades iniciaram uma reabertura, porém estão realizando em “fases” e com gatilhos prontos para retrocesso. Logo, é bem provável que o salão da sua cabeleireira tenha reaberto, ou ainda, sua igreja e restaurante favorito reabrirá na próxima semana. Nenhum Estado é igual ao outro e nem seus municípios. O isolamento radical (lockdown) foi doloroso para mim. Até nos melhores dos cenários o nível de ansiedade duplicou, a paciência foi reduzida e, sendo sincero, brigas por coisas triviais se sucederam. Portanto, me pergunto: valeu a pena? Refleti bastante sobre isso e a resposta quase certa é um “não”. Vivenciamos três grandes ameaças que estão diretamente relacionadas – pandemia, depressão econômica e perturbações sociais. Como resultado da pandemia, foi originado o lockdown e depressão econômica, que por sua vez, contribuíram para as perturbações socais pois elevou-se o nível de stress, ansiedade, medo e depressão nas pessoas. O Lockdown reduziu a disseminação do vírus e salvou diversas vidas! Mas, as virtudes de tudo isso podem ser temporárias. O famoso “achatamento da curva” não é vacina e nunca significou reduzir o total de infecções e mortes. É uma tentativa de não sobrecarregar o sistema hospitalar. Mas, existiriam decisões melhores? Construção de hospitais temporários e locomoção de enfermeiros, médicos e outros profissionais da saúde de áreas com baixa infecção para regiões mais necessitadas, como São Paulo. Percebe-se que em pequenas cidades ou bairros de grandes municípios o vírus tem apresentado um padrão de previsibilidade, tendo um período de oito a dez semanas com um pico de cinco semanas e, posteriormente, uma diminuição gradual. Um grande perigo do lockdown é que muitas pessoas mensuraram os benefícios temporários sem calcular os custos efetivamente. Um artigo1 nos traz um indicativo de que o lockdown pode ou poderia levar à morte de muitos indivíduos, causadas pelas chamadas “mortes de desespero”: suicídio, alcoolismo, violência doméstica, overdose e outras questões médicas como câncer e ataques do coração, diabetes, entre outros, que não foram tratados devido ao medo (receio) de os pacientes irem aos hospitais. Outro artigo2 nos mostra que apenas a epidemia de crack, no Brasil, atinge dois milhões de pessoas, ou seja, mais exposição às “mortes de desespero” com o lockdown. A mortalidade relacionada ao álcool é significativamente aumentada entre homens e mulheres que perdem seus empregos3, sendo esta outra consequência do isolamento radical. Em resumo, com a quarentena e o isolamento, mais vidas foram e estão sendo perdidas do que salvas. Taxa de abuso de álcool, drogas e de suicídios dispararam. Pessoas estão impacientes e com raiva. São aspectos sérios já antes da pandemia que se tornaram mais críticos e perigosos. Somado a isso, há o intenso aumento de desempregados e bilhões de reais de perda da riqueza do país. Isso é o que acontece quando se coloca apenas médicos no comando da gestão da saúde. Da próxima vez, uma excelente ideia é inserir Administradores e alguns analistas econômicos para entrarem na “sala” e também imergirem na solução do problema. De modo global, o Gráfico 1 mostra o percentual de nações em todo o globo que estão em recessão ao mesmo tempo, desde 1870.  Verifica-se que mais de 80% dos países estavam em recessão durante a grande depressão, em 1930. Nota-se durante as grandes guerras mundiais, com algo em torno de 60%, assim como na crise de 2008 que colocou mais de 60% dos países em recessão simultaneamente. E, o isolamento e quarentenas estão levando a mais e 90% das nações em recessão. Impacto disso será terrível! Podendo nos levar para próxima fase crítica: crise alimentar! Concluindo, o isolamento adotado em nações ricas pode não ser o mais prático para os países pobres, localizados na África, Ásia e América Latina, como dito pela OMS (Organização Mundial da Saúde), por gerar ausência de alimentos para população vulnerável. Não desejamos que uma crise de saúde se amplie para uma crise alimentar. Não desejamos que nossas crianças fiquem sem sua merenda escolar diária e que seus pais fiquem sem condições adequadas de prover o sustento familiar mínimo. As famosas medidas do “#fiqueemcasa” não podem acontecer às custas dos direitos humanos. Além do isolamento, há outras medidas de saúde pública que podem ser adotadas. Equilíbrio, administração e mais gestão são requeridos neste momento. 1https://www.insidesources.com/suicides-overdoses-on-upswing-as-lockdown-drags-on/ 2https://noticias.r7.com/saude/epidemia-de-crack-atinge-dois-milhoes-e-coloca-brasil-no-topo-do-ranking-de-consumo-da-droga-29052017 3https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5054271/ Prof. Dr. Adm. Fabrízio Meller da Silva CRA-PR nº 18.580   –    fmsilva@uem.br “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Que tipo de conhecimento a pandemia te agregou?

A sexta-feira chegou junto com uma discussão provocativa para fechar a semana. O webinar Comportamento Pessoal e os Cuidados com a Saúde Pós-Pandemia, realizado hoje, reuniu três administradores para falar sobre o que muda daqui pra frente na profissão e na atenção com a saúde. Qual a sua responsabilidade enquanto pessoa diante dos desafios que a vida nos impõe? Quais as novas habilidades profissionais que serão exigidas num contexto bem mais virtual? Como tem se dado a retomada das atividades no Brasil e no mundo? Daniela Camarinha, diretora-executiva na YOU CARE; Valdir Borba, executivo em Gestão de Saúde; e Rogério Ramos, vice-presidente do Conselho Federal de Administração (CFA) foram os responsáveis pelo debate. Pontos O novo modelo de trabalho trazido pela pandemia foi abordado por Rogério Ramos que lembrou que “99% dos negócios no Brasil são realizados por Micro e Pequenos Empresários e pela nova figura do MEI (Microempreendedor Individual)”. Sobre a distância entre a formação acadêmica dos profissionais de Administração e as necessidades reais das empresas, Ramos afirmou que o CFA tem atuado junto ao Ministério da Educação (MEC) pela reformulação das bases curriculares. “A Administração evoluiu e se ampliou muito em várias vertentes”. Diante de um cenário tão incerto, a certeza é que não é possível seguir apenas pelo mesmo caminho de antes. A especialista em marketing frisou o quão necessárias são as estratégias de marketing e de branding da marca neste momento de mudanças. “A partir do momento em que uma empresa foi fundada a partir de uma essência e ela cresce mantendo essa essência, o que é um grande desafio, ela precisa traduzir o seu posicionamento de uma maneira que quando esse cliente utiliza o serviço da empresa ele encontra uma sinergia entre o que ela fala e o que ela entrega”, afirmou Daniela. Um dos pontos altos da discussão foi com relação à sociedade do cuidado, trazida por Valdir Borba. Ele analisou a atuação do setor privado x público durante a pandemia da Covid 19, na qual afirmou que apesar de o primeiro ter sido mais ágil, as informações estavam concentradas no segundo. Segundo ele o sistema de informação de Saúde Pública no Brasil precisa ser integrado. “A telemedicina será muito desenvolvida e a Inteligência Artificial já chegou na gestão. A robótica já faz parte do atendimento. Então, não são só os nossos processos, os nossos sistemas mais. Precisamos incluir também o olhar para o nosso colaborador que passa a ser cada vez mais um patrimônio muito forte”, concluiu. Perdeu o webinar? Assista aqui!  Assessoria de Comunicação CFA

Novo IGM está mais completo e com maior alcance de municípios

Entregas objetivas. Foi assim que o presidente do Conselho Federal de Administração, Mauro Kreuz, definiu o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Câmara de Gestão Pública (CGP) do Conselho Federal de Administração (CFA). Nesta quinta-feira, Kreuz fez a abertura do webinar sobre a nova versão do Índice CFA de Governança Municipal. A discussão foi voltada aos profissionais que foram formados pelos workshops de Gestão Pública da CGP. “Um Estado só dará certo se todos os seus municípios derem certo e o IGM e a atuação da CGP são exatamente para que eles sejam mais assertivos, tenham condições de estabelecer planos estratégicos mais efetivos e possam atender as suas comunidades e a sociedade de maneira geral”, afirmou o líder da autarquia. O diretor da CGP, Fábio Macêdo, iniciou explicando os pilares da governança pública e como o IGM ajuda efetivamente os gestores municipais. A ferramenta, que atualmente conta com 12 indicadores e 30 variáveis, funciona a partir de três dimensões: Finanças, Gestão e Desempenho. Ele lembrou que uma das variáveis do IGM diz respeito a compras públicas no cumprimento da Lei Complementar 123, que estabelece normas gerais relativas às microempresas e empresas de pequeno porte. Assunto que gera demandas frequentes do setor privado à Câmara do CFA. Para contribuir com o diagnóstico do município, o IGM agora traz uma análise histórica dos últimos quatro anos de gestão, sendo possível analisar, a partir de dados locais, as boas práticas e os gargalos a serem solucionados. Atualmente a versão 2.0 da ferramenta abrange 5.569 municípios, com separação por clusters para agrupar e tornar o diagnóstico dos dados mais real. “Nós temos um nicho do mercado fora do normal, um nicho de oportunidades que nós podemos nos apropriar enquanto profissionais da Administração junto à gestão pública dos municípios para fazermos um trabalho diferenciado”, disse Macedo. O coordenador da CGP, Rodrigo Moura, comentou detalhes das principais atualizações. Entre as novidades da versão de 2020, está o acréscimo dos indicadores Saneamento e Meio Ambiente e Vulnerabilidade Social e das variáveis Taxa de Cobertura de Creche; IDEB 9 ano; Mortes no Trânsito e Tratamento de Esgoto. A nova metodologia também leva em consideração os outliers ou pontos fora da curva que são aqueles dados que se diferem de forma acentuada em relação ao grupo. Os dados atualizados já estão no acesso exclusivo e gratuito aos profissionais de Administração e às empresas registradas nos CRAs (igm.cfa.org.br), como a divisão por regiões. A previsão de lançamento para o público externo é na primeira quinzena de agosto. “Esta ferramenta vai facilitar o diagnóstico dos profissionais de Administração que queiram fazer uma análise pela região, microrregião, mesorregião e com isso apresentar aos prefeitos e autoridades as potencialidades do IGM para aprimorar as políticas públicas”, explicou Rodrigo Neves. Os administradores também falaram do Guia para a Imprensa 2020 que visa colaborar com os jornalistas nas eleições municipais deste ano, a partir de dados, para elevar a qualidade do debate entre os candidatos e incentivar a participação da população no processo eleitoral. Assista à íntegra aqui. Elisa Ventura Assessoria de Comunicação CFA

018/2020 – 16/2020/Disp

Número PAC:  018/2020 Nr do Contrato: 16/2020/Disp Data do Contrato: 11/03/2020 Objeto: Compra de doses de vacinas Vencedor:  Clinica Vacinemais CNPJ:  21.207.186/0001-24 Valor R$: 1.200,00 Vigência:  12/05/2020 Contrato:  Diário Oficial:  NFe:  NFe_PAC 018_2020 Situação do Contrato:  CONCLUÍDO

Seu futuro emprego pode estar na Economia Criativa

Segundo estudo, cresce busca por profissionais digitais, inovadores O mercado de trabalho mudará, mas muita gente ainda não percebeu isso. Segundo estudo realizado pela Dell Technologies, e conduzido pelo Institute for the Future, 85% das profissões que serão praticadas em 2030 ainda não foram inventadas. Longe de ser futurologia, especulação ou mero palpite, a pesquisa baseou-se em fenômenos que já vêm acontecendo, tais como mudanças no mercado de consumo, inovações tecnológicas atuais — geradas, sobretudo, pela indústria 4.0 — e transformações socioeconômicas, ocorridas em diferentes países do mundo. Isso significa que seu filho provavelmente trabalhará em algo que ainda não existe, mas estará ligado à Economia Criativa. O conceito é novo e emergiu no final do século 20. A Economia Criativa é um conjunto de empreendimentos que se baseiam no tripé que inclui capital intelectual, cultural e criatividade. O segmento já é responsável por cerca de 3% do PIB mundial (cerca de US$ 2,25 trilhões em receita), de acordo com relatório de 2015, da ‘Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco)’ e da consultoria EY. No Brasil, o setor deverá ter crescimento de 4,6% até 2021, segundo dados da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). O valor é acima da média mundial para o setor — estimado em 4,2%. A previsão é de que a Economia Criativa gere 30 milhões de empregos em todo o mundo, e 850 mil vagas no Brasil, o que movimenta R$ 155 bilhões em território nacional. “Podemos compreendê-la como um tipo de economia que tira proveito da abundância de tecnologia, para gerar valor e utilizar conhecimento nos processos de serviços. Ela aproveita a abundância de tecnologia de conexão — de tudo que a gente tem hoje de ‘parafernalha’ tecnológica —, para juntar informação, conhecimento e alterar os processos”, explica o coordenador do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel/ ICB LAB), Antônio Marcos Alberti. Ele esclarece que o setor agrega ainda mais valor, em virtude da popularização da internet e da computação, que trazem facilidades que antes não existiam. “Hoje, ela está muito mais dinâmica, mais escalável e globalmente exponencial”, afirma. Clique, aqui, e leia a matéria completa na RBA 136. Elisa Ventura e Leon Santos Assessoria de  Comunicação CFA

Começou o período de registro de chapas

A primeira fase das Eleições do Sistema CFA/CRAs já começou com o recebimento, nos Conselhos Regionais de Administração (CRAs), dos pedidos de registro de chapas. Os profissionais de Administração que desejam concorrer a uma vaga de conselheiro regional ou conselheiro federal pelo seu estado terão até o dia 4 de agosto para fazerem a inscrição de suas candidaturas. Findo esse prazo, as Comissões Permanentes Eleitorais dos Regionais (CPEs/CRAs) vão analisar os pedidos de registros de chapas. Não havendo nenhuma irregularidade, as Comissões farão a validação da elegibilidade dos candidatos para que, no dia 14 de agosto, enviem à Comissão Permanente Eleitoral do CFA as remessas da documentação das chapas apresentadas. Após esse procedimento, a CPE/CFA fará o registro das candidaturas que cumprirem as exigências eleitorais. Entre os requisitos para ser candidato estão: ser profissional de Administração – administrador e tecnólogo – com dois anos, no mínimo, de registro profissional em CRA e estar em dia com as obrigações no Regional. As Eleições do Sistema CFA/CRAs acontecerão, via internet, no dia 28 de outubro de 2020. Esta será a sétima eleição que acontecerá em ambiente totalmente virtual. Todo o sistema para a votação on-line passa por auditoria a fim de garantir segurança e transparência e, por isso, a autarquia tem sido referência para diversos órgãos que querem implementar esse modelo de eleições. Podem votar os profissionais de Administração registrados e que estiverem adimplentes, em pleno gozo de seus direitos e integrando o Colégio Eleitoral constituído até o dia definido no Calendário Eleitoral. O CFA ressalta a importância da participação de todos. Por isso, a necessidade de manter os dados atualizados para que o Regional forme o Colégio Eleitoral. É por meio desse cadastro que o CFA envia, por e-mail ou SMS, as orientações sobre as eleições. Para atualizar os dados, os profissionais precisam entrar em contato com o CRA. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA http://cfa.org.br/institucional/institucional-eleicoes-cfacras/

O seu maior capital é você!

Autor: Adm. Márcio Nakayama Miura. Pós-Doutor em Administração, Professor do curso de Administração e do Mestrado Profissional da UNIOESTE. Delegado Regional do CRA-PR – Seccional de Cascavel. Quanto tempo você tem reservado para atividades que vão trazer benefícios para sua formação profissional? Não se desespere ao constatar que esta é uma prioridade que muitas vezes só aparece na sua agenda em situações específicas. O que geralmente observo é que no mundo acadêmico muitos alunos, buscam o aprendizado quando são recompensados (Vai valer nota? Vale como carga horária? Isso vai cair na prova?) e no profissional quando é tirado de sua zona de conforto (fui demitido, não consigo achar emprego, não passei no concurso). Há alguns anos, acompanhando um treinamento de um grande e famoso banco, em uma cidade próxima, que estava modificando sua estrutura e imagem, os funcionários após o expediente tinham que ficar dentro da agência para terem esse “treinamento”. Lembro-me de filhos de funcionários brincando e andando entre as mesas, porque que não tinham lugar onde as pudessem ou quisessem deixá-las, funcionários desmotivados e não sabendo bem porque estavam no banco após o expediente… para eles era mais um daqueles treinamentos obrigatórios e sem objetivos… Lembro ainda do gerente conversando (ou dando palpites, acho que seria o melhor termo) com o facilitador, dizendo que ele deveria contar mais piadas e deixar mais “motivacional”, não entendendo que o objetivo da capacitação era para explicar as novas diretrizes e a imagem que o banco deveria passar aos clientes, pois se as mudanças não acontecessem, apesar da estabilidade, eles não teriam como melhorar profissionalmente… muito poucos compreenderam a importância do evento e se capacitaram como deveriam… os outros apenas estavam lá para cumprir mais uma determinação da chefia regional… faltou comunicação e liderança da gerência para avisá-los e motivá-los. Pelo lado acadêmico, teve aquela palestra da área de gestão e empreendedorismo que um ex-aluno comentou tempos depois, que o motivou a abrir a própria empresa, a mesma palestra que muitos dos seus colegas nem compareceram ou não prestaram atenção na mensagem ou pior ainda , ssinaram a lista de presença e foram embora… Diante dessas situações e vendo o resultado dos que não aproveitaram as oportunidades, o que posso constatar é que você será o seu próprio capital. Não vale usar as melhores desculpas para deixar de investir no seu aprimoramento profissional. Você não está sozinho na batalha, entre a falta de tempo e a necessidade cada vez maior de saber mais e mais. Está mais do que na hora de conciliar aprendizado e o trabalho. Seminários, palestras, cursos rápidos de atualização, viagens e porque não conversas com pessoas mais experientes ou que tenham sucesso em sua áreas de atuação. Lembre-se que pessoas com esse perfil não se incomodariam em compartilhar informações e geralmente não querem agradecimentos, certamente ficariam felizes com o seu sucesso, pois talvez tenham contribuído para tal. Cada pessoa tem que encontrar uma receita de auto-aprimoramento, segundo suas próprias necessidades e aspirações… para os gerentes e empresários, jamais abandonar aquela preocupação do início da carreira e dos negócios, quando tomavam decisões com informações que muitas vezes não tinham como validá-las, mas que utilizando-se dos conhecimentos adquiridos na prática foram suficientes para aqueles momentos de decisão… hoje talvez não seja o melhor modelo de gestão.  E para os acadêmicos, lembrá-los que quase toda a informação sobre qualquer coisa, hoje está disponível on line, mas o importante é saber extrair a qualidade de uma infinita quantidade de informações disponíveis na web que nem sempre são verídicas… É lógico que com o desenvolvimento das tecnologias de informação torna-se mais fácil achar o que se procura, mas decidir pelo primeiro resultado da busca no navegador da internet, nem sempre é o mais adequado e um diferencial para a tomada de decisão. Pior ainda é deixar a opinião de um algoritmo decidir sobre o que é certo e o que é errado sem ter checado a fonte, em tempos de fake news, isso poderá ser um dos grandes desafios das novas gerações. Os profissionais administradores devem saber que não aprenderam tudo e que nunca é tarde para se aprimorar e que mesmo que tenha tido tempo ou não, um homem será ele mesmo, o seu maior capital. “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Conselho Pleno do CNE aprova as novas diretrizes do curso de Administração

Na manhã desta sexta-feira, 10, o Conselho Pleno do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC) aprovou o texto das novas Diretrizes Nacionais Curriculares (DCNs) dos cursos de bacharelado em Administração. A comissão, composta por conselheiros do CNE e membros do Conselho Federal de Administração (CFA) e Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad), trabalhou em conjunto para aprimorar a Resolução CNE/CES n.º 4/2005. Com a validação do novo texto, as Instituições de Ensino Superior (IES) terão até três anos para se adaptarem às novas regras, a contar da publicação das DCNs. Segundo o presidente do CFA, Mauro Kreuz, atualmente o Brasil tem formado profissionais que, na média, têm frustrado enormemente os empregadores. Com as novas diretrizes, a sua expectativa é de que elas ajudarão os cursos a evoluírem na qualidade formativa dos egressos dos cursos de Administração. “Nós temos um compromisso em formar quadros em Administração que, na média, sejam bem mais superiores do que se observa hoje. Espero que essas DCNs, sejam indutoras para que, efetivamente, os cursos de Administração possam entregar para a sociedade e o setor produtivo profissionais com competências profissionais em Administração mais sólidas”, diz. Entre os destaques da nova DCN estão a formação por competências e a prática profissional obrigatória e supervisionada , a fim de promover o alinhamento da teoria com a realidade laboral do futuro administrador. “A expectativa do Sistema CFA/CRAs é elaborar um material dos conselhos, com as novas diretrizes, com o objetivo de orientar essas IES e ajudá-las a se readequarem para este futuro que a gente quer para os cursos de administração”, explicou a diretora de Formação Profissional do CFA, Cláudia Stadlober. O presidente da Câmara de Educação Superior, professor Antonio Freitas Junior, agradeceu o trabalho da comissão, em especial a colaboração do CFA e da Angrad. “Todos juntos trabalharam muito para a conclusão desse documento que norteia a educação de quase um milhão de estudantes no Brasil, incluindo, cursos de graduação, tecnológicos, presenciais e a distância”, afirmou Freitas. O relator da comissão foi o conselheiro do CNE, professor Antonio Carbonari Netto. O texto foi, aprovado por unanimidade e agora segue para revisão no CNE. Em sequência,  irá para o gabinete do ministro da Educação para então ser homologado no Diário Oficial. A Comissão Especial do CFA para Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração foi coordenado pela diretora de Formação Profissional da autarquia, Cláudia Stadtlober. Ele foi composto, ainda, pela presidente do CRA-BA, Tânia Maria da Cunha Dias; pelo presidente do CRA-MA, José Samuel de Miranda Melo Júnior; pelo presidente do CRA-PR, Sergio Pereira Lobo; pelo presidente do CRA-DF, Udenir de Oliveira Silva; e pelo presidente do CRA-RJ, Wallace de Souza Vieira. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Inovação é uma questão de sobrevivência para as companhias

Inovação é uma questão de sobrevivência para as companhias Henrique Domakoski atualmente é superintendente geral de Inovação do Estado do Paraná e já foi vice-presidente de Novos Negócios da Associação Comercial do Paraná. Graduado em Administração de Empresas pela FAE e em Direito pela Faculdade Curitiba e pelo MIT Sloan School of Management, foi o fundador do maior brechó online do Brasil, o Troc. Nesta entrevista, ele fala sobre o ambiente inovador do Paraná e das necessidades dos profissionais e empresas que querem sobreviver neste mercado competitivo. CONFIRA: O  que é inovação em um ambiente empresarial? Inovação por essência é qualquer coisa que você venha a fazer, seja processo, produto ou serviço, que traga uma melhoria ou benefício para o seu consumidor. Seja aumento de receita, no caso de companhias, ou no caso da qualidade do serviço prestado para o consumidor ou na redução de custo para economia da empresa. Tem esse ganho atrelado nessa nova forma de executar a ação. E que ela pode ser de uma maneira incremental ou disruptiva. O que você considera “inovador” na área de Administração hoje em dia? Para entregar processo ou produto inovador, para que isso seja perceptível na ponta, da forma mais rápida e menos custosa possível, existe uma série de metodologias ágeis e modernas que permitem isso. Muitas delas ficaram consolidadas já nas startups, e hoje são aplicadas em organizações. A maioria delas passa por um ciclo de construção de produtos, o que antigamente se demorava muito tempo, investia-se muito, hoje é feito de maneira mais rápida, prototipando, testando, validando com seu cliente final e isso permite com que se tenha um resultado na ponta de maneira mais ágil e mais barata. Como estão as empresas no Paraná nesse quesito? Quais os pontos a melhorar? O Paraná vem se destacando no cenário nacional no que tange a inovação. Falamos desde a inovação disruptiva, com novas startups, mas também de empresas tradicionais que têm se reinventado e inovado em todo o seu processo. E o grande desafio para que isso aconteça, principalmente, é a questão do mindset. É você principalmente aceitar o erro, saber que errar faz parte do processo. Com um erro controlado, para que você aprenda com ele e com ciclos rápidos possa corrigir e cada vez criar produtos e serviços melhores para o consumidor final. Quais são os desafios e oportunidades para os administradores em se tratando de inovação? A inovação deixou há tempos de ser um diferencial competitivo para ser quase uma questão de sobrevivência. Esse é um desafio e as empresas têm que incorporar isso e adotar cada vez mais esse mindset inovador, metodologias ágeis, errar e corrigir rápido. Uma prática que tem sido adotada e muito bem-sucedida por muitas corporações é a inovação aberta, que é você se aproximar de startups para que elas possam auxiliá-lo a resolver seus desafios; porque dificilmente uma empresa vai ter todos os skills, desde pessoas, recursos financeiros, etc. Por isso, essa aproximação é fundamental para que você possa inovar na velocidade em que o mercado exige. Há um perfil de uma pessoa inovadora? E o administrador inovador? O que mais deve ser agregado a ele? Em relação à inovação muito se confunde a pessoa inovadora com aquela pessoa indisciplinada, que sempre busca caminhos diferentes para tudo. Mas não, a inovação é em relação a um processo, que tem metodologia, que ajuda você a encontrar soluções inovadoras. Mas por natureza eu acho que tem que existir um inconformismo, principalmente pela pessoa que lidera a inovação; inconformismo de que sempre há formas de melhorar o que está acontecendo. E, além disso, olhando para fora da companhia, é preciso ser uma pessoa antenada, próxima da inovação, vendo o que tem sido criado não só no Brasil, mas no mundo naquele mercado, para que isso possa ser absorvido dentro da própria empresa. Acredito que esse perfil é fundamental para quem lidera o processo de inovação dentro da companhia. Porém, lembro também que é uma ciência, que existe muita metodologia por trás, e não simplesmente ações isoladas que vão tornar uma empresa inovadora. Você tem algumas dicas ou orientações para que os administradores possam ser mais inovadores nas suas funções? A grande dica é que aquele administrador que achar que as coisas vão continuar sendo como sempre foram, ele está fadado ao insucesso. A pandemia nos mostra isso, é um antecipador de futuros, as tendências que iam acontecer nos próximos anos estão acontecendo em meses ou semanas. Muitos negócios vão acabar e muitos outros vão nascer, muitos serão reinventados e acho que este tEm que ser o mindset constante do administrador a partir de então. Sempre pensar que existem formas melhores de fazer aquele produto ou serviço que está sendo prestado, sempre ficar atento para o que está acontecendo no mundo, nos ecossistemas de inovação, porque certamente tem alguém pensando naquela solução, e muitas vezes se você não consegue fazer dentro de casa, aproxime-se de quem já está fazendo muito bem. Acho que tem muito esta questão do ‘coopetition’; você cooperar com os teus competidores porque o mundo vai exigir cada vez mais inovação e as companhias que irão sobreviver serão as que estiverem alinhadas com isso.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Administrar o futuro inicia-se no presente  Muito se tem falado acerca do novo normal, esse cenário futuro de novas formas de vida e de relacionamentos pessoais e profissionais. É certo que muitas coisas irão mudar – algumas para sempre – mas neste momento é cedo para analisarmos com clareza tudo que será uma realidade em um futuro próximo. No entanto, mesmo em panoramas incertos, a Administração se mostra uma ciência fundamental para que as organizações passem pelas turbulências com mais segurança. Procedimentos estratégicos como um bom planejamento, análise de riscos, otimização de recursos, inovação, gestão de pessoas, entre outras, são requisitos básicos para a sustentabilidade de empresas privadas ou instituições públicas, especialmente em cenários de incerteza. E aqui surge uma excelente oportunidade para os profissionais de gestão dizerem presente! Podemos antecipar uma demanda crescente de profissionais em diversos ramos da Administração. Seja na área de consultoria, pela necessidade de orientações de estruturação de novos negócios para profissionais que perderam seus empregos e irão se lançar aos seus próprios negócios, seja atuando em empresas que precisam inovar em seus serviços e produtos, e também é possível vislumbrar um novo horizonte para profissionais de RH, com a adoção crescente do trabalho remoto. O CRA-PR já vinha atuando fortemente na capacitação de nossos profissionais e vamos incentivar ainda mais esse processo, apoiando o desenvolvimento dos Administradores e, consequentemente, das empresas e instituições do Paraná.

Com medo de perder emprego, profissionais vão em busca de novas oportunidades

Desemprego em alta e cenário de incertezas motivam colaboradores qualificados a irem atrás de outros desafios. Mas será que é o momento para mudar de time? E o que a empresa pode fazer para não perder talentos? A pandemia do novo coronavírus continua trazendo grandes problemas para a sociedade. Além dos riscos para a saúde, a doença causou o desemprego de muitas pessoas. No Brasil, entre maio e junho, dois milhões de brasileiros perderam o emprego. O levantamento é da PNAD Covid-19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é feita em parceria com o Ministério da Saúde. Para se ter ideia do impacto, a população desempregada no início de maio era de 10 milhões e, na segunda semana de junho, já estava em quase 12 milhões. O receio de entrar nessas estatísticas tem motivado 41% dos profissionais qualificados e empregados, com 25 anos ou mais e com formação superior, a buscar novas oportunidades no mercado de trabalho. Os dados fazem parte da 12ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que também indica mudança na confiança do mercado, em decorrência das incertezas e inseguranças causadas pela crise do novo coronavírus. O ICRH consolidado para a situação atual caiu de 37,5 para 25,2, enquanto para a situação futura (próximos seis meses) passou de 56,7 para 44,2, pouco abaixo do campo otimista. Mario Custodio, diretor de recrutamento da Robert Half. (Foto: Marcelo Pereira/M11 Photos) “É natural que, em meio a um cenário de incertezas, muitos profissionais empregados busquem novas oportunidades por receio de perderem seus postos de trabalho. No entanto, é fundamental uma análise realista do panorama e agir com planejamento. É preciso ter clareza sobre os pontos de insatisfação como: perspectiva de carreira, qualidade de vida, relação com o chefe ou pares, remuneração, benefícios, cultura corporativa e distância entre a casa e o trabalho para não tomar uma decisão motivada apenas por desespero”, pontua Mario Custodio, diretor de recrutamento da Robert Half. O conselheiro regional e coordenador da Comissão Especial de Recursos Humanos do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ), Reinaldo Faissal, diz que todo mundo, literalmente, encontra-se no mesmo momento de incerteza. “Idas e vindas nas possibilidades de retorno às atividades, parcial ou total, têm sido frequentes”, afirma. Para aqueles que estão em busca de novos desafios, Faissal aconselha: “Considerem as mudanças que certamente ocorrerão no segmento que lhes desperta o interesse. Isso inclui tanto a capacidade de uma empresa se adaptar frente às mudanças, como a sua expertise em inovação e operação de forma sustentável”, orienta. Adm. Reinaldo Faissal (CRA-RJ) Ele reforça, ainda, que outro ponto a considerar é o alinhamento entre as características exigidas pela posição que almeja e suas competências, sendo estas constituídas pelo conhecimento que já adquiriu, as habilidades que possui e as atitudes que utiliza, além da necessidade de responsabilizar-se pelo autodesenvolvimento. “O sucesso não é garantido, mas certamente que com esses passos o risco estará minimizado”, conta o administrador. Como reter talento em tempo de crise? Nesse cenário de incertezas, perder profissionais qualificados para a concorrência pode ser ruim para a organização. Mas, então, como manter esse colaborador engajado na equipe?  Segundo o diretor adjunto e conselheiro regional do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES), Hermano Mattos de Souza, muitas já sucumbiram e outras sequer possuem garantia de sobrevivência. “As que puderem, devem proporcionar todas as condições possíveis para reter aqueles que serão indispensáveis no processo de retomada normal das atividades. Afinal, eles possuem profundos conhecimentos dos processos internos e poderão enxergar o melhor caminho para a recuperação, em curto espaço de tempo”, orienta. Adm. Hermano Mattos de Souza (CRA-ES) Faissal reforça a importância da lealdade da organização com empregados, clientes, fornecedores, acionistas, instituições públicas e a sociedade. As ações e atitudes dos líderes, segundo ele, representam a melhor medida para que qualquer empregado avalie o quanto lhe é compensador “mergulhar de cabeça” naquela empresa. Para o conselheiro do CRA-RJ, o bom exemplo é peça essencial para obtenção do comprometimento. “A confiança é base para criação e manutenção de relacionamentos duradouros, portanto, deverá ser conquistada por intermédio da tomada de decisão e execução de ações, das mais simples às mais complexas, em consonância aos valores e princípios apregoados. Pelo princípio da reciprocidade a lealdade demonstrada será convertida em comprometimento e consequente bom desempenho”, diz. Aos gestores, a missão é compreender os objetivos dos colaboradores e tentar alinhá-los com os interesses da organização. Hermano explica que a interdependência entre ambos é inevitável. “Para serem alinhados, o único caminho existente é a negociação transparente, com elevado grau de confiança entre as partes. É o momento em que todos devem reconhecer que novos métodos de trabalho exigirão posturas mais condizentes com a nova realidade. Nada será como antes, mas, em uma organização, as partes jamais poderão possuir objetivos divergentes, sob pena de amargarem resultados desfavoráveis”, avalia do administrador do CRA-ES. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação  CFA

010/2020 – 09/2020/Disp

Número PAC: 010/2020 Nr do Contrato:  09/2020/Disp Data do Contrato: 10/03/2020 Objeto: Contratação do palestrante Jorge Augusto Gutirre Pona para ministrar o Curso de Perícia Judicial e Extrajudicial, na cidade de Curitiba, nos dias 27 e 28/03/2020 e 25 e 26/09/2020. Vencedor:Atta Consultores Associados CNPJ:10.443.630/0001-94 Valor R$:6.712,00 Vigência: 10/03/2021 Contrato: Diário Oficial:  Situação do Contrato: SUSPENSO

003/2020 – 03/2020/Disp

Número PAC: 003/2020 Nr do Contrato:  03/2020/Disp Data do Contrato: 14/01/2020 Objeto: Locação de equipamentos de sonorização e vídeo para o Curso de Capacitação e de Formação de Multiplicadores de Empresas Vencedor: Texas Áudio Visual Ltda CNPJ: 01.159.124/0001-87 Valor R$: 2.200,00 Vigência: 24/01/2020 Contrato: Diário Oficial:  Situação do Contrato: CONCLUÍDO

008/2020 – 07/2020/Disp

Número PAC: 008/2020 Nr do Contrato: 07/2020/Disp Data do Contrato: 11/02/2020 Objeto: Compra de cartolinas tamanho A4, 180 g, porta canetas,organizadores de mesa e pilhas palito Vencedor:Contabilista Suprimentos para Escritório CNPJ:77.765.840/0001-70 Valor R$: 5.723,30 Vigência: 25/07/2020 Contrato:  Diário Oficial:  NFe.: NFe_PAC 008_2020 Situação do Contrato: CONCLUÍDO

025/2020 – 23/2020/Disp

Número PAC: 025/2020 Nr do Contrato: 23/2020/Disp Data do Contrato: 18/06/2020 Objeto: Aquisição de material de higiêne e limpeza, para atender as necessidades do CRA-PR Vencedor: Rosemar Eduvirgem Muniz CNPJ: 05.134.822/0001-89 Valor R$:9.132,81 Vigência:12/07/2020 Contrato:  Diário Oficial:  NFe.: NFe_PAC 025_2020 Situação do Contrato: CONCLUÍDO

Aonde (não) está o papel do Administrador na Inovação?

Autor Adm. Izoulet L. M. Cortes Filho  (izoulet@yahoo.com.br)* Frequentemente pergunta-se qual e onde está o papel do Administrador na inovação. Para uma ideia mais clara é importante olhar para o que é a inovação: Fazer-se algo novo ou substancialmente melhorado, em favor da competitividade, a qual pode acontecer em diversas esferas e níveis, nos negócios, na sociedade, no governo, nos ambientes de negócios, nos territórios. Portanto a inovação pode ser entendida como um meio para a busca de competitividade e diferenciação, acompanhada de resultado e com método. A inovação pode ter diferentes contornos, sendo de natureza tecnológica ou mesmo social, entre outras possibilidades. Schumpeter, dos primeiros e principais autores da inovação, já defendia o seu uso como vantagem estratégica para os empresários. A inovação não é necessariamente linear, isso é, não obrigatoriamente precisa cumprir sequencialmente as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), porém a sua jornada contempla alguns ingredientes: Novas necessidades que liguem demandas do mercado com a geração de ideias, conectando-se com atividades de P&D, produção e comercialização no qual, em última instância, representa a conexão entre o estado da arte da técnica com as demandas do mercado. Para que exista devem ser observados os aspectos da organização, da produção e da comercialização. Olhando a inovação tecnológica, em especial, essa presume estabelecer relações, detectar oportunidades, promover a melhoria técnica e explorar vantagens competitivas, ou seja, observar processos, padrões, oportunidades de mercado – em que o marketing faz-se presente, inclusive com Kotler auxiliando no senso de posição. Porter trouxe a competitividade: As 5 forças, estratégia e vantagem competitiva, vantagem comparativa e a cadeia de valor. Inovação e a administração compartilham ferramentas em comum, como o Canvas de Osterwalder. A inovação precisa ser gerenciada, controlada, estabelecida e mensurada – inclusive em termos de custos ou mesmo de tributos se executada dentro de programas de políticas de benefício e incentivos até mesmo de natureza fiscal. Possui manuais internacionais específicos, com contribuição da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico: Oslo (Inovação), Frascati (P&D), Canberra (Gestão de RH). Autor de referência da Administração, Peter Drucker, precisa ser mais explorado no vínculo com inovação. Nele o empreendedorismo é peça central na sobrevivência e no crescimento. Nele encontra-se a peça fundamental da articulação ligando Administrador e Inovação: “Inovação é a ferramenta específica dos empreendedores, o meio pelo qual exploram as mudanças como oportunidades para um negócio ou serviço diferente”. Considerou a Inovação como uma disciplina e, no conjunto da relação entre áreas, autores e teorias, pode-se rever o papel da Administração como Ciência, o que poderia ser melhor explorado. Para que a Inovação ocorra, várias profissões são necessárias, mas cabe ao Administrador combinar todos os ingredientes em favor de gerar valor na empresa, a peça central transformadora da sociedade moderna – e da essência capitalista. O Administrador tem um papel vital para implementação e sucesso da competitividade e a gestão da inovação é elemento-chave para isso que ocorra. Ambas estão estreitamente ligadas. Além da inovação ser uma disciplina da Administração, a ela conecta-se em várias dimensões e tem a capacidade de evidenciá-la como ciência. Adm. Izoulet L. M. Cortes Filho Administrador de Empresas, com Habilitação em Comércio Exterior. Pós-graduado em Política, Estratégia e Planejamento. Mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia. Membro do Comitê de Gestão da Inovação e Tecnologia do CRA-PR izoulet@yahoo.com.br “O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”

Administradoras discutem ações para promover o protagonismo das mulheres no Sistema CFA/CRAs

As profissionais de Administração do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração (CFA/CRAs) se reuniram nesta quarta-feira, 1º de julho, para compartilhar experiências e planejar futuras ações do CRA Mulher. O evento foi virtual e promoveu o encontro de lideranças femininas dos Regionais de todo o Brasil. Único homem presente na reunião, o diretor da Câmara de Relações Internacionais e Eventos do CFA (CRIE), Gilmar Camargo, destacou a importância do protagonismo das mulheres no Sistema CFA/CRAs e ressaltou que, em razão da pandemia e de limitações orçamentárias, muitos projetos da autarquia foram pausados, entre eles o Encontro Brasileiro de Administração (Enbra). “Nossa intenção era realizar o terceiro Fórum das Profissionais de Administração paralelo ao Enbra. Ele aconteceria em outubro deste ano, mas acatamos um pedido do CRA-BA e adiamos o Encontro para 2021”, explicou. Ele ressaltou, ainda, que a CRIE realizou várias reuniões antes da pandemia para reforçar, entre os CRAs, a importância de se atentar para as propostas que foram apresentadas nos Fóruns das Profissionais de Administração já realizados. A conselheira federal pelo estado do Rio Grande do Norte, Ione Salem, fez uma breve retrospectiva dos eventos voltados para as profissionais de Administração e destacou que, durante o XVI Fórum Internacional de Administração, as mulheres do Sistema CFA/CRAs se reuniram para a segunda fase do II Fórum das Profissionais de Administração. Nesse encontro, realizado em 2019, Ione comentou que elas elaboram a “Carta de Palmas”, que contempla as ações que seriam realizadas em 2020. Das 47 sugestões, elas priorizaram as que estão voltadas para o empreendedorismo, o mercado de trabalho e o empoderamento da mulher. Uma das propostas é a criação do “CRA Mulher” em todos sos Regionais do país. Experiências positivas Durante a reunião, elas compartilharam as ações que estão desenvolvendo em seus estados para promover o protagonismo feminino por meio do “CRA Mulher”. A administradora e presidente do CRA-BA, falou da experiência na Bahia e ressaltou que o próximo Fórum acontecerá na mesma semana do Enbra, mas fora da programação do Encontro, para que todas possam aproveitar, ao máximo, o evento voltado para as profissionais de Administração. Tânia ressaltou, ainda, que desde que foi presidente do CRA-BA pela primeira vez, há dez anos, ela buscou trazer a mulher para o protagonismo. “Fiz isso sem criar grupos e concorrências desnecessárias, mas trabalhando em harmonia com os homens, pois eles são nossos parceiros. Na  minha cabeça, somos todos iguais”, destacou Tânia. No Ceará, a vice-presidente do CRA-CE, Rita Silveira, falou que o CRA Mulher foi criado em 2017 e, desde então, já realizou duas edições do Fórum Estadual de Mulheres da Administração (Fema). Além desse evento, elas apoiam outras ações pela mulher administradora naquele estado. O CRA Mulher no Rio Grande do Sul também começou a ser estruturado em 2017 e, após a participação das administradoras do CRA-RS no Fórum que o CFA realizou em Brasília, no ano passado, elas voltaram para Porto Alegre com muita vontade de fazer funcionar o comitê feminino no estado. Sem orçamento, a conselheira regional do CRA-RS, Helenice Rodrigues, disse que elas decidiram apoiar institucionalmente os eventos voltados para o público feminino, principalmente aqueles focados no empreendedorismo e na inclusão de mulheres na área de inovação e startups. “Em agosto terá o primeiro Seminário Coletivos Femininos do Brasil, o Ser Mulher, e nós estaremos lá. Vai ser muito importante a participação neste evento”, afirmou, lembrando que o seminário será 100% on-line, com o intuito de ajudar o público feminino forte a aumentar os conhecimentos em diversas áreas como pessoal, emocional, espiritual e profissional. A coordenadora da Comissão Especial da Mulher Administradora do CRA-RJ, Yara Maria Guimarães Assis Rezina, também compartilhou a experiência das ações que o Regional tem desenvolvido para promover as profissionais de administração. Ela citou as homenagens que o CRA faz e destacou, ainda, as entrevistas e materiais de comunicação que a TV do CRA-RJ já realizou com e sobre mulheres administradoras e que estão disponíveis no site do Regional. Propostas Depois dos cases apresentados, as administradoras começaram a expor sugestões para fortalecer as ações das mulheres no Sistema CFA/CRAs. Um dos pontos mais destacados é a necessidade de expandir o CRA Mulher para os Regionais que ainda não instalaram a comissão feminina em suas bases. Outra proposta foi voltada para a área de comunicação. Ione Salem reforçou a importância de aproveitar a boa fase das lives em tempo de pandemia para realizar encontros on-line, a fim de discutir os temas pertinentes às mulheres administradoras, inclusive com apoio do CFA. Sua ideia foi ratificada pelas demais participantes e, com apoio da maioria, a conselheira federal foi indicada para ser a representante do grupo junto ao CFA. A administradora Joice Fabrício, do CRA-PR, sugeriu que as mulheres vissem, como oportunidade, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), já que ela traz uma dimensão de compliance que pode abrir caminhos de atuação para as administradoras. Além disso, a administradora do CRA-DF, Mônica Covas Gama, apresentou a proposta do Observatório da Mulher do DF, iniciativa criada pelo Governo do Distrito Federal cujo objetivo é oferecer uma plataforma com números e informações sobre a realidade das mulheres no DF. O Observatório aponta dados de áreas como saúde, segurança pública, educação, trabalho, direitos humanos, entre outros. Ele também atende mulheres em situação de violência. Outro objetivo da plataforma é produzir diagnóstico para a implementação e avaliação de políticas públicas voltadas para o público feminino. A sugestão foi bem recebida pelas participantes da reunião e a ideia é usar o Observatório como referência para criar algo semelhante para o Sistema CFA/CRAs. Por fim, as mulheres discutiram datas para as próximas reuniões e está prevista, ainda, a entrega de uma publicação que visa ensinar a abrir, no Regional, um comitê do CRA Mulher. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA

Câmara e Senado planejam voltar às atividades presenciais em julho

Desde o início da pandemia da Covid-19, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal suspenderam as atividades legislativas presenciais. Parlamentares de ambas as casas passaram, então, a fazer sessões remotas para analisar e votar diversos projetos. Contudo, eles têm dado prioridade para propostas com ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Mas isso não impediu que deputados e senadores também abrissem exceções, sobretudo para votações de Medidas Provisórias editadas antes do início da pandemia e que teriam seus prazos de validade esgotados. Entre as pautas analisadas e aprovadas pelos parlamentares do Congresso estão as propostas de mudança na legislação sanitária – o novo Marco do Saneamento, aprovado na semana passada -, normas relativas aos profissionais de saúde; normas relativas ao auxílio emergencial e adequação da legislação trabalhista; mudança ou criação de linhas de crédito; suspensão de cobranças; e auxílio a entes federados. A Câmara dos Deputados já aprovou, desde a instituição de votações remotas, mais de quarenta projetos. Esse número se repete no Senado Federal. Mas como será o trabalho legislativo após a pandemia? Quais pautas serão prioridades na agenda dos parlamentares? Para o presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Mauro Kreuz, a perspectiva é de que os deputados voltem para a discussão sobre a distribuição das presidências das Comissões Temáticas e Técnicas. “Antes da pandemia, eles sequer haviam definido os membros de cada Comissão para escolher os presidentes”, explica. Mauro acredita que, passada a crise, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, dará prioridade para a formação do Conselho de Ética, visto que existem várias denúncias encaminhadas ao Conselho de Ética, e retomará a discussão da reforma tributária, abrindo espaço para ouvir diversos setores empresariais, a fim de chegar a uma proposta que seja melhor para todos os brasileiros. Mauro também acredita que haverá uma reestruturação das Comissões Mistas Especiais de Análise das Medidas Provisórias e da Comissão Mista de Orçamento. Esta última terá a missão de analisar as propostas de Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. “O plenário também analisará  Projetos de Leis com requerimentos de votações urgentes”, diz o presidente do CFA. Com relação ao Senado, a perspectiva pós-pandemia é muito semelhante. Mas, como ele está com as Comissões em seu segundo ano de mandato, elas poderão votar projetos que já estão com parecer aguardando votação e poderão ser distribuídas para relatores outras propostas que aguardam indicações. Apesar disso, Mauro acredita que a Covid-19 ainda estará em pauta. “Muitos projetos e medidas provisórias relacionadas à doença ainda poderão ser votados, mesmo após o fim da pandemia. São matérias estruturantes para novos casos de pandemia e benefícios a pessoas, empresas e profissionais que foram afetados pela crise”, afirmou. Um dos temas que devem voltar a pauta das discussões é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 108, encaminhada para o Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e que dispõe sobre a natureza jurídica dessas autarquias. Ela faz parte de uma série de reformas que o ministro deseja implementar no atual governo. “Somente no retorno das atividades presenciais poderemos saber se o relator da PEC conseguiu algum avanço. Nós também só conseguiremos fazer algum trabalho presencialmente. Contudo, não acho que essa matéria deva ser publicada. A PEC 108 deve ser tratada apenas internamente e ela tem, ainda, um longo caminho antes de receber prioridade pelo presidente da Câmara dos Deputados”, avaliou Mauro Kreuz. Ana Graciele Gonçalves Assessoria de Comunicação CFA